Balança-rabo-canela – (Glaucis dohrnii)

Balança-rabo-canela – (Glaucis dohrnii)

O balanço-rabo-canela Glaucis dohrnii é uma ave da família Trochilidae. Espécie endêmica da Mata Atlântica. Em perigo de extinção.

Balança-rabo-canela Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Balança-rabo-canela
  • Nome inglês: Hook-billed Hermit
  • Nome científico: Glaucis dohrnii
  • Família: Trochilidae
  • Subfamília: Phaethornithinae
  • Habitat: Endêmico do Brasil. Ocorre no norte do Espírito Santo, de Minas Gerais e sul da Bahia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente do açúcar retirado do néctar das flores, mas também come pequenos artrópodes.
  • Reprodução: Reproduz-se com a fêmea construído um ninho em formato alongado, terminando num apêndice caudal que dá equilíbrio. É confeccionado com finas raízes e fibras, resultando um trançado reticulado através do qual se veem os ovos. Nas paredes externas são afixados alguns líquens e detritos vegetais. O ninho é suspenso em uma folha de palmeira, bananeiras ( Heliconia ), etc. Põe em média 2 ovos alongados e brancos, com um período de incubação de 15 dias, cabendo a ela depois do nascimento dos filhotes, alimentar a prole. Os filhotes permanecem no ninho por aproximadamente 27 dias.
  • Estado de conservação: Perigo perigo. iucn en
Balança-rabo-canela Foto – Nina Wenoli

Características:

Mede em média 12 cm de comprimento. A fêmea é um pouco maior que o macho. Tem as partes superiores bronze esverdeadas, partes inferiores canela, faixa superciliar e malar brancas, área pós ocular negra; bico quase reto e com mandíbula esbranquiçada. Todas as retrizes bronze metálico uniforme tendo as laterais (4 de cada lado) a ponta branca.

Balança-rabo-canela Foto – Guilherme Serpa

Comentários:

Frequentam as matas primárias de feições amazônicas e bordas das matas secundárias adjacentes, hoje residuais, do norte do Espírito Santo e sul da Bahia. Gostam muito de tomar banho, tanto em poças de água no chão quanto em árvores, nas bromélias.

Balança-rabo-canela Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Rabo-branco-de-bigodes – (Phaethornis superciliosus)

Rabo-branco-de-bigodes – (Phaethornis superciliosus)

O rabo-branco-de-bigodes Phaethornis superciliosus é uma ave da família Trochilidae. Ocorre no Brasil, e também por toda a América Central até ao México.

Rabo-branco-de-bigodes Foto – Jarbas Mattos
  • Nome popular: Rabo-branco-de-bigodes
  • Nome inglês: Long-tailed Hermit
  • Nome científico: Phaethornis superciliosus
  • Família: Trochilidae
  • Sub-família: Phaethornithinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, nos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Maranhão, Amapá e Roraima.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente do néctar das flores, mas come também pequenos insetos e aracnídeos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em forma cônica alongada, terminando em um apêndice caudal mais ou menos longo, servindo de contrapeso. É feito de material macio como paina e detritos vegetais que são acumulados em espessa camada de material. O ninho é suspenso à face interior das folhas de palmeiras, samambaias, musáceas, Helicônia, etc., em raízes finas pendentes sob barrancos sombreados, geralmente a 1 metro de altura. Com o peso do ninho dobra-se o folíolo ou a ponta da folha, ficando o restante da mesma protegendo o ninho. Põe em média 2 ovos brancos que são chocados pela fêmea, por um período de incubação de 15 a 18 dias. Os filhotes deixam o ninho com aproximadamente 20 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Rabo-branco-de-bigodes Foto – Jarbas Mattos

Características:

Mede em média 16 cm de comprimento e pesa entre 3,5 e 6,5 gramas. Com as partes superiores ocre esverdeadas; faixa superciliar e infraocular ocre, delimitando uma área malar preta com estrias ocre amareladas; bico longo e muito curvo com mandíbula vermelha ou alaranjada. Partes inferiores ocres com infracaudais cinza-claro; asas pretas; cauda com retrizes pretas com as pontas brancas e retrizes centrais prolongadas pretas com as pontas brancas.

Tem duas subespécies reconhecidas:

  • Phaethornis superciliosus superciliosus (Linnaeus, 1766) – ocorre do México ao sul da Venezuela, Guianas e norte do Brasil ( norte do rio Amazonas, no Amazonas, Pará e Roraima ).
  • Phaethornis superciliosus muelleri (Hellmayr, 1911) – ocorre no norte do Brasil, ao sul do rio Amazonas, do estado do Pará até o Maranhão.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Rabo-branco-de-bigodes Foto – Luiz Bravo

Comentários:

Frequentam florestas úmidas, sendo abundante nas capoeiras do estuário do rio Amazonas. Comum no sub-bosque de florestas altas e principalmente de capoeiras, tanto no interior como nas bordas. Vive solitário, sendo frequentemente observado em voo rápido, a cerca de 2 metros de altura. Às vezes para bruscamente para observar algo que lhe chame a atenção, continuando seu caminho logo a seguir.

Rabo-branco-de-bigodes Foto – Guilherme Serpa

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências