Sebinho-de-olho-de-ouro – (Hemitriccus margaritaceiventer)

O sebinho-de-olho-de-ouro Hemitriccus margaritaceiventer é uma ave da família Rhynchocyclidae. Ocorre no Brasil, Venezuela, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru e Colômbia.

Sebinho-de-olho-de-ouro Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Sebinho-de-olho-de-ouro
  • Nome inglês: Pearly-vented Tody-tyrant
  • Nome científico: Hemitriccus margaritaceiventer
  • Família: Rhynchocyclidae
  • Subfamília: Todirostrinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, no Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga, além do Pantanal e dos campos de Roraima.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e outros pequenos artrópodes, que captura forrageando entre os arbustos densos nos quais costuma se abrigar. Pulando de galho em galho analisa o ambiente em torno e, avistando a presa, voa rápido para a captura.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho pendurado em galhos de arbustos, e em forma de pera, feito com fibras vegetais, com entrada lateral.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Sebinho-de-olho-de-ouro Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 10 cm de comprimento. Tem a plumagem geral verde-oliva. A cabeça é marrom acinzentada, o dorso pode variar entre vários tons de verde oliva pardacento. As asas são marrom escuro esbranquiçadas com bordas amarelas e as rêmiges apresentam barras. A cauda é escura. As partes inferiores são brancas com um fraco estriado acinzentado. A garganta é manchada de marrom e branco. A cabeça apresenta coroa de coloração acinzentada e loros esbranquiçadas, além de um perceptível anel periocular verde amarelado. O bico é proporcionalmente longo para um pássaro tão pequeno, sendo mais escuro na maxila com tons acastanhados ou enegrecidos, enquanto que a mandíbula é de coloração rosa ou amarronzada. Nos adultos os olhos são de bela coloração branco amarelado, podendo também apresentar-se na cor vermelho alaranjado. Pernas e pés são pálidos, na cor rosa acinzentado.

Possui nove subespécies reconhecidas:

  • Hemitriccus margaritaceiventer margaritaceiventer (Orbigny & Lafresnaye, 1837) – ocorre do Leste da Bolívia até o Norte da Argentina, Leste do Paraguai e Oeste do Brasil;
  • Hemitriccus margaritaceiventer auyantepui (Gilliard, 1941) – ocorre nos tepuis da região Subtropical do Sudeste da Venezuela na região de Bolívar;
  • Hemitriccus margaritaceiventer breweri (W. H. Phelps Jr, 1977) – ocorre na região Subtropical do Sudeste da Venezuela;
  • Hemitriccus margaritaceiventer rufipes (Tschudi, 1844) – ocorre na região Tropical do Peru, a Leste da Cordilheira dos Andes, de Cuzco até o Noroeste da Bolívia
  • Hemitriccus margaritaceiventer wuchereri (P. L. Sclater & Salvin, 1873) – ocorre no Leste do Brasil, dos estados do Maranhão e Ceará, Pernambuco até o estado da Bahia;
  • Hemitriccus margaritaceiventer chiribiquetensis (F. G. Stiles, 1995) – ocorre no Sul da Colômbia, na região da Serra de Chiribiquete;
  • Hemitriccus margaritaceiventer impiger (P. L. Sclater & Salvin, 1868) – ocorre na região árida Tropical do Nordeste da Colômbia e no Norte da Venezuela; ocorre também na Ilha Margarita, na costa da Venezuela;
  • Hemitriccus margaritaceiventer septentrionalis (Chapman, 1914) – ocorre na região tropical árida do Sul da Colômbia no alto vale do Rio Magdalena.
  • Hemitriccus margaritaceiventer duidae (Chapman, 1929) – ocorre no Monte Duida no Sul da Venezuela.
Sebinho-de-olho-de-ouro Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequenta cerrados, caatingas, matas de galeria e carrascais à beira d’água. Passa despercebido a maior parte do tempo, sendo mais avistado pela manhã e à tardinha, quando costuma cantar entre a densidade dos arbustos em que se abriga. No menor sinal de perigo interrompe o canto e sobe à copa das mais altas árvores onde se torna praticamente imperceptível. Quando se acostuma com a presença em seu habitat, torna-se curioso e arrisca se aproximar ou deixar ser aproximado.

Sebinho-de-olho-de-ouro Foto – Aisse Gaertner

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências