Gaturamo-verdadeiro – (Euphonia violacea)

Gaturamo-verdadeiro – (Euphonia violacea)

O Gaturamo-verdadeiro Euphonia violacea é uma ave da família Fringillidae. Também é conhecido pelos nomes de bonito-lindo, gaturamo-imitador, gaturamo-itê, guipara e guriatã-de-bananeira.

Gaturamo-verdadeiro Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Gaturamo-verdadeiro
  • Nome inglês: Violaceous Euphonia
  • Nome científico: Euphonia violacea
  • Família: Fringillidae
  • Subfamília: Euphoniinae
  • Habitat: Amazônia brasileira, a leste dos rios Negro e Madeira, no Nordeste (excetuando-se a área da caatinga), e em direção sul até o Rio Grande do Sul. Encontrado também nas Guianas, Venezuela, Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: É ave social, que se alimenta de frutos e consome insetos apenas raramente. Possui moela degenerada, ou seja, baixa capacidade de processamento mecânico dos alimentos ingeridos. O alimento é pouco aproveitado e eliminado poucos minutos após a ingestão.
  • Reprodução: Atinge a maturidade sexual com 12 meses. Constrói os ninhos em cavidades em troncos. Cada postura tem em média quatro ovos brancos, pintalgados de vermelho, e incubados apenas pela fêmea durante 15 dias, que tem de 2 a 3 ninhadas por temporada.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Gaturamo-verdadeiro Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede em média entre 11 e 12 centímetros de comprimento e pesa cerca de 15 gramas (macho). A espécie apresenta dimorfismo sexual: o macho tem as partes superiores azul-metálicas, uma mancha amarela na testa e as partes inferiores amarelas e a fêmea apresenta as partes superiores verde-oliváceas e as inferiores amarelo-oliváceas; Um dos melhores imitadores. Um único macho pode se manifestar em poucos minutos na voz de 10 a 16 espécies de aves diferentes. São imitações perfeitas, mas traduzidas para sua própria força vocal reduzida. O repertório do gaturamo se torna a cópia fiel da avifauna da região em que vive.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Euphonia violacea violacea (Linnaeus, 1758) – ocorre nas Guianas e no norte do Brasil (região Amazônica até o leste do Maranhão).
  • Euphonia violacea aurantiicollis ( A. Bertoni, 1901) – ocorre no nordeste do Brasil (a partir do Piauí) até Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro e ao sul até o Rio Grande do Sul, leste do Paraguai e noroeste da Argentina (Misiones). Maior que E. v. violacea. Amarelo na testa mais largo. Coroa e nuca mais violeta.
  • Euphonia violacea rodwayi (T. E. Penard, 1919) – ocorre no leste e sul da Venezuela e na ilha de Trinidad no Caribe. Muito semelhante à E. v. violacea, porém um pouco maior.

Clements checklist (2014); ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015).

Gaturamo-verdadeiro Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

É comum em bordas de florestas, florestas de galeria, clareiras, jardins, plantações de cacau e citrinos, fruteiras em plantações, árvores densas em parques, evitando áreas abertas mais áridas. Vive aos pares ou em pequenos grupos e junta-se com frequência a bandos mistos de aves. Além de ser muito apreciado por seu canto melodioso, o macho costuma imitar as vocalizações de uma grande variedade de espécies, como gaviões, papagaios, tucanos e gralhas

Gaturamo-verdadeiro Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Pintassilgo-do-nordeste – (Spinus yarrellii)

O pintassilgo-do-nordeste Spinus yarrellii é uma ave da família Fringillidae. Ocorre no Brasil, apena na região nordeste.

Pintassilgo-do-nordeste Foto – Carmen Lucia Bays
  • Nome popular: Pintassilgo-do-nordeste
  • Nome inglês: Yellow-faced Siskin
  • Nome científico: Spinus yarrellii
  • Família: Fringillidae
  • Subfamília: Carduelinae
  • Habitat: Endêmico do Nordeste do Brasil, sendo encontrado nos Estados do Piauí, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Paraíba, Maranhão, Sergipe e Rio Grande do Norte. Há registros de indivíduos em Goiás e na Venezuela.
  • Alimentação: Alimentam-se basicamente de grãos. Comem uma grande variedade de sementes de plantas herbáceas. Gosta da flor do eucalipto, insetos dos pinhais, sementes de picão – Bidens pilosa, dente-de-leão – Taraxacum, colonião – panicum maximum e serralha – Sonchus oleraceus, e também das sementes de bem-me-quer.
  • Reprodução: Atinge a maturidade sexual aos 10 meses. Cada ninhada geralmente tem entre 3 e 5 ovos, tendo de 2 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias.
  • Estado de conservação: Vulnerável. iucn vu
Pintassilgo-do-nordeste Foto – Carmen Lucia Bays

Características:

Mede em média 11 cm de comprimento. Diferencia-se do pintassilgo comum apenas por ter o boné negro. A fêmea é identificável pela ausência de preto na cabeça. Os jovens machos com poucos meses já apresentam pintas pretas na cabeça. O gorjear, é fino e bastante variado, em andamento rapidíssimo, com estrofes longas intercalando. Imita outras aves. No sul do Piauí e da Bahia costumam hibridizar com o PintassilgoSpinus magellanica.

Pintassilgo-do-nordeste Foto – Carmen Lucia Bays

Comentários:

Frequentam mata secundária aberta, árvores em plantações e quintais, pinhais, cerrado e caatinga.

Pintassilgo-do-nordeste Foto – Guilherme Serpa

 

Áreas de ocorrência no Brasil.

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências