Soldadinho-do-araripe – (Antilophia bokermanni)

Soldadinho-do-araripe – (Antilophia bokermanni)

O soldadinho-do-araripe Antilophia bokermanni é uma ave da família Pipridae. Espécie endêmica de uma pequena região no Estado do Ceará. Ameaçada de extinção

Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Soldadinho-do-araripe
  • Nome inglês: Araripe Manakin
  • Nome científico: Antilophia bokermanni
  • Família: Pipridae
  • Subfamília: Ilicurinae
  • Habitat: Espécie endêmica do Brasil. Ocorre apenas em uma pequena região do estado do Ceará, nos municípios de Barbalha, Crato e Missão Velha.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de pequenos frutos. Mas também insetos e outros artrópodes, e para isso adota estratégias de captura específicas inclusive para insetos em voo. Estas especializações vão além da ingestão furtiva, sugerindo uma importância nutricional ainda não dimensionada, que pode ajudar a atravessar os períodos com pouca oferta de frutos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho feito com fibras vegetais secas e fungos fixados em uma forquilha com teias de aranha, formando um cesto ornamentado com folhas pendentes, a construção é uma atividade que cabe somente à fêmea, O local da construção é quase sempre sobre cursos d’água, geralmente a menos de 2 m de altura, salvo raras exceções, a construção do ninho ocorre em menos de quatro dias. Põe em média 2 ovos com um intervalo de aproximadamente um dia entre os dois. Após três semanas da postura, cada ovo eclode com cerca de um dia de diferença. Outras três semanas se passam entre a eclosão dos ovos e o abandono do ninho pelos filhotes, que são acompanhados de perto pela mãe e observados pelo pai.
  • Estado de conservação: Em Perigo Crítico.
Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 15 cm de comprimento e pesa em torno de 20 gramas. Tem dimorfismo sexual acentuado, pois a fêmea é de cor verde-oliva enquanto o macho é branco, com a cauda e as penas de voo das asas negras, além de um manto carmim que se estende do meio do dorso até um imponente topete sobre o bico, um adorno praticamente ausente na fêmea. Os machos apresentam as penas de voo um pouco maiores do que as das fêmeas, sendo também ligeiramente mais compridos do que elas, que por sua vez, são um pouco mais pesadas do que eles. A coloração da íris é grená, como as pernas, exceto pelas plantas dos pés amareladas.

Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Territorialistas, eles não andam em bando e protegem sua companheira e filhotes dentro da faixa de terra conquistada. Classificado como uma das espécie mais ameaçadas de extinção global na lista oficial brasileira de 2003 (MMA/Ibama), onde é classificada como “Criticamente Em Perigo”, recebendo o mesmo status pela União Internacional para a Conservação da Natureza (BirdLife International 2004) em sua lista de espécies globalmente ameaçadas de extinção.

Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Rabo-de-arame – (Pipra filicauda)

O rabo-de-arame Pipra filicauda é uma ave da família Pipridae. Conhecido também como uirapuru-de-cauda-longa. Ocorre no Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.

Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Rabo-de-arame
  • Nome inglês: Wire-tailed Manakin
  • Nome científico: Pipra filicauda
  • Família: Pipridae
  • Subfamília: Piprinae
  • Habitat: Ocorre no lado ocidental da Amazônia, à esquerda dos rios Negro, Branco e Madeira nos estados do Amazonas, Acre e Roraima. Encontrado também na Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em formato de xícara, normalmente abaixo de 2 m de altura, em árvores pequenas, ao lado de igarapés.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Ivan Cesar

Características:

Mede em média 10 cm de comprimento, mais 4,5 cm no macho e 2,5 cm na fêmea referentes aos filamentos alongados da cauda, os quais se assemelham a cerdas. O macho tem o alto da cabeça, nuca e alto das costas vermelho brilhantes, as laterais e região frontal da cabeça amarelo-ouro, e o restante das partes superiores preto e a fêmea é verde olivácea acima e mais opaca nas partes inferiores, com a barriga amarelada.

Possui duas subespécies:

  • Pipra filicauda filicauda (Spix, 1825) – ocorre do Leste do Equador até o Nordeste do Peru, Sul da Venezuela e Oeste da Amazônia brasileira;
  • Pipra filicauda subpallida (Todd, 1928) – ocorre na região tropical Leste da Colômbia e Noroeste da Venezuela.
Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Frequenta o estrato inferior de florestas úmidas, várzeas e terra firme ao longo de igarapés. Permanece oculto na vegetação, sendo de difícil observação. No período reprodutivo, os machos arrepiam as penas das costas e levantam suas caudas, balançando-as de um lado para o outro. Com isso, escovam com a cauda a face ou a garganta de outras aves que estão assistindo à exibição. Aparentemente esta é a única circunstância entre aves em que penas modificadas da cauda são utilizadas de maneira tátil e não visual.

Foto – Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

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