Macuco – (Tinamus solitarius)

Macuco – (Tinamus solitarius)

Macuco Tinamus solitarius é uma ave da família Tinamidae. Ocorre no Brasil, Argentina e Paraguai.

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  • Nome popular: Macuco
  • Nome inglês: Solitary Tinamou
  • Nome científico: Tinamus solitarius
  • Família: Tinamidae
  • Habitat: Ocorre na Mata Atlântica nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. Também ocorre na Mata Atlântica do sul de Goiás.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de sementes, frutos duros como coquinhos de palmito, tapiá, tangerina do mato, insetos, vermes e pedrinhas que encontra junto a frutos caídos no solo.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho rudimentar, normalmente localizado entre as raízes de grandes árvores ou ao lado de troncos caídos. O macho incuba os ovos, em média entre 3 e 5 por 19 a 21 dias. Os ovos são de coloração verde azulada. Também é tarefa do macho criar os filhotes. O macho dorme no solo, enquanto os filhotes ainda não voem com ele para o poleiro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
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Características:

Mede em média 52 cm de comprimento, e pesa em média entre 1,5 a 2,0 quilos. As fêmeas geralmente são maiores e mais pesadas que os machos. Há relatos de fêmeas pesando 2,5 quilos. Tem coloração geral acinzentada matiz verde-oliva, pequenas manchas negras lineares e desenho críptico nas penas traseiras (retrizes), de cor marrom ferrugem. Pescoço com linha longitudinal bege sujo.

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Comentários:

Frequentam em geral trilhas na mata. Tal comportamento talvez esteja ligado à possibilidade de avistarem, mais facilmente, a aproximação de predadores. Pode ser visto na Mata Atlântica primária sempre próximo a riachos, em áreas acidentadas, inclusive em grotas e encostas pedregosas, locais que facilitam o empoleirar e dificultam a ação de predadores terrestres. Sua vocalização principal consiste em um único pio meio agudo e bem espaçado, sendo o pio do macho mais curto que o da fêmea. Emitem também um chororocado, e na época da reprodução, quando empoleiram, emitem três pios seguidos. As fêmeas são dominantes e territoriais, e um casal geralmente se localiza no limite de audição do pio de outro casal, ou seja, aproximadamente a cada 200-250 metros. Tomam banho constantemente.

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Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Perdiz – (Rhynchotus rufescens)

Perdiz – (Rhynchotus rufescens)

A perdiz Rhynchotus rufescens é uma ave da família Tinamidae. Ocorre no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

Perdiz {field 25}
  • Nome popular: Perdiz
  • Nome inglês: Red-winged Tinamou
  • Nome científico: Rhynchotus rufescens
  • Família: Tinamidae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil até o sul do rio Amazonas. Encontrado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Ocorre excepcionalmente na ilha do Marajó, onde foi introduzida.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de cupins, gafanhotos e outros insetos, além de sementes, raízes e tubérculos e, ocasionalmente, pequenos roedores. Procura alimento ciscando o solo com suas fortes pernas e utiliza o bico forte para cavar a terra. Seus filhotes têm alta necessidade de proteína, que acelera seu crescimento, sendo capazes de buscar seu próprio alimento assim que nascem.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um pequeno buraco na terra onde faz o ninho, com palhas secas, capim e até penas, feito pelo macho. É o macho também que choca as ninhadas de 3 a 9 ovos de coloração cinzento escura ao chocolate, e cuida dos filhotes, que nascem após cerca de 21 dias (em média). O período de postura dessas aves vai de setembro a março. Nesta época canta desde o amanhecer, não parando nem mesmo nas horas de sol mais quente. O ninho é feito sob o abrigo de uma touceira de capim. Após a postura a fêmea, piando sempre, sai em busca de outro companheiro para preparar nova ninhada. O macho é o responsável pela incubação dos ovos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Perdiz {field 25}

Características:

Mede em média entre 38 e 42 cm de comprimento. O macho pesa entre 700 e 920 gramas e a fêmea, um pouco maior, pesa entre 815 e 1040 gramas de peso. A cabeça é coroada com uma pequena crista negra, que sempre é visível especialmente em machos no período de acasalamento. Seus lores são de cor bege e a região auricular é marrom escuro. O pescoço e o peito são de coloração canela mais escuro nas sua porção superior. O ventre é de coloração castanho claro barrado. O dorso é escuro, fortemente barrado de marrom escuro e bege. As asas são mais claras que o dorso e apresentam listras marrons, cinza e branco. Em voo, nota-se que as primárias são de coloração castanha. O bico é longo e ligeiramente curvado para baixo. A mandíbula apresenta a coloração cinza claro e a maxila é esbranquiçada. A íris é verde claro e a pupila é negra. Os tarsos e pés, com seus três dedos, são de coloração cinza claro. Suas penas de voo são avermelhadas, característica única nessa família. Não apresenta dimorfismo sexual aparente durante a maior parte do ano. Na estação reprodutiva notam-se machos com menor tamanho e pescoço bastante fino. Os machos apresentam ainda inchaço bastante evidente da região de cloaca, ficando fácil a identificação no período. Os juvenis têm uma mistura de cor marrom acinzentado, porém mais apagada que a dos indivíduos adultos.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Rhynchotus rufescens rufescens (Temminck, 1815) – ocorre do sudeste do Peru até a Bolívia, leste do Paraguai, sudeste e sul do Brasil e nordeste da Argentina. Difere da subespécie catingae pela coloração menos acinzentada e mais marrom na porção superior da ave, seu barrado dorsal também é mais pardacento do que na subespécie catingae. Sua coloração geral é menos acinzentada do que a da subespécie pallescens. (Blake, 1977).
  • Rhynchotus rufescens catingae (Reiser, 1905) – ocorre na região central e nordeste do Brasil. Esta subespécie apresenta coloração acastanhada na porção superior. É mais marrom-acinzentada do que a subespécie nominal e tem as barras dorsais claras menos pardacentas. Partes posteriores do corpo da ave são mais acinzentadas, especialmente nos flancos e no crisso. Distingue-se da subespécie pallescens por ter o pescoço com a coloração ocrácea mais escura. (Blake, 1977).
  • Rhynchotus rufescens pallescens (Kothe, 1907) – ocorre no norte da Argentina, desde a região leste da província de Formosa até a província de Rio Negro ao sul. Esta subespécie apresenta coloração geral mais acinzentada do que na subespécie rufescens. É semelhante à subespécie catingae, com barras pálidas na região dorsal e mais cinzenta na porção inferior da ave. A coloração ocrácea do pescoço é mais pálida e frequentemente apresenta barrado discernível, mas nunca muito intenso. (Blake, 1977).
Perdiz {field 25}

Comentários:

Frequenta campos sujos, cerrados, buritizais e caatingas. A perdiz é mestre em camuflagem. Quando ameaçada pela aproximação de um inimigo, confunde-se com os capins, abaixando-se logo que pressente o perigo. Se o estranho se aproxima mais ainda de seu esconderijo, salta subitamente em voo rápido e barulhento, sumindo lá adiante na vegetação campestre. Tem capacidade ainda de se fingir de morta, como último recurso.

Perdiz {field 25}

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências