Soldadinho – (Antilophia galeata)

Soldadinho – (Antilophia galeata)

O soldadinho Antilophia galeata é uma ave da família Pipridae. Também conhecido como Tangará-rei, Tangará de chifre e Tangará-de-crista-vermelha, ocorre no Brasil, no Paraguai e na Bolívia.

Soldadinho Foto – Ricardo Gentil
  • Nome popular: Soldadinho
  • Nome inglês: Helmeted Manakin
  • Nome científico: Antilophia galeata
  • Família: Pipridae
  • Subfamília: Ilicurinae
  • Habitat: Ocorre do Maranhão, Piauí e Bahia a Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, oeste de Minas Gerais, oeste de São Paulo, Paraná, Paraguai e Bolívia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos, mas em época de escassez também come insetos e larvas.
  • Reprodução: A incubação executada exclusivamente pela mãe gira em torno de 17 a 19 dias. Os filhotes recebem da mãe bagas e insetos, em parte regurgitados, em parte amassados em bolas; abandonam o ninho com 13 a 15 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Soldadinho Foto – Edgard Thomas

Características:

Mede cerca de 14,5cm. Como na maioria das espécies da família, o macho se destaca da fêmea. Possui uma vasta crista vermelho vivo que vai do alto da cabeça até o meio das costas, com penas negras no restante do corpo. Sobre o bico, um tufo de penas mais compridas e dirigidas para a frente tem um formato marcante, originando o nome mais comum desta ave. A fêmea e o macho recém saído do ninho tem a plumagem de cor verde uniforme. O jovem macho leva três anos para adquirir a plumagem característica. Nesse período, podem ser observados machos com partes da plumagem colorida e o restante esverdeada.

Soldadinho Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Ocorre nas matas ciliares do Brasil central e nas matas da baixada pantaneira. Ocorre também em buritizais ou em matas brejosas entre 500 e 1000m de altitude, por vezes, acompanhando bandos mistos. Vivem solitários, no máximo em casais no mesmo território, pouco associados. Canta o ano todo, ocasionalmente durante o período de muda, entre janeiro e maio. Na época reprodutiva, responde a imitações ou gravações de seu canto.

Soldadinho Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Soldadinho-do-araripe – (Antilophia bokermanni)

Soldadinho-do-araripe – (Antilophia bokermanni)

O soldadinho-do-araripe Antilophia bokermanni é uma ave da família Pipridae. Espécie endêmica de uma pequena região no Estado do Ceará. Ameaçada de extinção

Soldadinho-do-araripe Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Soldadinho-do-araripe
  • Nome inglês: Araripe Manakin
  • Nome científico: Antilophia bokermanni
  • Família: Pipridae
  • Subfamília: Ilicurinae
  • Habitat: Espécie endêmica do Brasil. Ocorre apenas em uma pequena região do estado do Ceará, nos municípios de Barbalha, Crato e Missão Velha.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de pequenos frutos. Mas também insetos e outros artrópodes, e para isso adota estratégias de captura específicas inclusive para insetos em voo. Estas especializações vão além da ingestão furtiva, sugerindo uma importância nutricional ainda não dimensionada, que pode ajudar a atravessar os períodos com pouca oferta de frutos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho feito com fibras vegetais secas e fungos fixados em uma forquilha com teias de aranha, formando um cesto ornamentado com folhas pendentes, a construção é uma atividade que cabe somente à fêmea, O local da construção é quase sempre sobre cursos d’água, geralmente a menos de 2 m de altura, salvo raras exceções, a construção do ninho ocorre em menos de quatro dias. Põe em média 2 ovos com um intervalo de aproximadamente um dia entre os dois. Após três semanas da postura, cada ovo eclode com cerca de um dia de diferença. Outras três semanas se passam entre a eclosão dos ovos e o abandono do ninho pelos filhotes, que são acompanhados de perto pela mãe e observados pelo pai.
  • Estado de conservação: Em Perigo Crítico. iucn cr
Soldadinho-do-araripe Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 15 cm de comprimento e pesa em torno de 20 gramas. Tem dimorfismo sexual acentuado, pois a fêmea é de cor verde-oliva enquanto o macho é branco, com a cauda e as penas de voo das asas negras, além de um manto carmim que se estende do meio do dorso até um imponente topete sobre o bico, um adorno praticamente ausente na fêmea. Os machos apresentam as penas de voo um pouco maiores do que as das fêmeas, sendo também ligeiramente mais compridos do que elas, que por sua vez, são um pouco mais pesadas do que eles. A coloração da íris é grená, como as pernas, exceto pelas plantas dos pés amareladas.

Soldadinho-do-araripe Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Territorialistas, eles não andam em bando e protegem sua companheira e filhotes dentro da faixa de terra conquistada. Classificado como uma das espécie mais ameaçadas de extinção global na lista oficial brasileira de 2003 (MMA/Ibama), onde é classificada como “Criticamente Em Perigo”, recebendo o mesmo status pela União Internacional para a Conservação da Natureza (BirdLife International 2004) em sua lista de espécies globalmente ameaçadas de extinção.

Soldadinho-do-araripe Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências