Corruíra-do-campo – (Cistothorus platensis)

Corruíra-do-campo – (Cistothorus platensis)

A corruíra-do-campo Cistothorus platensis é uma ave da família Troglodytidae. Ocorre desde o Canadá até a Terra do Fogo.

Corruíra-do-campo Foto – Edgard Thomas
  • Nome popular: Corruíra-do-campo
  • Nome inglês: Sedge Wren
  • Nome científico: Cistothorus platensis
  • Família: Troglodytidae
  • Habitat: Ocorre no brasil, nos estados de Roraima, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais Paraná, Santa Cataria e Rio Grande do Sul.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de pequenos invertebrados, e outros pequenos artrópodes.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em formato de tigela, feito com fibras vegetais, construído em moitas de capim alto. Põe em média 3 ou 4 ovos por ninhada.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Corruíra-do-campo Foto – Edgard Thomas

Características:

Mede em média entre 9 e 11 cm de comprimento. Tem cor predominante marrom claro, do papo até a barriga é branco. Suas grandes coberteiras e suas rêmiges são listradas. O seu bico é um pouco curvo, muito semelhante ao bico da Corruíra.

Possui 18 subespécies divididas em três grupos geográficos.

“Grupo stellaris” – Com ocorrência da América do Norte até o Panamá.

  • Cistothorus platensis stellaris (J. F. Naumann, 1823) – ocorre no leste do Canadá até o leste dos Estados Unidos da América; no inverno pode ser encontrado na região que abrange o estado da Flórida até o nordeste do México.
  • Cistothorus platensis elegans (P. L. Sclater & Salvin, 1859) – ocorre nas regiões sul e central da Guatemala;
  • Cistothorus platensis tinnulus (R. T. Moore, 1941) – ocorre no oeste do México, das regiões de Nayarit até Michoacán e no Distrito Federal Mexicano (Cidade do México);
  • Cistothorus platensis potosinus (Dickerman, 1975) – ocorre nas regiões norte e central do México em San Luis Potosí;
  • Cistothorus platensis jalapensis (Dickerman, 1975) – ocorre no leste do México, do interior do estado de Veracruz até a região de Orizaba;s
  • Cistothorus platensis warneri (Dickerman, 1975) – ocorre na região tropical do Sul do México, nos estados de Veracruz, Tabasco e no oeste do estado de Chiapas;
  • Cistothorus platensis russelli (Dickerman, 1975) – ocorre em Belize, nos distritos de Toledo e Cayo;
  • Cistothorus platensis graberi (Dickerman, 1975) – ocorre do leste de Honduras até o nordeste da Nicarágua;
  • Cistothorus platensis lucidus (Ridgway, 1903) – ocorre da região subtropical central da Costa Rica até o oeste do Panamá na região de Chiriquí;

“Grupo aequatorialis” – Com ocorrência no noroeste da América do Sul, da Colômbia até a Guiana e até a Bolívia.

  • Cistothorus platensis [aequatorialis, tamae ou tolimae] (Lawrence, 1871) – ocorre no leste da Cordilheira dos Andes, na região Central da Colômbia até a região central do Equador;
  • Cistothorus platensis alticola (Salvin & Godman, 1883) – ocorre nas montanhas do norte da Colômbia até o norte da Venezuela e sul da Guiana;

Grupo platensis” – com ocorrência no sul da América do Sul, do norte da Argentina e sudeste do Brasil até a Terra do Fogo.

  • Cistothorus platensis platensis (Latham, 1790) – ocorre na região central e no leste da Argentina até a região de Córdoba e Mendoza;
  • Cistothorus platensis graminicola (Taczanowski, 1874) – ocorre na Cordilheira dos Andes do sul do Equador até o noroeste da Bolívia e a região de La Paz;
  • Cistothorus platensis minimus (Carriker, 1935) – ocorre no sul do Peru, na região de Puno (Oconeque);
  • Cistothorus platensis hornensis (Lesson, 1834) – ocorre no sul da Argentina, na região de Neuquén, e no Chile, na região de Coquimbo até a Terra do Fogo;
  • Cistothorus platensis falklandicus (Chapman, 1934) – ocorre nas Ilhas Malvinas;
  • Cistothorus platensis polyglottus (Vieillot, 1819) – ocorre no sudeste do Brasil, dos estados de Goiás e Minas Gerais até o Paraguai e o nordeste da Argentina;
  • Cistothorus platensis [tucumanus or boliviae] (Hartert, 1909) – ocorre no noroeste da Argentina, da região de Jujuy até a região de Catamarca e Tucumán;

(Clements checklist, 2014).

Corruíra-do-campo Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Frequenta campos naturais em bom estado de conservação, porém pode ser encontrada em pastos de brachyaria. Em geral é difícil de ver; move-se quase como um camundongo pelo solo ou a baixa altura, entre a vegetação densa.

Corruíra-do-campo Foto – Aisse Gaertner

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Catatau – (Campylorhynchus turdinus)

Catatau – (Campylorhynchus turdinus)

O catatau Campylorhynchus turdinus é uma ave da família Troglodytidae. Ocorre no Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Paraguai.

Catatau Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Catatau
  • Nome inglês: Thrush-like Wren
  • Nome científico: Campylorhynchus turdinus
  • Família: Troglodytidae
  • Habitat: Ocorre em toda Amazônia brasileira, no pantanal mato-grossense, na Bahia e no norte do Espírito Santo. Encontrado também na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Paraguai.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, e outros artrópodes. Não participa  de bandos mistos.
  • Reprodução: Faz ninho em formato de uma grande bola, com material macio, incluindo farrapos e estopa, localizado no alto das árvores. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Catatau Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede cerca de 20 cm de comprimento e pesa 39 gramas.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Campylorhynchus turdinus hypostictus (Gould, 1855) – ocorre do sudeste da Colômbia até o leste do Equador e no Brasil ao sul do rio Amazonas, sul e leste do Peru e norte da Bolívia.
  • Campylorhynchus turdinus unicolor (Lafresnaye, 1846) – ocorre nas planícies da Bolívia e na região adjacente do oeste do Brasil, Paraguai e no extremo norte da Argentina;
  • Campylorhynchus turdinus turdinus (Wied, 1821) – ocorre no leste do Brasil, nos estados do Maranhão, Bahia até o estado do Espírito Santo.

(Clements checklist, 2014); Piacentini et al. (2015).

Catatau Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Frequenta o estrato médio, copas e bordas de florestas úmidas, tanto de terra firme quanto de várzea, sendo observado também em clareiras com árvores esparsas, árvores isoladas no campo ou em coqueiros. Vive em grupos familiares com cerca de 6 a 8 pássaros.

Catatau Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências