O anambé-de-asa-branca Xipholena atropurpurea é uma ave passeriforme da família Cotingidae. Espécie endêmica do Brasil. Ocorre nos estados do Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Anambé-de-asa-branca Foto: Ricardo Gentil
  • Nome popular: Anambé-de-asa-branca
  • Nome inglês: White-winged Cotinga
  • Nome científico: Xipholena atropurpurea
  • Família: Cotingidae
  • Sub-família: Cotinginae
  • Habitat: Ocorre a Mata Atlântica litorânea dos estados do Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro.
  • Alimentação: Alimentam-se principalmente de frutos e uns poucos insetos. Foi observado que as fêmeas seguem bandos mistos de frugívoros com maior regularidade que os machos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um um ninho de pequenas proporções entre 15 e 20m do solo. Os machos exibem-se em voo entre as copas de árvores.
  • Estado de conservação:

    Em Perigo

Anambé-de-asa-branca Foto: Guilherme Serpa

Características:

Mede 19 centímetros; macho pesa entre 58-65 g e a fêmea pesa entre 56-67 g. O macho tem o corpo de coloração roxo enegrecido, mais pálido no uropígio e crisso. As partes superiores como a cabeça, peito e manto são mais escuras que o crisso e uropígio, que têm uma bela coloração púrpura. Apresenta uma cauda curta. As asas são brancas com as pontas pretas. Íris esbranquiçada. Bico típico das aves do gênero levemente curvado para baixo, com coloração escura. Tarsos e pés escuros. A fêmea tem tons apagados cinza na parte superior do corpo, com uma faixa transocular pálida. Asas escuras com franjas brancas. A cauda também é escura. A garganta tem coloração cinza pálido com peito mais escuro e malhado que o ventre, que é branco acinzentado, terminando em um crisso bastante claro. Tem a íris clara, bico, tarsos e pés cinza.

Anambé-de-asa-branca Foto: Guilherme Serpa

Comentários:

Frequentam matas de tabuleiro, na hiléia baiana e na Mata Atlântica entre 0 e 900m, muito embora seja mais comum em florestas úmidas de baixada litorânea. A espécie sofre com a perda de habitat, embora possa se tornar até mais comum em matas secundárias, devido à frutificação sazonal de certas plantas. A prática de retirar as árvores maiores das florestas residuais na região de Una, na Bahia, ameaça a sobrevivência da espécie.

Anambé-de-asa-branca Foto: Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências