O pedro-ceroulo Sturnella magna é uma ave da família Icteridae. Conhecido também como peito-amarelo-ceroulo.
- Nome popular: Pedro-ceroulo
- Nome inglês: Eastern Meadowlark
- Nome científico: Sturnella magna
- Família: Icteridae
- Subfamília: Sturnellinae
- Habitat: Ocorre do Canadá e América Central às Guianas, Venezuela e Colômbia. Encontrado no Brasil, no noroeste do Amazonas, Roraima, Amapá, Ilha de Marajó e baixo Rio Tocantins.
- Alimentação: Alimenta-se basicamente de gafanhotos, grilos, besouros, formigas, aranhas e vespas. Eventualmente quando os insetos ficam escassos eles também comem grãos e sementes de ervas daninhas.
- Reprodução: Constrói o ninho no chão, utilizando gramíneas secas, acículas de pinheiro, crina de cavalo, e hastes da plantas. O ninho é em forma de cúpula, com a entrada do lado e construído no terreno em campos, plantações de milho ou pomares. A postura é de 4 a 5 ovos e ocorre ao longo dos meses de abril a agosto. Os ovos são brancos com manchas marrom escuro ao roxo. A fêmea incuba os ovos e a incubação leva de 13 a 14 dias. Ambos os pais alimentam os jovens, mas o macho geralmente traz a comida e a entrega para a fêmea e esta alimenta os filhotes.
- Estado de conservação: Pouco preocupante.
Características:
Mede em média 21 cm de comprimento. São castanhos claro marcados com estrias pretas, com a garganta, peito e ventre amarelo brilhante. O peito amarelo é adornado por uma mancha preta em forma de “V”. Os flancos do peito e do abdome são claros e apresentam estrias pretas. A cabeça apresenta os lores amarelos, sobrancelha clara, uma distinta faixa pós-ocular preta e face clara. A coroa apresenta o píleo claro, quase branco e delimitado por duas faixas pretas. As asas são curtas e arredondadas e apresentam nas rêmiges, barrado escuro. Embora a maior parte da cauda curta seja marrom com barrado marrom escuro, as penas retrizes exteriores são brancas, sendo visíveis durante o voo da ave. O bico é pontudo e longo. A maxila é escura e a mandíbula possui sua porção proximal cinza-azulada. Os tarsos e pés são rosa-acinzentados. Os olhos são escuros e apresentam anel periocular de coloração clara.
Possui dezesseis subespécies:
- Sturnella magna magna (Linnaeus, 1758) – ocorre do sul de Ontário e leste de Quebec no Canadá até o norte do estado do Texas and e nordeste do estado da Georgia nos Estados Unidos da América;
- Sturnella magna praticola (Chubb, 1921) – ocorre nos Llanos do leste Colômbia até o sul da Venezuela e norte da Guiana;
- Sturnella magna monticola (Chubb, C, 1921) – ocorre nos tepuis do sul da Venezuela (Mt. Roraima);
- Sturnella magna argutula (Bangs, 1899) – ocorre do estado de Kansas e Oklahoma até o estado da Carolinas e Flórida no leste dos Estados Unidos da América;
- Sturnella magna hoopesi (Stone, 1897) – ocorre do sul dos Estados Unidos da América, no estado do Texas, (Eagle Pass) até o norte de Coahuila, Nuevo León e Tamaulipas no México;
- Sturnella magna auropectoralis (G. B. Saunders, 1934) – ocorre no México, dos estados de Durango e Sinaloa até Michoacán, e Puebla;
- Sturnella magna saundersi (Dickerman & A. R. Phillips, 1970) – ocorre no sul do México, no estado de Oaxaca;
- Sturnella magna alticola (Nelson, 1900) – ocorre do México, nos estados de Guerrero, Puebla e Veracruz até a Costa Rica;
- Sturnella magna mexicana (P. L. Sclater, 1861) – ocorre na costa Caribenha do sudeste do México nos estados de Veracruz e Tabasco até o estado de Chiapas;
- Sturnella magna griscomi (Van Tyne & Trautman, 1941) – ocorre no sudeste do México na região árida costeira do norte da Península de Yucatán;
- Sturnella magna inexspectata (Ridgway, 1888) – ocorre na savana de Belize, Guatemala, Honduras e Nicarágua;
- Sturnella magna subulata (Griscom, 1934) – ocorre na costa do Oceano Pacífico do Panamá;
- Sturnella magna meridionalis (P. L. Sclater, 1861) – ocorre na face leste da Cordilheira dos Andes da Colômbia até o noroeste da Venezuela;
- Sturnella magna paralios (Bangs, 1901) – ocorre no norte da Colômbia e na savana do oeste da Venezuela;
- Sturnella magna quinta (Dickerman, 1989) – ocorre no Suriname e no norte da Amazônia brasileira;
- Sturnella magna hippocrepis (Wagler, 1832) – ocorre em Cuba e na Ilha de Pines.
(Clements checklist, 2014)
Comentários:
Frequenta campos abertos e pastagens com árvores e arbustos esparsos. Anda pelo chão, podendo agachar-se ou voar baixo se ameaçado, voltando a esconder-se adiante, na vegetação rasteira. Empoleira-se não muito alto para cantar, em arbustos ou postes de cercas. Na primavera, o macho exibe suas cores e seu canto alto com notas alarmantes a partir de um ponto alto ou do topo de um mourão de cerca. O intuito é de deixar claro para outros machos da espécie que aquele é o seu território. A vocalização nesta época tem o objetivo de advertir os outros machos para ficarem longe das fêmeas presentes no território.
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
- SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
- Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
- CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
Referências
- Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/pedro-ceroulo Acesso em 28 Março de 2009.
- Avibase – disponível em: https://avibase.bsc-eoc.org/species.jsp?avibaseid=4A11480B216EBB80 Acesso em 13 de Agosto de 2009.