Jacutinga-de-garganta-azul – (Aburria cumanensis)

A jacutinga-de-garganta-azul Aburria cumanensis é uma ave da família Cracidae. Também conhecida como cujubim. Ocorre no Paraguai, Bolívia, Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

Jacutinga-de-garganta-azul Foto – Renato Costa Pinto
  • Nome popular: Jacutinga-de-garganta-azul
  • Nome inglês: Blue-throated Piping-Guan
  • Nome científico: Aburria cumanensis
  • Família: Cracidae
  • Habitat: Ocorre no centro-oeste amazônico, desde as Guianas até o Peru, a Bolívia e o Paraguai. No Brasil esta espécie ocorre desde a margem norte do Solimões até o Pantanal mato-grossense, alcançando em Goiás a bacia do Araguaia e áreas do sudoeste.
  • Alimentação: Alimentando-se basicamente de frutos no meio das copas. Também vai nos ipês floridos para comer as flores. Vive em casais ou em bandos. Raramente pousa no solo.
  • Reprodução: Constroem seu ninho com ramos, capins e cipós em arvores.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Jacutinga-de-garganta-azul Foto – Renato Costa Pinto

Características:

Mede em média 65 cm de comprimento, sendo menor que o Cujubi Aburria cujubi, e pesa entre 1,30 kg. Ave negra e grande tem forte contraste com o branco dominante na cabeça e da asa, em especial voando. A barbela é cinza clara, quase branca, com uma estreita pele pendendo no centro, também retrátil, como no gênero Penelope, mas sempre visível. As pernas, avermelhadas, são muito pequenas em proporção ao corpo. A cauda é longa e negra.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Aburria cumanensis cumanensis (Jacquin, 1784) – ocorre do leste da Colômbia até a Venezuela, nas Guianas, no noroeste do Brasil e no Peru. Esta subespécie apresenta a barbela de coloração entre o azul e o azul cobalto, sem o estreito apêndice pendente encontrado em (A. c. grayi).
  • Aburria cumanensis grayi (Pelzeln, 1870) – ocorre do sudoeste do Brasil até a Bolívia, nordeste do Paraguai e no sudeste do Peru. Esta subespécie apresenta a barbela na coloração azul clara com um estreito apêndice pendente também na coloração azul clara.

Aves Brasil CBRO – 2015 (Piacentini et al. 2015); (IOC World Bird List 2017); (Clements checklist, 2014).

Jacutinga-de-garganta-azul Foto – Jarbas Mattos

Comentários:

Frequenta matas de galeria, matas secas, cerrados, matas de várzea e matas de terra firme. Apesar de encontrar-se ameaçada, em certas regiões forma bandos às margens de rios e em bancos de argila, que podem chegar a 11-15 indivíduos juntos se alimentando.

Jacutinga-de-garganta-azul Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Aracuã-guarda-faca – (Ortalis remota)

O aracuã-guarda-faca Ortalis remota é uma ave da família Cracidae. Espécie endêmica do Brasil, ocorre somente no estado de São Paulo.

Aracuã-guarda-faca Foto – Julio Filipino
  • Nome popular: Aracuã-guarda-faca
  • Nome inglês: Pinto’s Chachalaca
  • Nome científico: Ortalis remota
  • Família: Cracidae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, exclusivamente no estado de São Paulo.
  • Alimentação: Alimenta-se de frutas, folhas, brotos, grãos e insetos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo o ninho em mata fechada, eventualmente no alto das árvores, em galhos sobre a água ou ainda em troncos caídos. Põe em média entre 2 e 3 ovos, que são incubados de 25 a 30 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Aracuã-guarda-faca Foto – Julio Filipino

Características:

Muito parecido com o aracuã-pintadoOrtalis guttata, mas tem a coroa enferrujada e é mais pálido e mais oliváceo por cima e pintas no pescoço e barriga menos definidas e maiores.

Aracuã-guarda-faca Foto – Nina Wenoli

Comentários:

Frequentam florestas secundárias e bordas de matas de galeria, e está quase sempre em bandos ou casais barulhentos, podendo invadir áreas com plantações grandes.

Aracuã-guarda-faca Foto – Nina Wenoli

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências