Maçarico-de-asa-branca – (Tringa semipalmata)

Maçarico-de-asa-branca – (Tringa semipalmata)

O maçarico-de-asa-branca Tringa semipalmata é uma ave da família Scolopacidae. Espécie migratória. Pode ser visto no Brasil em toda a costa durante o verão.

Maçarico-de-asa-branca Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Maçarico-de-asa-branca
  • Nome inglês: Eastern Willet
  • Nome científico: Tringa semipalmata
  • Família: Scolopacidae
  • Subfamília: Tringinae
  • Habitat: Reproduz-se na América do Norte e nas Índias Ocidentais e passa o inverno do hemisfério norte no sul da América do Norte, América Central, nas Índias Ocidentais e na América do Sul.
  • Alimentação: É bem flexível em seus hábitos alimentares e caça caminhando e bicando suas presas no substrato, embora também sonde a lama ou o lodo com seu bico sensível e possa perseguir presas maiores em águas rasas. Uma presa favorita nas costas são pequenos caranguejos chama-maré, bem como caranguejos da superfamília Hippoidea, minhocas, mariscos e outros invertebrados. Ele também é conhecido por se alimentar ocasionalmente de material vegetal. A espécie também caça presas mais móveis, como peixes e insetos aquáticos. O bico sensível faz com que essas aves possam caçar tanto à noite quanto de dia.
  • Reprodução: Reproduz-se em pântanos de água doce, lamaçais, depressões e outras zonas úmidas continentais. O ninho consiste em uma pequena depressão no solo com 5 cm de profundidade e 15 cm de diâmetro, escavada pelas aves com os pés e o peito. O ninho fica em meio à grama perto da água na subespécie inornata, e em salinas ou dunas na subespécie nominal. Se o ninho estiver localizado na grama, a fêmea pode puxar talos de grama para o ninho como camuflagem. Folhas finas de grama e pequenos seixos podem ser usados para forrar o ninho e forro de grama pode ser trazido de alguma distância onde o ninho está em solo descoberto. Ambos os sexos incubam os ovos por 22–29 dias. Apesar de o macho ter uma tendência a incubar durante a noite, a fêmea sai do território antes que os filhotes ganhem penas, deixando-os sob os cuidados do macho pelas últimas duas semanas ou mais antes de emplumarem.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Maçarico-de-asa-branca Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média entre 33 e 41 cm de comprimento e pesa entre 173 e 375 gramas. Sua envergadura mede entre 56 e 66 centímetros de comprimento. Tem o bico reto e as pernas cinzentas. Em voo, destacam-se as grandes áreas negras. Espécie migratória que possui uma plumagem que varia de acordo com seu período reprodutivo.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Tringa semipalmata semipalmata (J. F. Gmelin, 1789) – ocorre na costa do Oceano Atlântico, desde o sul dos Estados Unidos da América na região do Golfo do México até o Brasil;
  • Tringa semipalmata inornata (Brewster, 1887) – ocorre desde o Canadá nos estados de Alberta e Manitoba até o nordeste da Califórnia, norte do Colorado e oeste de Nebraska; no inverno, pode ser encontrado desde a região costeira do sul dos Estados Unidos da América até o norte da América do Sul, principalmente na costa do Oceano Pacífico, até o norte do Chile.

(Clements checklist, 2014).

Maçarico-de-asa-branca Foto – Celi Aurora

Comentários:

Frequwnta pântanos de água doce, lamaçais, depressões e outras zonas úmidas continentais. No inverno setentrional, ambas as subespécies são costeiras, sendo encontradas em costas rochosas e arenosas, bem como em lamaçais e pântanos costeiros. O macho defende o território de outras aves da mesma espécie, desafiando os seus vizinhos com uma caminhada ritualizada ao longo da fronteira dos territórios, o que frequentemente leva a brigas.

Maçarico-de-asa-branca Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Referências

Maçarico-grande-de-perna-amarela – (Tringa melanoleuca)

Maçarico-grande-de-perna-amarela – (Tringa melanoleuca)

O maçarico-grande-de-perna-amarela Tringa melanoleuca é uma ave da família Scolopacidae. Espécie migratória, pode ser visto em todo o Brasil durante o verão.

Maçarico-grande-de-perna-amarela Foto – Julio Filipino
  • Nome popular: Maçarico-grande-de-perna-amarela
  • Nome inglês: Greater Yellowlegs
  • Nome científico: Tringa melanoleuca
  • Família: Scolopacidae
  • Subfamília: Tringinae
  • Habitat: Espécie migratória. Ocorre desde o Alasca até a Patagônia em diferentes épocas do ano.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de pequenos crustáceos, e outros invertebrados. Procura alimento na parte rasa de lagoas e alagados, quando percebem um estranho se aproximando emitem um sonoro piado, voam, mas voltam ao mesmo local em poucos minutos.
  • Reprodução: Reproduz-se no Canadá e Alasca em pântanos na região da floresta boreal. Constrói o ninho no chão, normalmente em locais bem escondidos perto da água. Põe de 3-4 ovos de 50 mm de comprimento, 33 mm de largura e pesam cerca de 28 gramas. O período de incubação é de 23 dias. Os jovens deixam o ninho dentro de 24 horas após o período de incubação e, em seguida, deixam as proximidades do ninho em aproximadamente 2 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Maçarico-grande-de-perna-amarela Foto – Julio Filipino

Características:

Os adultos têm pernas longas e amarelas e um bico fino, longo e escuro ligeiramente recurvado para cima e cujo comprimento é maior que a cabeça. A plumagem é preta e branca e muito malhada (inverno). Vive às margens de lagos e pântanos costeiros.

Maçarico-grande-de-perna-amarela Foto – Julio Filipino

Comentários:

Frequenta ambientes aquáticos lamacentos, bancos de areias e áreas abertas. Espécie migratória visitante do hemisfério norte.

Maçarico-grande-de-perna-amarela Foto – Julio Filipino

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Referências