Marreca-pardinha – (Anas flavirostris)

A marreca-pardinha Anas flavirostris é uma ave da família Anatidae. Tem sua ocorrência entre os Estados do Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul.

Marreca-pardinha Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Marreca-pardinha
  • Nome inglês: Yellow-billed Teal
  • Nome científico: Anas flavirostris
  • Família: Anatidae
  • Subfamília: Anatinae
  • Habitat: É uma espécie da região meridional da América do Sul. Entre a primavera e o verão, chegam ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina, e no inverno, alcançam o Paraná, o sudeste de São Paulo e o Rio de Janeiro.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de sementes, raízes e vegetação aquática, eventualmente pode pastar em terra firme.
  • Reprodução: Constrói o ninho podendo ser uma simples depressão no solo, escondido na vegetação, em fendas ou árvores, relativamente longe da água. A marreca-pardinha tem um curioso costume. Faz seu ninho sobre o ninho das caturritas, nas pontas mais altas dos pés de eucaliptos, formando interessante contraste: o ninho das caturritas é muito grande e o da pardinha, muito pequeno.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Marreca-pardinha Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média entre 35 e 45 centímetros de comprimento e pesa entre 388 e 830 gramas de peso., possuindo o corpo pintalgado de marrom, dorso mais escuro, peito salpicado, vértice anegrado, cauda curta e bico azul acinzentado com base amarelada. A extremidade distal do bico também é preta. As penas coberteiras são escuras. As rêmiges primárias são enegrecidas com uma fina borda de coloração canela. As asas apresentam espelho alar negro com três faixas distintas. Uma das faixas é escura com reflexo verde metálico e é posicionada entre as outras duas faixas, uma acastanhada e o outra branca. O uropígio é acinzentado. A cauda marrom acinzentada é curta e pontuda. O peito é castanho claro com manchas mais escuras.

Existem 2 subespécies reconhecidas:

  • Anas flavirostris flavirostris (Vieillot, 1816): espécie nominal descrita nesta página. Presente do norte da Argentina até a Terra do Fogo, nas ilhas Malvinas e Geórgias do Sul, no Uruguai e no sul e sudeste do Brasil (Carboneras & Kirwan, 2016). No Brasil ocorre desde o estado do Rio Grande do Sul até o estado de São Paulo.
  • Anas flavirostris oxyptera (Meyen, 1834): Pouco maior (43 cm), bico mais longo e dorso mais pálido; escapulares mais avermelhadas com manchas pretas menores; manchas pretas do peito menos marcadas; flancos e ventre de cor branca ou cinza pálido. Habita regiões andinas e costeiras do Pacífico, desde o centro do Peru até o Norte da Argentina e Chile. Candidata à separação da espécie, processo incipiente.

(Clements checklist, 2014).

Marreca-pardinha Foto – Aisse Gaertner

Comentários:

Frequentam lagos grandes de águas abertas, estuários de rios e em lagoas interioranas. Costumam formar pequenos bandos para nadar ou descansar. Não apresentam sazonalidade ou rotas definidas de deslocamento e sim deslocam-se variavelmente ao longo do ano por sua área de distribuição, influenciadas provavelmente por mudanças climáticas e ofertas alimentares.

Marreca-pardinha Foto – Celi Aurora

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Referências