Araçari-castanho – (Pteroglossus castanotis )

Araçari-castanho – (Pteroglossus castanotis )

O Araçari-castanho Pteroglossus castanotis é uma ave da família Ramphastidae. Sua distribuição está restrita à região neotropical, distribuindo-se do México à Argentina, ocorrendo na Colômbia, Bolívia, Argentina, e, no Brasil, nos estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Araçari-castanho
  • Nome inglês: Chestnut-eared Aracari
  • Nome científico: Pteroglossus castanotis
  • Família: Ramphastidae
  • Habitat: Podemos encontrá-los do México à Argentina , ocorrendo na Colômbia, Bolívia, Argentina, e, no Brasil, nos estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul
  • Alimentação: Alimentam-se principalmente de frutos, o que os coloca como grandes dispersores de sementes e, algumas vezes, de flores e também de insetos e filhotes de outras aves, além de ovos.
  • Reprodução: Nidificam em ocos de árvores, sendo que a reprodução ocorre entre a primavera e o verão. Em geral, choca 2 ovos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Edgard Thomas

Características:

Mede 43 centímetros de comprimento e pesa entre 220 e 310 gramas. Possui plumagem negra da cabeça à nuca, marrom castanha nas laterais da cabeça. Há uma base larga no bico, de cor laranja, contornada por uma linha basal amarela mais fina. A região perioftálmica nua é azul. Tanto a parte inferior da nuca, como a parte superior da garganta são pretas. A cor verde-escura recobre o dorso e contrasta com o vermelho do uropígio e coberteiras superiores da cauda. Possui o peito amarelo, recortado por uma faixa horizontal e contrastante, vermelha e o calção castanho. O macho da espécie é maior e tem o bico mais longo que o da fêmea.

Possui duas subespécies reconhecidas:

    • Pteroglossus castanotis castanotis (Gould, 1834) – ocorre do sul e leste da Colômbia até o leste do Equador, sudeste do Peru e noroeste do Brasil. Esta subespécie apresenta a cabeça preta e calções marrom escuros. A região pós-ocular mais azulada do que na subespécie australis.
  • Pteroglossus castanotis australis (Cassin, 1867) – ocorre do leste da Bolívia até o sudeste do Brasil, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul; no leste do Paraguai e nordeste da Argentina. Esta subespécie apresenta os lados da cabeça e calções marrom-castanhos, e região perioftálmica acinzentada.

(Clements checklist, 2014).

Foto – Jarbas Mattos

Comentários:

Costuma beber e tomar banho nas bromélias no alto das árvores, que ficam cheias durante as chuvas. É a espécie mais conhecida dos araçaris do Brasil central e oriental. Habita a mata alta, sobretudo nas copas, como a maioria de seus congêneres (Pteroglossus) e tucanos, e ao longo de rios margeados por mata de galeria. Frequenta ainda matas de várzea e de terra firme, buritizais, cerrados, matas secas, ilhas fluviais, capoeiras e plantações como de embaúba, mamão e banana. Esta espécie mantém a união do grupo através das vocalizações enquanto busca por alimento.

Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Tucanuçu – (Ramphastos toco)

O Tucano-toco, ou Tucanuçu Ramphastos toco é uma ave da família Ramphastidae, ocorre em todo o Brasil central e partes da Amazônia. No Cerrado e na Mata Atlântica encontra-se em maior número, podemos observa-los em rápidas visitas a pomares e árvores com frutos. Seu colorido, o formato e tamanho do bico chamam a atenção com facilidade, tornando-os inconfundíveis.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Tucanuçu
  • Nome inglês: Toco Toucan
  • Nome científico: Ramphastos toco
  • Família: Ramphastidae
  • Habitat: De larga distribuição em regiões campestres do interior, da Amazônia (p. ex. Manaus e foz do Amazonas) ao Paraguai, Bolívia e Argentina; não atinge o litoral do Brasil orienta
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutas, insetos e artrópodes, mas também costuma saquear ninhos de outras aves e devorar ovos e filhotes.
  • Reprodução: Constrói o ninho em árvores ocas, buracos em barrancos ou em cupinzeiros. Costuma botar de dois a quatro ovos, que são incubados por período de 16 a 18 dias. O macho costuma alimentar a fêmea na época da reprodução. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. 
Foto – Afonso de Bragança

Características:

O Tucano-toco possuir enorme bico alaranjado com uma mancha negra na ponta facilmente identificável. Com plumagem negra, destacando-se o papo o branco, além do crisso manchado de vermelho, mede 56 cm de comprimento e pode pesar 540 g. O bico apesar do tamanho é muito leve devido à estrutura interna onde existem grandes espaços vazios. O tucano usa-o com grande habilidade, apanhando desde pequenas presas até separando pedaços de alimentos maiores. Suas bordas são serrilhadas e a força do tucano corresponde a seu tamanho. Para ingerir o alimento, lança-o para trás e para cima, em direção à garganta, enquanto abre o bico para o alto.

Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Vive aos pares ou em bandos de duas dezenas de aves que voam em fila indiana. Voa com o bico reto, em linha com o pescoço, alternando curtas batidas com um planar mais demorado. Ao dormir vira a cabeça e descansa o bico nas costas. Comunica-se com chamados graves, parecendo um pouco o mugido do gado (vindo daí o nome goiano de tucano-boi). Habitam as matas de galeria, cerrado, capões; única espécie da família Ramphastidae que não vive exclusivamente na floresta, sobrevoa freqüentemente os campos abertos e rios largos; gosta de pousar sobre árvores altaneiras. Menos sociável que os outros tucanos. Os ocos também são usados para dormir, quando a grande ave dobra-se de tal forma que diminui o seu tamanho em dois terços. Inicialmente, coloca o bico sobre as costas e, em seguida, cobre-se com a cauda. Essa posição de dormida também é usada quando dorme no meio das folhas da parte superior da copa das árvores.

Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

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