Urutau-grande – (Nyctibius grandis)

O urutau-grande Nyctibius grandis é uma ave da família Nyctibiidae. Também conhecido como mãe-da-lua-gigante, urutau-gigante.

Urutau-grande Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Urutau-grande
  • Nome inglês: Great Potoo
  • Nome científico: Nyctibius grandis
  • Família: Nyctibiidae
  • Habitat: Ocorre do sul do México e nordeste da Guatemala até a Bolívia, estendendo-se até o sudeste do Brasil.
  • Alimentação: Forrageia entre 1 e 2 metros do solo até a copa das árvores, alimenta-se especialmente de grandes insetos voadores, como besouros e gafanhotos, além de morcegos.
  • Reprodução: O período reprodutivo vai de fevereiro a agosto, mas, dependendo da região, aves reprodutoras podem ser encontradas quase o ano todo. Constrói o ninho em alguma depressão de galho de árvore grosso, a pelo menos 10 metros acima do solo, com um único ovo branco (levemente manchado) medindo cerca de 5,2 × 3.8 centímetros (2 × 1,5 pegada). Poucos detalhes são conhecidos sobre o comportamento das ninhadas, mas cerca de um mês se passa antes que a prole seja vista sozinha no ninho. Após cerca de cinco semanas, o filhote é uma versão de dois terços do adulto, mas com uma, com plumagem mais pálida, cauda mais curta e bico menor com menos cerdas rictais. O período de desenvolvimento deve ser de pelo menos dois meses. Após este período de tempo, a prole não retorna ao local do ninho.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Urutau-grande Foto – Aisse Gaertner

Características:

Mede entre 45 e 57 centímetros de comprimento e pesa entre 360 e 620 gramas (Cohn-Haft, 2012). Sua envergadura atinge 1 metro. Apresenta uma boca descomunal e difere de outras espécies da mesma família por sua plumagem esbranquiçada. Os juvenis da espécie apresentam a plumagem semelhante ao adulto, entretanto são mais pálidos na cabeça, costas peito e flancos com barrado e manchas de cores mais escuras muito reduzidas.

Urutau-grande Foto – Carlos Grupilo

Comentários:

Geralmente é visto empoleirado acima do solo enquanto forrageia, falcoando quando a presa é avistada. Após o salto, quase sempre retorna ao seu poleiro anterior. Normalmente, durante o dia, pousa ereto em tocos de árvore, e passa despercebido pois se assemelha a parte do toco; esta é uma camuflagem, não apenas pela coloração, mas pelo cenário. Pode ser localizado à noite pelo reflexo da luz de seus olhos, pois fica na vertical em um poste, poleiro ou tronco de árvore em ângulo

Urutau-grande Foto – Celi Aurora

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências