Rolinha-cinzenta – (Columbina passerina)

Rolinha-cinzenta – (Columbina passerina)

A rolinha-cinzenta Columbina passerina é uma ave da família Columbidae. Também conhecida como rolinha-taruéi.

Foto – Carlos Grupilo
  • Nome popular: Rolinha-cinzenta
  • Nome inglês: Common Ground-Dove
  • Nome científico: Columbina passerina
  • Família: Columbidae
  • Subfamília: Claravinae
  • Habitat: Ocorre desde o sul da América do Norte até a Amazônia Setentrional, em Roraima e no Brasil Centro-Oriental até o Nordeste.
  • Alimentação: Espécie granívora. Alimenta-se basicamente de sementes de gramíneas e de ervas daninhas.
  • Reprodução: Constrói ninhos frágeis e coloca nele 2 pequenos ovos brancos. A incubação dura entre 13 e 14 dias. Reproduz quase o ano todo, mas o pico da sua reprodução acontece em resposta à maior disponibilidade de recursos alimentares. A incubação e a alimentação dos filhotes é compartilhada por ambos os pais.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. 
Foto – Carlos Grupilo

Características:

Mede em média 17 cm de comprimento e pesa entre 22 e 50 gramas. É uma das menores espécies de columbídeos das Américas e está entre as menores da família. Apresenta o bico com a coloração variando entre o rosado e o amarelo-alaranjado com a ponta escura. Populações do sudoeste da Amazônia apresentam o bico todo escuro. A porção superior da ave apresenta coloração marrom pálida. As asas apresentam coloração marrom acastanhada com manchas escuras em tom vináceo. O dorso é claro e repleto de pequenos pontos escuros. A cabeça, pescoço e o peito são rosados, suas penas apresentando o centro manchado de escuro que lhe dá uma aparência escamada. O ventre e crisso são de coloração rosada ou branco pardacento. A cauda é marrom escura e quase preta quando vista pela face inferior.

Possui 19 subespécies reconhecidas:

    • Columbina passerina passerina (Linnaeus, 1758) – ocorre nos Estados Unidos da América, ao longo da costa atlântica, desde o estado da Carolina do Sul até o sudeste do estado do Texas na região costeira do Golfo do México;
    • Columbina passerina pallescens (S. F. Baird, 1860) – ocorre dos Estados Unidos da América, na região do delta do Rio Colorado e Baja Califórnia, através do sul do estado do Arizona até o sul do estado do Texas; México, Belize e Guatemala;
    • Columbina passerina socorroensis (Ridgway, 1887) – ocorre nas ilhas Socorro no arquipélago de Revillagigedo na costa oeste do México;
    • Columbina passerina neglecta (Carriker, 1910) – ocorre de Honduras até a Costa Rica e Panamá;
    • Columbina passerina bahamensis (Maynard, 1887) – ocorre em Bermuda e Bahamas;
    • Columbina passerina exigua (Riley, 1905) – ocorre na ilha Mona entre Porto Rico e a ilha Hispaniola;
    • Columbina passerina insularis (Ridgway, 1888) – ocorre em Cuba, na ilha de Pines, nas ilhas Cayman, na ilha Hispaniola (Haiti e República Dominicana) e nas ilhas adjacentes;
    • Columbina passerina jamaicensis (Maynard, 1899) – ocorre na ilha da Jamaica;
    • Columbina passerina umbrina (Buden, 1985) – ocorre na ilha de la Tortue na costa noroeste do Haiti;
    • Columbina passerina navassae (Wetmore, 1930) – ocorre na ilha Navassa na costa sudoeste de ilha Hipaniola;
    • Columbina passerina portoricensis (Lowe, 1908) – ocorre em Porto Rico, Culebras, Vieques e ilhas Virgens (exceto na ilha de Santa Cruz);
    • Columbina passerina nigrirostris (Danforth, 1935) – ocorre na ilha de Santa Cruz e ao norte das pequenas Antilhas; Dominica).
    • Columbina passerina trochila (Bonaparte, 1855) – ocorre na ilha de Martinica;
    • Columbina passerina antillarum (Lowe, 1908) – ocorre nas pequenas Antilhas (da ilha de Santa Lúcia e Barbados até a ilha de Grenada).
    • Columbina passerina albivitta (Bonaparte, 1855) – ocorre na região costeira do norte da Colômbia e Venezuela e em ilha da costa desde a ilha de Aruba até a ilha de Los Testigos, Margarita e Trinidad no Caribe;
    • Columbina passerina parvula (Todd, 1913) – ocorre na região central de Colômbia na região do alto vale do Rio Magdalena.
    • Columbina passerina nana (Todd, 1913) – ocorre no oeste da Colômbia, na região do vale do Rio Cauca e na região árida do alto vale do Rio Dagua;
    • Columbina passerina quitensis (Todd, 1913) – ocorre na região central do Equador;
    • Columbina passerina griseola (Spix, 1825) – ocorre do extremo sul da Venezuela, Guianas, e desde a região amazônica no Rio Negro e Rio Madeira até a região costeira do nordeste do Brasil, atingindo até o sul do estado da Bahia.

(del Hoyo, J.; et al., 2014).

Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Frequenta os lavrados, campos, matas secas, caatingas, matas de galerias, buritizais, savanas de cupim, fazendas e cidades. As perdas do seu habitat para o desenvolvimento agrícola e residencial e a degradação do habitat causada por incêndios e alterações na estrutura vegetal tem contribuído muito com a diminuição populacional.

Foto – Aisse Gaertner

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Pombo-doméstico – (Columba livia)

O pombo-doméstico Columba livia é uma ave da família Columbidae. Conhecido também como pombo-comum ou pombo-das-rochas.

Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Pombo-doméstico
  • Nome inglês: Rock Pigeon
  • Nome científico: Columba livia
  • Família: Columbidae
  • Subfamília: Columbinae
  • Habitat: Pode ser encontrada em todo Brasil, sendo comum até mesmo em grandes centros urbanos.
  • Alimentação: É granívora e frugívora, alimenta-se de variados tipos de sementes, principalmente a dos frutos do UrucumBixa orellana. Com o bico, costuma virar folhas secas em busca de alimentos. Sinantrópica, adaptou-se muito bem ao ambiente urbano. Comumente visto em praias, centro de cidades, praças, parques, aglomerados urbanos, consumindo restos de resíduos alimentares de seres humanos, os quais passaram a ser parte de sua dieta.
  • Reprodução: constrói o ninho em beirais de casas, com as próprias folhas secas que já estão lá e alguns gravetos. O ninho é feito de forma redonda, apenas ajeitando as folhas.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média entre 28-38 centímetros, e pesa em torno de 238-380 gramas. Esta espécie tem muitas variações na coloração. Alguns apresentam corpo todo preto com pés rosa-avermelhado e olhos laranjas em alguns indivíduos. Outros chegam a ser “albinos” com os olhos escuros e bico rosa-pálido. Já outros são marrons com duas barras também marrons nas asas cinza claro. Neste mesmo caso eles podem ter barras pretas nas asas cinza (este tem corpo cinza escuro). O pombo desse tipo (cinza escuro) tem o pescoço com penas verde-metálicas e roxas-metálicas que brilham sob a luz do sol.

Foto – Renato Costa Pinto

Comentários:

Frequentam áreas rochosas, geralmente nas costas. Em sua forma domesticada, o pombo selvagem tem sido amplamente introduzido em outros lugares, e é comum em grande parte do mundo, especialmente nas cidades. A expectativa média de vida em qualquer parte do mundo é de 3-5 anos na selva e até mais de 15 anos em cativeiro. Em muitos países é considerado um grave problema ambiental, pois compete por alimento com as espécies nativas, danifica monumentos com suas fezes e pode transmitir doenças ao homem. Até recentemente 57 doenças eram catalogadas como transmitidas pelos pombos

Foto – Renato Costa Pinto

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Referências

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