A garça-da-mata Agamia agami é uma ave da família Ardeidae. Conhecida também como socó-azul, socó-beija-flor, garça-da-guiana, garça-de-peito-castanho e garça-beija-flor.
- Nome popular: Garça-da-mata
- Nome inglês: Agami Heron
- Nome científico: Agamia agami
- Família: Ardeidae
- Habitat: Ocorre da Amazônia ao Mato Grosso do Sul e Goiás. Encontrada também do México à Colômbia, Equador e Bolívia.
- Alimentação: Alimenta-se basicamente de peixes, anfíbios, lagartos e caracóis. Caça principalmente em lagoas rasas e riachos florestais de fraca correnteza. Ela geralmente permanece na mesma posição sem se mover até uma presa vir ao seu alcance, move-se lentamente e, por vezes, a caça de um poleiro.
- Reprodução: Constrói o ninho em forma de plataforma feito com ramos e galhos. Põe de 1 a 4 ovos de cor azul ou azul-esverdeada. Os ninhos podem ser encontrados em arbustos e árvores sobre a água e sob a densa cobertura do dossel, a uma altura de cerca de 2 metros da superfície da água. É uma espécie monogâmica. Os machos têm comportamentos territoriais.
- Estado de conservação: Vulnerável.
Características:
Mede em média entre 65 e 76 centímetros de comprimento e pesa em média 550 gramas. Tem os olhos laranja para castanho-avermelhado, bico enegrecido com a base verde-acinzentada, extremamente longo (14 a 15 cm), finíssimo, comparável a um florete, pescoço muito longo e fino na parte distal com uma angulação, tarsos e dedos surpreendentemente curtos, sendo uma adaptação à vida arbórea. Cabeça preta com longas penas nucais cinza-azuladas, pescoço superior castanho com uma listra central e vertical branca delimitada por preto, contrastando com a sua parte inferior e o peito que é cinza, apresentando penas desgrenhadas de cor prata. Barriga castanha e partes superiores verde-escuras, asas compridas, escuras com listras marrons em ambas as faces ventrais e dorsais. Cauda curta escura com tons de marrom.
Comentários:
Frequenta bordas de florestas, matas de galeria, matas ciliares na beira de lagoas e rios. É encontrada menos frequentemente ao longo das margens de piscinas, lagoas marginais e outros pequenos corpos de água. Quase nunca é vista em águas abertas. É difícil de observar porque ela permanece a maior parte do tempo no seu hábitat, escondida na penumbra.. Quando alarmada, voa ou procura esconder-se, subindo em emaranhados de cipós ou em árvores. Não tem o hábito de andar à beira de águas rasas em áreas abertas, sem vegetação densa, como fazem outras espécies de garças. Vive solitária, escondida à beira de córregos e lagos no interior da floresta, bem como em manguezais. Estima-se que vivam cerca de 10 a 16 anos em estado selvagem.
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
- SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
- Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
- ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
- CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.
Referências
- Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/garca-da-mata Acesso em 25 Agosto de 2009.
- Avibase – disponível em: https://avibase.bsc-eoc.org/species.jsp?avibaseid=86095930B3D839E1 Acesso em 23 de Setembro de 2009.