Atobá-de-pé-vermelho – (Sula sula)

O atobá-de-pé-vermelho Sula sula é um da família Sulidae. Também conhecido como mombebo-branco. Ocorre nas ilhas dos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.

Atobá-de-pé-vermelho Foto – Bernardo Dantas
  • Nome popular: Atobá-de-pé-vermelho
  • Nome inglês: Red-footed Booby
  • Nome científico: Sula sula
  • Família: Sulidae
  • Habitat: Ocorre nas ilhas dos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente em mar aberto, de peixes, com preferência por peixes-voadores, que pega em voos rasantes à superfície do mar. Pode sobreviver vários dias sem comida.
  • Reprodução: Nidifica em ilhas costeiras com vegetação abundante. Não sazonal, pode começar a criação em qualquer mês. Faz um ninho de gravetos, raso como uma plataforma, sobre árvores e arbustos. Coloca um ovo apenas, que choca com os pés em cima, durante cerca de 40 dias. O filhote nasce nu, depois adquire uma plumagem branca e macia. Após aproximadamente 4 ou 5 meses abandona o ninho, já com capacidade de voo. Atinge a maturidade sexual com 2 a 3 anos. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Atobá-de-pé-vermelho Foto – Bernardo Dantas

Características:

O atobá-de-pé-vermelho é o menor membro da família dos atobás com cerca de 70 centímetros de comprimento e com envergadura de até um metro e meio. O peso médio de 490 adultos da ilha Christmas era de 837 gramas. Tem pernas vermelhas e o bico e a bolsa na garganta são de cor rosa e azul. Esta espécie possui vários morfos. Na forma branca, a plumagem é principalmente branca (a cabeça frequentemente tingida de amarelado) e as penas de voo são pretas. O metamorfo branco de cauda preta é semelhante e pode ser facilmente confundido com o atobá de Nazca e os atobás-grandes. A forma marrom é geralmente marrom. O forma marrom de cauda branca é semelhante, mas tem barriga, garupa e cauda brancas. O metamorfo marrom de cabeça branca e cauda branca tem um corpo, cauda e cabeça principalmente brancos, e asas e dorso marrons. Os morfos geralmente reproduzem juntos, mas na maioria das regiões um ou dois morfos predominam; por exemplo, nas ilhas Galápagos, a maioria pertence ao morfo marrom, embora o morfo branco também ocorra. Os sexos são semelhantes e os juvenis são acastanhados com asas mais escuras e patas rosadas claras, enquanto os pintos são cobertos de uma densa penugem branca

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Sula sula sula (Linnaeus, 1766) – ocorre do estado da Flórida, nos Estados Unidos, em ilhas do Caribe, na costa do leste do Brasil incluindo ilhas, até a ilha de Ascensão na porção sul do oceano Atlântico;
  • Sula sula rubripes (Gould, 1838) – ocorre nas ilhas do Oceano Índico e na região tropical do Oceano Pacífico, arquipélago havaiano, ilhas Marquesas e ilha de Pitcairn;
  • Sula sula websteri (Rothschild, 1898) – ocorre na região tropical leste do oceano Pacífico da ilha Revillagigedo, na costa sudoeste do México, até o Arquipélago de Galápagos.

(Clements checklist, 2014); (ITIS – Integrated Taxonomic Information System, 2015).

Atobá-de-pé-vermelho Foto – Bernardo Dantas

Comentários:

O atobá-de-pé-vermelho é estritamente marinha e em grande parte pelágica. Muitas vezes repousa em barcos que os utilizam como pontos de observação.

Atobá-de-pé-vermelho Foto – Bernardo Dantas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Atobá-pardo – (Sula leucogaster)

O atobá Sula leucogaster é uma ave da família Sulidae. Também conhecido popularmente como atobá-pardo, alcatraz-pardo, toba, mergulhão, mambembo, mumbebo. Ocorre em quase toda a costa da América do Sul e algumas regiões do oceano Pacífico.

Atobá-pardo Foto – Flávio Pereira
  • Nome popular: Atobá
  • Nome inglês: Brown Booby
  • Nome científico: Sula leucogaster
  • Família: Sulidae
  • Habitat: Ocorre em toda a costa brasileira, chegando até a Argentina. Também é encontrado em algumas regiões do oceano Pacífico.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de peixes e crustáceos.
  • Reprodução: Os casais nidificam em rochedos e, principalmente, em ilhas costeiras. Põe, em média, dois ovos, dos quais normalmente só um vinga. Quando o filhote nasce, o corpo é coberto por uma penugem branca e os pais se revezam na tarefa de alimentá-lo.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Atobá-pardo Foto – Afonso de Bragança

Características:

O atobá-pardo tem entre 65 a 75 centímetros e pesa, em média, de 725 a 1.550 gramas. É conhecido também como alcatraz-pardo, toba, mergulhão, mambembo e mumbebo. A espécie é típica dos mares tropical e subtropical. A plumagem característica é de cor café, barriga branca e garganta e loro nus.

Possui quatro subespécies:

  • Sula leucogaster leucogaster; (Boddaert, 1783) – ocorre nas ilhas no Golfo do México, Caribe e na região tropical do Oceano Atlântico;
  • Sula leucogaster plotus; (J. R. Forster, 1844) – ocorre em ilhas no Mar Vermelho, na porção tropical do Oceano Índico, na região tropical oeste e central do Oceano Pacífico e no norte da Austrália.
  • Sula leucogaster etesiaca; (Thayer & Bangs, 1905) – ocorre nas ilhas da região úmida do Pacífico, na América Central e Colômbia;
  • Sula leucogaster brewsteri; (Goss, 1888) – ocorre nas ilhas do Golfo da Califórnia e da costa do oeste do México e nas ilhas Três Marias e Clipperton.
Atobá-pardo Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

O atobá gosta de voar em bandos e, ao cair da tarde, procura ilhas para pernoitar. Para distinguir machos de fêmeas, basta observar as cores da plumagem no entorno dos olhos. No macho, o tom é azulado-escuro e, na fêmea, amarelo-escuro. Um de seus principais inimigos naturais são as fragatas, que roubam seus alimentos. Embora não seja uma espécie ameaçada, enfrenta problemas como a poluição (sobretudo o derramamento de óleo nos oceanos), que contaminam os peixes, sua principal fonte de alimento, além de sofrerem acidentes com redes de pesca, fios e linhas de pipas (em regiões mais urbanas).

Atobá-pardo Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências