Categoria: Subfamília Synallaxiinae

A subfamília Synallaxiinae é composta por 59 espécie com ocorrência no Brasil.

Synallaxis propinqua Pelzeln, 1859 – joão-de-barriga-branca
Synallaxis macconnelli Chubb, 1919 – joão-escuro
Synallaxis cabanisi (Berlepsch & Leverkuhn, 1890) – joão-do-norte
Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) – joão-teneném-becuá
Synallaxis albilora (Pelzeln, 1856) – joão-do-pantanal
Synallaxis simoni (Hellmayr, 1907) – joão-do-araguaia
Synallaxis scutata (Sclater, 1859) – estrelinha-preta
Synallaxis kollari (Pelzeln, 1856) – joão-de-barba-grisalha
Asthenes baeri (Berlepsch, 1906) – lenheiro
Asthenes luizae (Vielliard, 1990) – lenheiro-da-serra-do-cipó
Asthenes pyrrholeuca (Vieillot, 1817) – lenheiro-de-rabo-comprido
Asthenes moreirae (Miranda-Ribeiro, 1906) – garrincha-chorona
Asthenes hudsoni (Sclater, 1874) – joão-platino
Acrobatornis fonsecai (Pacheco, Whitney & Gonzaga, 1996) – acrobata
Metopothrix aurantiaca (Sclater & Salvin, 1866) – joão-folheiro
Limnoctites rectirostris (Gould, 1839) – arredio-do-gravatá
Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) – arredio-do-rio
Cranioleuca vulpecula (Sclater & Salvin, 1866) – arredio-de-peito-branco
Cranioleuca sulphurifera (Burmeister, 1869) – arredio-de-papo-manchado
Cranioleuca pyrrhophia (Vieillot, 1818) – arredio
Cranioleuca obsoleta (Reichenbach, 1853) – arredio-oliváceo
Cranioleuca pallida (Wied, 1831) – arredio-pálido
Cranioleuca semicinerea (Reichenbach, 1853) – joão-de-cabeça-cinza
Cranioleuca demissa (Salvin & Godman, 1884) – joão-do-tepui
Cranioleuca gutturata (d’Orbigny & Lafresnaye, 1838) – joão-pintado
Cranioleuca muelleri (Hellmayr, 1911) – joão-escamoso
Thripophaga macroura (Wied, 1821) – rabo-amarelo
Thripophaga fusciceps Sclater, 1889 – joão-liso
Roraimia adusta (Salvin & Godman, 1884) – joão-de-roraima
Leptasthenura platensis (Reichenbach, 1853) – rabudinho
Leptasthenura striolata (Pelzeln, 1856) – grimpeirinho
Leptasthenura setaria (Temminck, 1824) – grimpeiro
Spartonoica maluroides (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) – boininha
Pseudoseisura cristata (Spix, 1824) – casaca-de-couro
Pseudoseisura unirufa (d’Orbigny & Lafresnaye, 1838) – casaca-de-couro-de-crista-cinza
Pseudoseisura lophotes (Reichenbach, 1853) – coperete
Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821) – joão-de-pau
Phacellodomus sibilatrix (Sclater, 1879) – tio-tio-pequeno
Phacellodomus striaticollis (d’Orbigny & Lafresnaye, 1838) – tio-tio
Phacellodomus ruber (Vieillot, 1817) – graveteiro
Phacellodomus erythrophthalmus (Wied, 1821) – joão-botina-da-mata
Phacellodomus ferrugineigula (Pelzeln, 1858) – joão-botina-do-brejo
Anumbius annumbi (Vieillot, 1817) – cochicho
Coryphistera alaudina Burmeister, 1860 – corredor-crestudo
Schoeniophylax phryganophilus (Vieillot, 1817) – bichoita
Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) – curutié
Certhiaxis mustelinus (Sclater, 1874) – joão-da-canarana
Synallaxis hellmayri (Reiser, 1905) – joão-chique-chique
Synallaxis ruficapilla (Vieillot, 1819) – pichororé
Synallaxis whitneyi (Pacheco & Gonzaga, 1995) – joão-baiano
Synallaxis infuscata (Pinto, 1950) – tatac
Synallaxis cinerascens (Temminck, 1823) – pi-puí
Synallaxis frontalis (Pelzeln, 1859) – petrim
Synallaxis albescens Temminck, 1823 – uí-pi
Synallaxis albigularis (Sclater, 1858) – joão-de-peito-escuro
Synallaxis spixi (Sclater, 1856) – joão-teneném
Synallaxis hypospodia (Sclater, 1874) – joão-grilo
Synallaxis rutilans (Temminck, 1823) – joão-teneném-castanho
Synallaxis cherriei (Gyldenstolpe, 1930) – puruchém

Lenheiro-da-serra-do-cipó – (Asthenes luizae)

Lenheiro-da-serra-do-cipó – (Asthenes luizae)

O lenheiro-da-serra-do-cipó Asthenes luizae é uma ave da família Furnariidae. Endêmica dos campos rupestres, sendo encontrada na região da Serra do Cipó.

Lenheiro-da-serra-do-cipó Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Lenheiro-da-serra-do-cipó
  • Nome inglês: Cipo Canastero
  • Nome científico: Asthenes luizae
  • Família: Furnariidae
  • Subfamília: Synallaxiinae
  • Habitat: Endêmico dos campos rupestres, sendo encontrada na região da Serra do Cipó (Minas Gerais).
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e larvas, procurados em fendas nas rochas ou sobre elas.
  • Reprodução: Constrói ninhos principalmente de gravetos, apresentam formato aproximadamente esférico e uma abertura disposta lateralmente, encontrando-se apoiados em ramos da canela-de-ema – Vellozia nivea, uma espécie endêmica dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço.
  • Estado de conservação: Quase ameaçado. iucn nt
Lenheiro-da-serra-do-cipó Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 15 centímetros de comprimento e pesa entre 25,5 e 30,5 gramas. Tem as partes superiores em marrom escuro e as partes inferiores cinzentas, com a garganta branca estriada.

Lenheiro-da-serra-do-cipó Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequentam as placas rochosas, onde costuma deslocar-se andando ou em vôos curtos semiplanados. O corpo é mantido geralmente agachado e horizontal com a cauda levantada ocasionalmente. O canto consiste de uma frase assobiada longa. Habita afloramentos rochosos na região fito-geográfica dos campos rupestres em altitudes de 900 m a 1500 m.

Lenheiro-da-serra-do-cipó Foto – Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
  • Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.

Referências

João-botina-do-brejo – (Phacellodomus ferrugineigula)

João-botina-do-brejo – (Phacellodomus ferrugineigula)

O joão-botina-do-brejo Phacellodomus ferrugineigula é uma ave da família Furnariidae. Ocorre no Sudeste e Sul do Brasil.

João-botina-do-brejo Foto – Claudio Lopes
  • Nome popular: João-botina-do-brejo
  • Nome inglês: Orange-breasted Thornbird
  • Nome científico: Phacellodomus ferrugineigula
  • Família: Furnariidae
  • Subfamília: Synallaxiinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil no Sudeste e Sul.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de artrópodes e suas larvas capturados entre folhas secas e galhos, encontrados na densa galharia onde costumam viver.
  • Reprodução: Constroem um grande ninho feito com gravetos secos, pendurados na extremidades de galhos finos, cipós ou bambusáceas. O ninho é bem grande se comparado ao próprio João-botina. São sempre vistos aos casais..
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
João-botina-do-brejo Foto – Claudio Lopes

Características:

Mede cerca de 17 cm, tem olhos castanhos-escuros avermelhados, cor ferrugínea no ventre e na coroa e retrizes escuras. Possui cauda longa e quase sempre esta permanece em semi-leque . Diferencia-se de seu principal congênere joão-botina-da-mata pela coloração menos acanelada nas costas , lados da cabeça e retrizes (são castanhas-acinzentadas) e pelos olhos escuros (amarelo-alaranjado no congênere) .

João-botina-do-brejo Foto – Claudio Lopes

Comentários:

Frequenta matas úmidas em brejos e restingas pantanosas, ou em matas ribeirinhas onde houver solo encharcado e lamacento. Prefere matas escuras e com boa vegetação composta por lianas e cipós, de onde tira seu alimento e encontra material para a confecção de seu curioso ninho. O joão-botina-do-brejo e joão-botina-da-mata têm vozes semelhantes, inclusive ambas espécies atendem prontamente ao playback da outra.

João-botina-do-brejo Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências