Biguá – (Nannopterum brasilianus)

O biguá Nannopterum brasilianus é uma ave da família Phalacrocoracidae. Também é conhecido pelos nomes de biguá-una, imbiuá, mergulhão, cormorão, miuá e pata-d’água. Ave aquática.

Biguá Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Biguá
  • Nome inglês: Neotropic Cormorant
  • Nome científico: Nannopterum brasilianus
  • Família: Phalacrocoracidae
  • Habitat: Ocorre do sudeste do Arizona à Terra do Fogo
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de peixes e crustáceos, para capturar sua presa, mergulha a partir da superfície da água e, submerso, persegue-a. Os pés e o bico possuem função primordial na perseguição e captura. Um exímio mergulhador, não se contenta com os peixes da superfície. Mergulha mar abaixo e em meio a ziguezagues e viravoltas, conseguindo capturar sua presa. Come também girinos, sapos, rãs e insetos aquáticos.
  • Reprodução: Os ninhos são geralmente compostos por uma camada externa espessa de galhos e gravetos, forrada com gramíneas moles e algas. A fêmea põe geralmente 3 a 4 ovos ovais, de cor azul a azul-claro, que são incubados pelo casal. O período de incubação varia de 23 a 26 dias. Os filhotes são alimentados por ambos os pais, que regurgitam o alimento em seus bicos. São alimentados até as 11 semanas de vida, e com 12 semanas já são totalmente independentes.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Biguá Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre 58 a 73 cm, peso de 1,2 a 1,4 kg, envergadura de 100 a 102 cm. Sua plumagem é totalmente preta com saco gular amarelo. Possui pescoço longo, cabeça pequena, bico cinzento amarelado longo e fino, sendo que a ponta da maxila termina em forma de gancho. É possível observar uma discreta sobrancelha esbranquiçada. Íris azuis, pernas e pés palmados pretos. Na época da reprodução apresenta penas brancas beirando a garganta nua e com tufos brancos atrás das regiões auriculares. No período nupcial, as cores ficam mais vivas na plumagem de ambos os sexos.

Possui duas subespécies:

  • Nannopterum brasilianus brasilianus (Gmelin, 1789) – ocorre desde a Costa Rica até a Terra do Fogo;
  • Nannopterum brasilianus mexicanus (Brandt, 1837) – ocorre desde os Estados Unidos até a Nicarágua, Bahamas, Cuba e na Ilha dos Pinheiros ou Ilha da Juventude.

(Clements checklist, 2014).

Biguá Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Frequenta águas interiores e na orla marítima, também ocorrendo em rios, lagos, banhados, açudes, represas, estuários, manguezais e nas cidades em parques com lagoas. Não se afasta da costa para se aventurar no mar, mas voa para ilhas próxima à costa, podendo aí nidificar. Não possui glândula uropigiana, encharcando totalmente sua plumagem para aumentar o peso e facilitar os mergulhos. Quando sai da água, seca sua plumagem abrindo a cauda e as asas ao sol, ofegando de bico aberto, por vezes revelando seu saco gular amarelo. Descansa pousado na beira d’água, sobre pedras, árvores, estacas ou mesmo sobre cabos

Biguá Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências