Caburé – (Glaucidium brasilianum)

Caburé – (Glaucidium brasilianum)

O caburé é uma ave da família Strigidae. Também conhecido como caboré, caburé-do-sol, caburé-ferrugem, caburezinho e cauré.

Caburé Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Caburé
  • Nome inglês: Ferruginous Pygmy-Owl
  • Nome científico: Glaucidium brasilianum
  • Família: Strigidae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil e dos Estados Unidos e México à Argentina e norte do Chile.
  • Alimentação: Alimenta-se de outras aves, como pardais, sanhaços e, esporadicamente, de beija-flores, rãs, lagartixas e pequenas cobras, é bastante agressiva para seu porte chega a abater presas maiores do que seu próprio tamanho. Ao ser localizado pelas outras aves, é imediatamente cercado e “denunciado”, com pios e voos especiais.
  • Reprodução: Constrói o ninho em buracos de árvores e cupinzeiros. Põe de 2 a 5 ovos brancos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante iucn lc
Caburé Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede em torno de 17 cm, a corujinha-caburé é uma das menores corujas do mundo. Possui duas colorações de plumagem, como em outras corujas. Existe uma forma cinza, com a cauda listrada de branco e peito claro bordejado de cinza, a cor dominante de toda a plumagem. É possível encontrar exemplares marrom avermelhados, onde a cauda é da mesma cor e quase não se distingue as faixas brancas. Nos dois casos, sobrancelha branca destacada. Em especial na plumagem cinza, a nuca possui penas singulares, formando como se fossem dois olhos. Pesa cerca de 63 gramas.

Possui oito subespécies:

  • Glaucidium brasilianum brasilianum – ocorre no sul da Amazônia até o L do Paraguai, Uruguai e NE da Argentina;
  • Glaucidium brasilianum medianum – ocorre nas terras baixas do N da Colômbia;
  • Glaucidium brasilianum phaloenoides – ocorre no N da Venezuela, Trinidad e Guianas;
  • Glaucidium brasilianum margaritae – ocorre na Ilha de Margarita (Venezuela);
  • Glaucidium brasilianum duidae – ocorre nos tepuis do sul da Venezuela (Monte Duida);
  • Glaucidium brasilianum olivaceum – ocorre nos tepuis do sul da Venezuela (Monte Auyan-Tepui);
  • Glaucidium brasilianum stranecki – ocorre no S do Uruguai até o C da Argentina;
  • Glaucidium brasilianum ucayalae – ocorre na base Leste dos Andes, no SE da Colômbia, Peru e N da Bolívia.
Caburé Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita bordas de florestas de terra firme e de várzea, cerrados e campos com árvores. Ativo tanto durante o dia quanto à noite. Possui um desenho na parte de trás da cabeça em forma de uma face falsa, mais vistosa do que a verdadeira, e visível somente quando inclina a cabeça para baixo. Com isso, o caburé engana perfeitamente tanto as aves como homens. O macho é menor do que a fêmea. Canta frequentemente durante o dia.

Caburé Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Gavião-carijó – (Rupornis magnirostris)

Gavião-carijó – (Rupornis magnirostris)

O Gavião-carijó Rupornis magnirostris é uma ave da família Accipitridae. Ocorre do México à Argentina e em todo o Brasil.

ALT Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Gavião-carijó
  • Nome inglês: Roadside Hawk
  • Nome científico: Rupornis magnirostris
  • Família: Accipitridae
  • Subfamília: Accipitrininae
  • Habitat: Ocorre do México à Argentina e em todo o Brasil.
  • Alimentação: Sua ampla distribuição geográfica também se reflete nos seus hábitos alimentares generalistas, pois consome desde insetos até aves e lagartos. Procura os abrigos diurnos de morcegos para atacá-los enquanto dormem. Ataca ninhos de outras aves e por isso é ferozmente perseguido por Suiriris, Bem-te-vis e Tesourinhas.
  • Reprodução: Constrói o ninho de gravetos revestido por folhas com cerca de meio metro de diâmetro, geralmente no topo de uma árvore grande. As fêmeas apresentam os dois ovários desenvolvidos, em vez de apenas o esquerdo como as outras aves. A postura de em média 2 ovos é depositada sobre um revestimento de folhas secas e incubada pela fêmea. Durante este período de cerca de um mês, a fêmea é alimentada pelo macho. Os ovos são geralmente manchados, de cor muito variável, até dentro de uma mesma postura. Quando está reproduzindo pode tornar-se agressivo, atacando até mesmo seres humanos que se aproximem de seu ninho.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Gavião-carijó Foto – Afonso de Bragança

Características:

Pesa de 250 a 300 gramas e mede de 31 a 41 centímetros de comprimento, sendo os machos menores que as fêmeas. O peito é ferruginoso e apresenta largas estrias verticais. O ventre e as pernas são brancos, com primoroso barrado ferrugíneo. A base da cauda é branca, mas vai se tornando barrada em direção à extremidade. Existem duas listras negras bem visíveis na extremidade da cauda. Quando em voo, suas asas são largas e de comprimento médio. Bico recurvado escuro com cere amarela. A íris é clara. Os tarsos e pés são amarelos e apresentam garras escuras, a coloração básica da parte inferior das asas é o bege estriado com finas listras escuras.

Possui doze subespécies:
  • Rupornis magnirostris magnirostris (Gmelin, 1788) – ocorre na Colômbia e no oeste do Equador até as Guianas e na Amazônia brasileira;
  • Rupornis magnirostris griseocauda (Ridgway, 1874) – ocorre no México até o noroeste da Costa Rica e no oeste do Panamá.
  • Rupornis magnirostris conspectus (J. L. Peters, 1913) – ocorre no sudoeste do México (nas regiões de Tabasco e na Península de Yucatán) até o norte de Belize;
  • Rupornis magnirostris sinushonduri (Bond, 1936) – ocorre em Honduras, nas ilhas de Bonacca e Roatán;
  • Rupornis magnirostris petulans (P. L. Sclater & Salvin, 1869) – ocorre no sudoeste da Costa Rica e no oeste do Panamá e nas ilhas adjacentes;
  • Rupornis magnirostris alius (J. L. Peters & Griscom, 1929) – ocorre nas Ilhas Pérola (San José e San Miguel) no Golfo do Panamá;
  • Rupornis magnirostris occiduus (Bangs, 1911) – ocorre no oeste da Amazônia brasileira, no Peru e no norte da Bolívia;
  • Rupornis magnirostris saturatus (P. L. Sclater & Salvin, 1876) ocorre no sudoeste do Brasil até o Paraguai, Bolívia e no oeste da Argentina;
  • Rupornis magnirostris nattereri (P. L. Sclater & Salvin, 1869) – ocorre no nordeste do Brasil até o sul do estado da Bahia;
  • Rupornis magnirostris magniplumis (W. Bertoni, 1901) – ocorre no sul do Brasil até o nordeste da Argentina, na província de Misiones e na região adjacente do Paraguai;
  • Rupornis magnirostris pucherani (J. Verreaux & E. Verreaux, 1855) – ocorre no Uruguai e no noroeste da Argentina ao sul da Província de Buenos Aires;
  • Rupornis magnirostris gracilis (Ridgway, 1885) – ocorre nas ilhas de Cozumel e Holbox ao largo da Península de Yucatán.
Gavião-carijó Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Costuma voar em casais, fazendo movimentos circulares enquanto os dois vocalizam em dueto. Possui o hábito de utilizar o mesmo poleiro de caça por longo tempo (dias e até semanas). Adapta-se a regiões urbanizadas.

Gavião-carijó Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências