Gaturamo-bandeira – (Chlorophonia cyanea)

Gaturamo-bandeira – (Chlorophonia cyanea)

O gaturamo-bandeira é uma ave da família Fringillidae. Esta ave é conhecida por possuir as cores da bandeira brasileira, o que lhe valeu o apelido de bandeirinha.

Gaturamo-bandeira Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Gaturamo-bandeira
  • Nome inglês:Blue-naped Chlorophonia
  • Nome científico: Chlorophonia cyanea
  • Família: Fringillidae
  • Subfamília: Euphoniinae
  • Habitat: Ocorre da Bahia e Minas ao Rio Grande do Sul e Paraguai.
  • Alimentação: Come frutas da mata, pequenas larvas, folhas e também néctar. Aprecia a erva-de-passarinho, planta frequente nas cidades, alimenta-se também de frutos de urtigão.
  • Reprodução: Constrói o ninho redondo e bem escondido dentro de bromélias, no penacho dos coqueiros ou na barba-de-velho. Macho e fêmea trabalham juntos para construir o ninho. Põe de 2 a 3 ovos, sendo o período de incubação de 17 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Gaturamo-bandeira Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede cerca de 10 cm e pesa 13 gramas. Os machos têm as cabeças, gargantas e pescoço verdes, dorso, boa parte das asas e uropígio azuis, ventre amarelo dourado, enquanto as fêmeas diferem pela barriga esverdeada, uma mancha azul triangular somente na nuca, asas totalmente verdes.

Possui sete subespécies reconhecidas:

  • Chlorophonia cyanea cyanea (Thunberg, 1822) – ocorre do Paraguai e nordeste da Argentina até o sudeste do Brasil, atingindo o estado da Bahia;
  • Chlorophonia cyanea psittacina (Bangs, 1902) – ocorre na região das montanhas Santa Marta no nordeste da Colômbia;
  • Chlorophonia cyanea intensa (Zimmer, 1943) – ocorre na encosta leste da Cordilheira dos Andes da Colômbia;
  • Chlorophonia cyanea longipennis (Du Bus de Gisignies, 1855) – ocorre na Cordilheira dos Andes do leste da Colômbia até o oeste da Venezuela, leste do Peru e oeste da Bolívia;
  • Chlorophonia cyanea frontalis (Sclater, 1851) – ocorre na região montanhosa do norte da Venezuela;
  • Chlorophonia cyanea minuscula (Hellmayr, 1922) – ocorre nas montanhas da região costeira do nordeste da Venezuela;
  • Chlorophonia cyanea roraimae (Salvin & Godman, 1884) – ocorre do sul da Venezuela até a Guiana e no extremo noroeste do Brasil.
Gaturamo-bandeira Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Embora possua um assobio melodioso, ele é descendente. Ou seja, o seu canto é fraco. Mas nem por isso o bandeirinha deixa de chamar a atenção.

Gaturamo-bandeira Foto – Afonso de Bragança

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em https://www.wikiaves.com.br/gaturamo-bandeira Acesso em 28 Agosto de 2009.
  • Wikipédia – disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Chlorophonia_cyanea Acesso em 28 Agosto de 2010.

Fim-fim-grande – (Euphonia xanthogaster)

Fim-fim-grande – (Euphonia xanthogaster)

O fim-fim-grande Euphonia xanthogaster é uma ave da família Fringillidae. Ocorre na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Peru e Venezuela.

Fim-fim-grande Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Fim-fim-grande
  • Nome inglês: Orange-bellied Euphonia
  • Nome científico: Euphonia xanthogaster
  • Família: Fringillidae
  • Subfamília: Euphoniinae
  • Habitat: Ocorre em áreas florestadas no oeste da Amazônia, no Sudeste e na Bahia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos, eventualmente também come insetos e larvas.
  • Reprodução: Constrói o ninho em formato de bolsa pendurado em galhos pouco acessíveis.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Fim-fim-grande Foto – Aisse Gaertner

Características:

Mede em média 10 centímetros de comprimento e pesa entre 9 e 16 gramas. O macho é muito semelhante ao fim-fim, mas apresenta o píleo amarelo até bem atrás dos olhos, além da garganta preta e do ventre amarelo alaranjado. Entretanto, as fêmeas são bem diferentes das de Euphonia chlorotica, sendo, na maior parte, de cor oliva, com um píleo amarelado, nuca cinza, e acinzentada nas partes inferiores.

Possui onze subespécies reconhecidas. Entretanto, várias delas podem vir a ser reconhecidas como espécies plenas.

  • Euphonia xanthogaster chocoensis (Hellmayr, 1911) – ocorre no extremo leste do Panamá e na Colômbia a oeste da cordilheira dos Andes até o noroeste do Equador;
  • Euphonia xanthogaster quitensis (Nelson, 1912) – ocorre no oeste do Equador e no noroeste do Peru.
  • Euphonia xanthogaster exsul (Berlepsch, 1912) – ocorre no nordeste da Colômbia e na cordilheira ao norte da Venezuela;
  • Euphonia xanthogaster badissima (Olson, 1981) – ocorre na fronteiriça da Colômbia com a Venezuela e na região andina da Venezuela;
  • Euphonia xanthogaster oressinoma (Olson, 1981) – ocorre nas regiões oeste e central da Colômbia;
  • Euphonia xanthogaster brunneifrons (Chapman, 1901) – ocorre no sudeste do Peru, na região de Cuzco e Puno;
  • Euphonia xanthogaster ruficeps (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) – ocorre na Bolívia, na região de La Paz e Cochabamba.
  • No Brasil são quatro subespécies reconhecidas. (Piacentini et al., 2015).
  • Euphonia xanthogaster xanthogaster (Sundevall, 1834), na Floresta Atlântica da Bahia até o Rio de Janeiro;
  • Euphonia xanthogaster cyanonota (Parkes, 1969), no centro-oeste do Brasil, do Rio Juruá e Purús ao Rio Tapajós. Muito parecido com a anterior, mas as partes superiores do macho são azul-metálico e não violeta, sendo que tem violeta apenas na nuca. Coroa amarela também não se estende tanto como a subespécie nominal.
  • Euphonia xanthogaster brevirostris (Bonaparte, 1851) – ocorre no leste da Colômbia, Equador e leste do Peru; ocorre do leste da Venezuela até a Guiana e no noroeste do Brasil;
  • Euphonia xanthogaster dilutior (J. T. Zimmer, 1943) – ocorre no sudeste da Colômbia e no nordeste do Peru, no vale do rio Ucayali;
Fim-fim-grande Foto – Carlos Grupilo

Comentários:

Frequenta as copas de matas primárias e secundárias e em matas ribeirinhas. Vivem aos pares acompanhando bandos mistos.

Fim-fim-grande Foto – Carlos Grupilo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências