Pica-pau-rei – (Campephilus robustus)

O Pica-pau-rei Campephilus robustus é uma ave da família Picidae. Conhecido também como, pica-pau-de-cabeça-vermelha, pica-pau-galo, pica-pau-grande, é considerado o maior pica-pau do Brasil.

Pica-pau-rei Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Pica-pau-rei
  • Nome inglês: Robust Woodpecker
  • Nome científico: Campephilus robustus
  • Família: Picidae
  • Subfamília: Picinae
  • Habitat: Pode ser encontrado de Goiás, Minas Gerais e Bahia até o Rio Grande do Sul.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, forrageando em árvores infestadas pelos mais variados tipos de insetos e larvas. Martelam o tronco com força, perfurando a casca, e capturam as presas com a língua pegajosa de ponta afiada. A língua móvel é também adequada para lamber o sumo de frutas moles. Assim, embora úteis ao homem no controle de insetos e larvas nocivas à madeira, os pica-paus podem provocar alguns estragos em pomares.
  • Reprodução: Utiliza troncos de diferentes estratos vegetacionais de ambientes florestais, cujas cavidades servem como nidificação, dormitório e abrigo. Seu período reprodutivo compreende os meses de outubro e novembro (Bustamante 1996). Casal elabora com grande dedicação a cavidade em que nidifica, em muitos casos fazendo uma a cada estação reprodutiva.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Pica-pau-rei Foto – Afonso de Bragança

Características:

O Pica-pau-rei é considerado o maior pica-pau do Brasil, medindo 36cm, com peso médio de 200g. De rara beleza, possui a cabeça e o pescoço vermelhos, dorso creme, asas e cauda negras. O peito e o ventre são brancos, inteiramente barrados de finas faixas horizontais negras. O macho tem uma pequena mancha auricular preta e branca, enquanto a fêmea possui uma grande estria malar branca, vilada de negro. Embora não existam dados bioecológicos específicos sobre C. robustus, é provável que seus padrões reprodutivos sejam semelhantes aos dos pica-paus em geral.

Pica-pau-rei Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Para marcação de território ou para comunicação entre machos e fêmeas, usa valorização e, até certo ponto, também o “tamborilar”. Outro tipo de batimento repetitivo constitui o “cinzelar”, usado para procura de alimentos ou para construção de cavidades para nidificação. Assim como as demais espécies de pica-pau. C. robustus possui um canto territorial, diversos tipos de chamados e uma música instrumental, o “tamborilar”. Ela é executada através de repetidos golpes do bico sobre a superfície de troncos secos ou ocos, substrato escolhido de maneira a proporcionar boa ampliação da sonoridade e alcance do ruído. C. robustus faz um “tamborilar” bissilábico, que pode soar como uma voz e ser individualmente diferente. Para marcação de território ou para comunicação entre machos e fêmeas, usa valorização e, até certo ponto, também o “tamborilar”.

Pica-pau-rei Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Picapauzinho-barrado – (Picumnus cirratus)

O picapauzinho-barrado Picumnus cirratus é uma ave da família: Picidae. Também conhecido por picapauzinho e picapauzinho-barrado.Ocorre na Amazônia brasileira, na região do baixo rio Amazonas até o Maranhão, e ainda no leste e sul do País até o Rio Grande do Sul. Encontrado também das Guianas à Bolívia, Paraguai e Argentina.

Picapauzinho-barrado Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Picapauzinho-barrado
  • Nome inglês: White-barred Piculet
  • Nome científico: Picumnus cirratus
  • Família: Picidae
  • Subfamília: Picumninae
  • Habitat: Ocorre na Amazônia brasileira, na região do baixo rio Amazonas até o Maranhão, e ainda no leste e sul do País até o Rio Grande do Sul. Encontrado também das Guianas à Bolívia, Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se de larvas e adultos de pequenos insetos. Regularmente não apoia a cauda no substrato enquanto captura o alimento, como o fazem os outros pica-paus, pois suas retrizes são flexíveis. Captura formigas nos galhos e folhas do chapéu-do-sol (Terminalia catalpa). Abre buracos nas folhas caídas de embaúba que ficam presas na ramagem, para retirar pequenas formigas as quais procura também nos caules da samambaia-das-taperas.
  • Reprodução: Fazem o ninho em ramos secos e finos, até 5 metros do solo, onde são postos 2 a 4 ovos brancos, puros e brilhantes. A entrada da cavidade escavada é diminuta, com cerca de 3 centímetros de diâmetro, limitando assim a visita de predadores; tal cavidade tem 10 a 20 centímetros de profundidade e seu diâmetro maior cerca de 6 centímetros.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Picapauzinho-barrado Foto – Afonso de Bragança

Características:

Este é o anão dos pica-paus, mede aproximadamente 10 centímetros e pesa em média 11,5 gramas. As penas da nuca formam freqüentemente uma pequena crista. Partes superiores uniformemente pardas, partes inferiores densamente barradas. O desenho preto e branco da cauda, do vértice e da nuca é, geralmente, igual nos diversos representantes. Macho de vértice e testa encarnados. Os indivíduos imaturos possuem cabeça parda uniforme.

Possui seis subespécies:

  • Picumnus cirratus cirratus (Temminck, 1825) – ocorre no sudeste do Brasil dos estados de Minas Gerais até o Paraná e até o leste do Paraguai;
  • Picumnus cirratus macconnelli (Sharpe, 1901) – ocorre no norte do Brasil, a leste da Bacia do rio Amazonas e a oeste na Bacia do baixo Rio Tapajós;
  • Picumnus cirratus tucumanus (Hartert, 1909) – ocorre no norte da Argentina, do oeste da região de Salta até La Rioja;
  • Picumnus cirratus thamnophiloides (Bond & Meyer de Schauensee, 1942) – ocorre da Bolívia na região de Chuquisaca até o noroeste da Argentina na região de Salta;
  • Picumnus cirratus confusus (Kinnear, 1927) – ocorre no sudoeste da Guiana, no extremo norte do Brasil e na Guiana Francesa;
  • Picumnus cirratus pilcomayensis (Hargitt, 1891) – ocorre no sudeste da Bolívia e do Paraguai até o norte da Argentina.
Picapauzinho-barrado Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Pode ser visto no interior e bordas de florestas altas e capoeiras, à altura do sub-bosque. Vive geralmente solitário, acompanhando bandos mistos de aves com freqüência. Pousa em galhos finos, muitas vezes ficando sob os ramos. Frequentemente seguro por baixo da galharia, bate violentamente agarrando-se com os pés excepcionalmente possantes.

Picapauzinho-barrado Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências