Chincoã-pequeno – (Coccycua minuta)

Chincoã-pequeno – (Coccycua minuta)

O chincoã-pequeno Coccycua minuta é uma ave da família Cuculidae. Ocorre no Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Bolívia, Panamá, Equador e Guianas.

Chincoã-pequeno Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Chincoã-pequeno
  • Nome inglês: Little Cuckoo
  • Nome científico: Coccycua minuta
  • Família: Cuculidae
  • Subfamília: Cuculinae
  • Habitat: Ocorre na Amazônia brasileira, e parte do Cerrado nos estados do Centro-Oeste até São Paulo.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, aranhas e lagartas. Eventualmente segue formigas-de-correição.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho feito de gravetos em formato de xícara, em arbustos densos. Põe em média de 2 a 4 ovos brancos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Chincoã-pequeno Foto – Ivan Cesar

Características:

Mede em média 28 cm de comprimento. Muito parecido com a alma-de-gatoPiaya cayana mas bem menor, sua vocalização lembra a de uma perereca. Tem o bico bem mais amarelado que o da Piaya cayana, diferindo desta também pela plumagem do peito que traz mais castanho que cinzento.

Possui quatro subespécies:

  • Coccycua minuta minuta (Vieillot, 1817) – ocorre do leste da Colômbia até a Venezuela, nas Guianas, na Amazônia brasileira e no Peru;
  • Coccycua minuta chaparensis (Cherrie, 1916) – ocorre no norte da Bolívia, nas regiões de Cochabamba e Santa Cruz;
  • Coccycua minuta panamensis (Todd, 1912) – ocorre no leste do Panamá e no norte da Colômbia, no oeste do Golfo de Urabá;
  • Coccycua minuta gracilis (Heine, 1863) – ocorre na Colômbia a oeste da Cordilheira dos Andes na região do Vale de Colca e no Vale de Magdalena; e no oeste do Equador.
Chincoã-pequeno Foto – Luiz Bravo

Comentários:

Frequenta bordas de florestas, capoeiras altas e margens de rios. Passa facilmente desapercebido em meio aos arbustos, descendo ao chão com frequência.

Chincoã-pequeno Foto – Celi Aurora

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Anu-branco – (Guira guira)

Anu-branco – (Guira guira)

O anu-branco Guira guira é uma ave da família Cuculidae. Também conhecido como rabo-de-palha, alma-de-gato, quiriru, pelincho e piririgua. Ocorre em quase toda a América do Sul

Anu-branco Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Anu-branco
  • Nome inglês: Guira Cuckoo
  • Nome científico: Guira guira
  • Família: Cuculidae
  • Subfamília: Crotophaginae
  • Habitat: Ocorre do sudeste do Amapá e do estuário amazônico à Bolívia, Argentina e Uruguai.
  • Alimentação: É essencialmente carnívoro, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes etc. Preda também lagartas peludas e urticantes, lagartixas, camundongos, rãs e filhotes de outras aves. Cospe pelotas. Pesca na água rasa; periodicamente come frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca, quando há escassez de artrópodes.
  • Reprodução: Os seus ovos são relativamente muito grandes, tendo de 17 a 25% do peso da fêmea. A cor dos ovos é verde-marinho e uma rede branca calcária em alto relevo se espalha sobre toda a superfície. Tanto há ninhos individuais, como coletivos. A fêmea que construiu um ninho e ainda não começou a pôr os seus ovos joga fora os ovos postos ali por outras fêmeas. Joga também os ovos, quando a fêmea poedeira encontra o ninho onde quer pôr ocupado por outra ave. Os adultos nem sempre zelam bem pelos ninhos com ovos, abandonando-os. Os filhotes deixam o ninho antes de poder voar, com a cauda curta, e são alimentados ainda durante algumas semanas. Quando os seus ninhos são abandonados, às vezes são aproveitados por outros pássaros, serpentes e por pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Anu-branco Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre 36 e 42 centímetros de comprimento, incluindo seus 20 centímetros da cauda, e pesa entre 113 e 168,6 gramas. É usualmente encontrado em bandos familiares. O adulto da espécie apresenta coloração ocre-amarelada com uma crista desgrenhada, pele facial nua amarela, bico forte e curvo com uma bela coloração amarelo-alaranjada e íris variando entre o amarelo-alaranjado e branco-azulado. Ao redor dos olhos, um fino anel periocular amarelo pálido. O dorso e as coberteiras das asas são finamente estriados, as penas são escuras apresentando as bordas claras. As rêmiges são marrom enegrecidas. O uropígio é branco. A cauda é graduada, longa e apresenta belas retrizes, cada uma delas dividida em três partes com colorações distintas: camurça pálido na porcão basal, preto no centro e, na porcão distal, a cor é branca. A garganta, peito e ventre são pálidos com finas estrias escuras na garganta e no peito. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL.

Anu-branco Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Até certo ponto é beneficiado pelo desaparecimento da mata alta, pois vive em campos, lavouras e ambientes mais abertos. Migra para regiões onde era desconhecido e torna-se a ave mais comum ao longo das estradas. Devido ao seu voo lerdo e fraco, é frequentemente atropelado nas estradas e arrastado ao mar por fortes ventos. É atingido pela ação funesta dos inseticidas, fato tanto mais lamentável por ser muito útil à lavoura. Gosta de apanhar sol e banhar-se na poeira, muitas vezes adquire plumagem com coloração adventícia, ficando fortemente tingida com a cor da terra do local ou de cinza e carvão, sobretudo se correr antes pelo capim molhado, o que torna suas penas pegajosas. Pela manhã e após as chuvas, pousa de asas abertas para enxugar-se. À noite, para se esquentar, junta-se em filas apertadas ou aglomera-se em bandos desordenados; acontece de um correr sobre as costas dos outros que formam a fila a fim de forçar a sua penetração entre os companheiros. Procura moitas de taquara para pernoitar. Esta espécie morre de frio no inverno. As aves arrumam as suas plumagens reciprocamente.

Anu-branco Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências