Gralha-azul – (Cyanocorax caeruleus)

Gralha-azul – (Cyanocorax caeruleus)

A gralha-azul Cyanocorax caeruleus é uma ave da família Corvidae. Ocorre no Brasil, Paraguai e Argentina.

Foto – Luiz Bravo
  • Nome popular: Gralha-azul
  • Nome inglês: Azure Jay
  • Nome científico: Cyanocorax caeruleus
  • Família: Corvidae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Encontrado também no Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se de forma onívora, come desde frutos diversos, pinhão, ovos e filhotes de outras aves, pequenos vertebrados e invertebrados, e restos de alimentos humanos, como pão.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho feito de gravetos, de cerca de 50 cm de diâmetro, em forma de taça. Põe em média 4 ovos, com coloração azul esverdeados com numerosas manchas claras. O período reprodutivo inicia-se em outubro e se prolonga até março. Todos os indivíduos colaboram na construção de ninhos nas partes mais altas das árvores, preferencialmente na coroa central da araucária mas também em outras espécies de arvores. No
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Luiz Bravo

Características:

Mede em média 39 cm de comprimento. Tem coloração geral azul vivo e preta na cabeça, na parte frontal do pescoço e na superior do peito. Machos e fêmeas tem a mesma plumagem e aparência embora as fêmeas em geral sejam menores. As gralhas azuis são aves muito inteligentes só suplantadas pelos psitacídeos. Sua comunicação é bastante complexa consta de pelo menos 14 termos vocais (gritos) bem distintos e significantes. Gregárias, as gralhas azuis formam bandos de 4 a 15 indivíduos hierarquicamente bem organizados, inclusive com divisão de clãs, bandos estes que se mantêm estáveis por até duas gerações.

Foto – Luiz Bravo

Comentários:

Frequenta o interior e nas bordas de florestas e capoeiras arbóreas, principalmente em pinheirais. Porém, não é correta a opinião de que a gralha-azul seja uma ave típica e exclusiva dos pinheirais, pois habita também regiões de Mata Atlântica ou mesmo ilhas florestadas da baía de Paranaguá (litoral paranaense), onde estas árvores não existem. Vive em grupos pequenos, de 6 a 8 indivíduos. Apresenta o hábito de esconder sementes de pinheiro , como meio de guardar comida, esquecendo-se com frequência de algumas delas. Esse ato pode ser considerado com um ato de dispersão. Por isso, acredita-se que a gralha-azul seja importante para a germinação e desenvolvimento do pinheiro-do-paraná.

Foto – Ivan Cesar

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Gralha-picaça – (Cyanocorax chrysops)

A gralha-picaça é uma ave da família Corvidae. Também conhecida como cancã, gralha-de-crista-negra e gralha-do-mato. Ocorre na Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e no Brasil.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Gralha-picaça
  • Nome inglês: Plush-crested Jay
  • Nome científico: Cyanocorax chrysops
  • Família: Corvidae
  • Habitat: Ocorre na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, no Brasil em Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, frutos e às vezes ovos de outras aves. É muito perseguida por granjeiros por roubar os ovos de dentro dos galinheiros.
  • Reprodução: Normalmente vive em bandos de 10 a 20 indivíduos. na época reprodutiva, formam-se casais. O ninho é feito em árvores altas e espinhentas, composto por fortes varas, porém ralos, podendo os ovos cair através delas. Põe de 6 a 7 ovos grandes, azul-celeste ornados de desenhos brancos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Afonso de Bragança

Características:

Tem a cor azul marinho predominante, exceto na cabeça, o pescoço anterior e a garganta são negros, branco no peito, barriga e ponta de cauda. As penas negras do píleo formam uma almofada, saliente no occipital como uma bola, destaca-se uma mancha pós ocular e a nuca azul-esbranquiçada reluzente e mais um desenho azul sob o olho e o bigode, íris amarelo-enxofre, barriga e parte terminal da cauda branco-amareladas. Mede em média 34 cm de comprimento.

Possui quatro subespécies:

  • Cyanocorax chrysops chrysops (Vieillot, 1818) – ocorre no Sudeste do Brasil até o Paraguai, Uruguai, Norte da Bolívia e Nordeste da Argentina;
  • Cyanocorax chrysops diesingii (Pelzeln, 1856) – ocorre no Norte do Brasil ao Sul do rio Amazonas;
  • Cyanocorax chrysops tucumanus (Cabanis, 1883) – ocorre no Noroeste da Argentina
  • Cyanocorax chrysops insperatus (Pinto & Camargo, 1961) – ocorre na Amazônia brasileira, no Norte do estado de Mato Grosso e no Sul do estado do Pará a Leste do Rio Tapajós, na Serra do Cachimbo.
Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita a mata. Têm preferência por locais altos da floresta, e sempre que possível, retiram os pinhões ainda da pinha. Muitas vezes ocorre que no momento em que a gralha bica a pinha para retirar o pinhão, a mesma se desprende e acaba caindo no solo. As gralhas dificilmente descem até o chão para apanhar os pinhões, porém, quando já estão se alimentando de um pinhão e o mesmo cai no solo, elas descem para buscá-lo. Esse fato é possível, graças a excelente visão que elas possuem, onde miram o alvo e chegam com precisão até ele.

Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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