Tiê-sangue – (Ramphocelus bresilius)

Tiê-sangue

O tiê-sangue Ramphocelus bresilius é uma ave da família Thraupidae. Espécie endêmica do Brasil.

Tiê-sangue Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Tiê-sangue
  • Nome inglês: Brazilian Tanager
  • Nome científico: Ramphocelus bresilius
  • Família: Thraupidae
  • Sub-família: Tachyphoninae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, da Paraíba a Santa Catarina. Varia de incomum a localmente comum em capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações, às vezes também em parques e praças de cidades. ENDÊMICO DO BRASIL
  • Alimentação: Basicamente frugívoro, tendo predileção pelos frutos da Embauba. Como as árvores do gênero Cecropia são bastante comuns em áreas em recuperação, bem como em locais próximos a cursos ou reservas de água, o tiê-sangue, apesar de não raro ser vítima de contrabando, não se encontra imediatamente ameaçado de extinção. Alimenta-se também de insetos e vermes. Um fator que beneficiou a manutenção da população do tiê-sangue e de outros thraupídeos no litoral do Sudeste foi a extensiva cultura da banana, que fornece uma rica fonte de alimentação, durante todo o ano, a um grande número de espécies. Aprecia os frutos da Fruta-de-sabiá ou Marianeira Acnistus arborescens
  • Reprodução: Reproduz na primavera e no verão. Chega à maturidade sexual aos 12 meses, mas a soberba plumagem rubro-negra do macho só é adquirida no segundo ano de vida. Constrói o ninho em forma de cesto, que muitas vezes é forrado com materiais do tipo: fibra de palmeira, fibra de sisal, fibra de coco e raiz de capim. A fêmea põe 2 ou 3 ovos verde-azulados lustrosos, com pintas pretas, pesando em média 3 gramas. Apenas a fêmea incuba, no entanto após o nascimento dos filhotes, vários indivíduos alimentam a prole, inclusive machos. Seus ninhos costumam ser parasitados pela espécie Chupim – (Molothrus bonariensis). As posturas ocorrem de duas a três vezes por temporada, com período de incubação de 13 dias, e os filhotes tornam-se independentes aproximadamente 35 dias após o nascimento.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Tiê-sangue Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre 18 e 19 centímetros de comprimento e pesa entre 27,9 e 35,5 gramas. (Hilty, 2016). A plumagem do macho é de um vermelho-vivo, que deu origem ao nome. Parte das asas e da cauda são pretas. A espécie apresenta dimorfismo sexual, sendo a plumagem da fêmea menos vistosa, de cor parda nas partes superiores e marrom-avermelhada nas inferiores.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Ramphocelus bresilius bresilius (Linnaeus, 1766) – ocorre na Mata Atlântica, da Paraíba ao sul da Bahia. Esta subespécie apresenta o dorso vermelho brilhante, sem estrias negras.
  • Ramphocelus bresilius dorsalis (P. L. Sclater, 1855) – ocorre na Mata Atlântica, do Rio de Janeiro até Santa Catarina. Esta subespécie apresenta a coloração do dorso com um vermelho mais escuro e estriado do que a subespécie nominal.

Aves Brasil CBRO – 2015 (Piacentini et al. 2015).

Tiê-sangue Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Seu comportamento é semelhante ao da pipira-vermelhaRamphocelus carbo, porém vive mais aos pares do que em pequenos grupos. Costuma frequentar comedouros. Varia de incomum a localmente comum em capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações, às vezes também em parques e praças de cidades.

Tiê-sangue Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

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