Bico-chato-amarelo – (Tolmomyias flaviventris)

Bico-chato-amarelo – (Tolmomyias flaviventris)

O bico-chato-amarelo Tolmomyias flaviventris é uma ave da família Rhynchocyclidae. Ocorre no Brasil, Panamá, Colômbia, Venezuela, Trinidad e Tobago, Guianas, Equador e Peru.

Bico-chato-amarelo Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Bico-chato-amarelo
  • Nome inglês: Yellow-breasted Flycatcher
  • Nome científico: Tolmomyias flaviventris
  • Família: Rhynchocyclidae
  • Subfamília: Rhynchocyclinae
  • Habitat: Ocorre desde o extremo norte do Brasil até a região sudeste no estado do Rio de Janeiro. Encontrado também no Panamá, Colômbia, Venezuela, Trinidad e Tobago, Guianas, Equador e Peru.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, larvas e outros pequenos artrópodes caçados em meio á folhagem.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho suspenso, feito de fibras vegetais, normalmente perto de um ninho de vespas, que presumivelmente oferece alguma proteção contra predadores. Põe em média dois ou três ovos brancos ou creme, que são pintados com manchas castanhas avermelhadas, principalmente na extremidade maior. Incubação é feita pela fêmea e dura 17 dias até a eclosão.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Bico-chato-amarelo Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 12, 5 cm de comprimento e pesa em torno de 11,3 gramas. Tem a cabeça, dorso, asas e a cauda verde-oliva. Apresenta duas barras alares amareladas. A garganta, peito e ventre são amarelos. O olho é grande, escuro e circundado por um anel periocular amarelo dourado. O bico é achatado e preto. Os dois sexos não apresentam diferenciação na plumagem. Existem seis subespécies que apresentam diferenças no tonalidade da coloração da plumagem.

Possui seis subespécies:

  • Tolmomyias flaviventris aurulentus (Todd, 1913) – ocorre no leste do Panamá, no norte e leste da Colômbia, no norte e centro da Venezuela, nas ilhas de Trinidad e Tobago no Caribe, nas Guianas e no norte do Brasil, da região do Rio Branco ao Amapá;
  • Tolmomyias flaviventris dissors (J.T. Zimmer, 1939) – ocorre no sudoeste da Venezuela e no Brasil, da região do Rio Jamundá no estado do Pará até a ilha de Marajó;
  • Tolmomyias flaviventris flaviventris (Wied, 1831) – ocorre no leste do Brasil, do estado do Maranhão até o estado do Espírito Santo e estado do Mato Grosso, e também no leste da Bolívia;
  • Tolmomyias flaviventris viridiceps (P.L. Sclater & Salvin, 1873) – ocorre no sudeste da Colômbia, no leste do Equador, no leste do Peru e no oeste da região amazônica do Brasil.
  • Tolmomyias flaviventris zimmeri (Bond, 1947) – ocorre na região norte e central do Peru;
  • Tolmomyias flaviventris subsimilis (Carriker, 1935) – ocorre no sudeste do Peru, no sudoeste do Brasil e no nordeste da Bolívia.
Bico-chato-amarelo Foto – Celi Aurora

Comentários:

Frequenta o estrato médio e alto nas matas, no cerrado e nas restingas. Também podem ser encontrados em caatingas arbóreas, buritizais e matas de galeria. Assemelha-se à espécie Marianinha-amarelaCapsiempis flaveola, mas, ao contrário daquela, tem bico largo e achatado e seus hábitos são solitários. Expande sua distribuição no Sudeste.

Bico-chato-amarelo Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências