Categoria: Família Procellariidae

A Família Procellariidae é composta de aves marinhas que inclui petréis, pardelas, bobos, grazinas, entre outros. São excelentes voadoras e passam a maioria do tempo voando sobre os oceanos. O grupo habita preferencialmente o hemisfério sul, nos oceanos de águas frias e temperadas. Tem 30 espécies com ocorrência no Brasil.

Macronectes giganteus (Gmelin, 1789) – petrel-grande
Macronectes halli Mathews, 1912 – petrel-grande-do-norte
Fulmarus glacialoides (Smith, 1840) – pardelão-prateado
Daption capense (Linnaeus, 1758) – pomba-do-cabo
Lugensa brevirostris (Lesson, 1831) – grazina-de-bico-curto
Pterodroma madeira Mathews, 1934 – grazina-da-madeira
Pterodroma deserta Mathews, 1934 – grazina-de-desertas
Pterodroma mollis (Gould, 1844) – grazina-delicada
Pterodroma incerta (Schlegel, 1863) – grazina-de-barriga-branca
Pterodroma lessonii (Garnot, 1826) – grazina-de-cabeça-branca
Pterodroma macroptera (Smith, 1840) – fura-bucho-de-cara-cinza
Pterodroma arminjoniana (Giglioli & Salvadori, 1869) – grazina-de-trindade
Halobaena caerulea (Gmelin, 1789) – petrel-azul
Pachyptila vittata (Forster, 1777) – faigão-de-bico-largo
Pachyptila desolata (Gmelin, 1789) – faigão-rola
Pachyptila belcheri (Mathews, 1912) – faigão-de-bico-fino
Bulweria bulwerii (Jardine & Selby, 1828) – alma-negra
Procellaria cinerea Gmelin, 1789 – pardela-cinza
Procellaria aequinoctialis Linnaeus, 1758 – pardela-preta
Procellaria conspicillata Gould, 1844 – pardela-de-óculos
Calonectris diomedea (Scopoli, 1769) – cagarra-do-mediterrâneo
Calonectris borealis (Cory, 1881) – cagarra-grande
Calonectris edwardsii (Oustalet, 1883) – cagarra-de-cabo-verde
Ardenna tenuirostris (Temminck, 1836) – pardela-de-cauda-curta
Ardenna grisea (Gmelin, 1789) – pardela-escura
Ardenna gravis (O’Reilly, 1818) – pardela-de-barrete
Puffinus puffinus (Brünnich, 1764) – pardela-sombria
Puffinus boydi Mathews, 1912 – pardela-de-cabo-verde
Puffinus lherminieri Lesson, 1839 – pardela-de-asa-larga
Pelecanoides magellani (Mathews, 1912) – petrel-mergulhador

Petrel-grande – (Macronectes giganteus)

O petrel-grande Macronectes giganteus é uma ave da família Procellariidae. Ocorre no Brasil, na região sul de forma sazonal.

Petrel-grande Foto -Nina Wenoli
  • Nome popular: Petrel-grande
  • Nome inglês: Southern Giant-Petrel
  • Nome científico: Macronectes giganteus
  • Família: Procellariidae
  • Habitat: Ocorre em toda a região circumpolar antártica. Durante o inverno austral, alcança a costa brasileira até o Trópico de Capricórnio, sendo comum no Rio Grande do Sul, mas pode alcançar até São Paulo e Rio de Janeiro.
  • Alimentação: Estes petréis são predadores de outros vertebrados e carcaças de aves e mamíferos marinhos são avidamente consumidas. É o única espécie da Ordem dos Procellariiformes a ocupar preferencialmente o nicho de predador e necrófago de mamíferos e aves, e um dos poucos a mostrar agilidade em terra. Nas Ilhas Geórgia do Sul pinguins são um item importante da dieta durante a reprodução (62 a 89% da massa consumida), assim como outros alimentos (especialmente petréis menores, krill, lobos marinhos, lulas e peixes). Acompanha barcos de pesca.
  • Reprodução: Reproduz-se a partir de outubro em ilhas de alguns arquipélagos austrais (como Ilhas Auckland e Campbell, Ilha Gough, ao sul do Arquipélago de Tristão da Cunha, Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgia do Sul), formando colônias dispersas de até trezentos casais. A incubação de seu único ovo dura de 55 a 66 dias e os filhotes deixam o ninho com 104 a 132 dias, quando pesam 1,3 vezes mais que um adulto. A maturidade sexual é atingida aos 6 ou 7 anos de idade e a expectativa de vida é de mais de 9,5 anos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Petrel-grande Foto – Nina Wenoli

Características:

Os petréis-grandes possuem envergadura de aproximadamente 2,10 m. Seu corpo tem cerca de 90 cm. Geralmente são de cor marrom, com a cabeça um pouco mais clara (mas alguns são brancos com manchas pretas no corpo), com filhotes brancos.

Petrel-grande Foto – Aisse Gaertner

Comentários:

Vive nas águas frias do hemisfério sul. Quando apanhada ou ameaçada costuma vomitar o conteúdo estomacal fedorento, podendo o jato alcançar até 2 metros de distância. Segue embarcações habitualmente. Segundo Harrison (2003) é “vigarista combativo, desajeitado e rude, tanto em terra como no mar”, provavelmente se referindo ao comportamento da espécie na hora de obter seu alimento.

Petrel-grande Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências