Biguatinga – (Anhinga anhinga)

A biguatinga Anhinga anhinga, é uma ave da família Anhingidae. Conhecido também como peru-d’água, mergulhão-serpente, biguá-bicolor, anhinga, arará. Ocorre em todo o Brasil. Encontrado também desde o sul dos Estados Unidos até o sul da América do Sul.

Biguatinga Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Biguatinga
  • Nome inglês: Anhinga
  • Nome científico: Anhinga anhinga
  • Família: Anhingidae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil. Encontrado também desde o sul dos Estados Unidos até o sul da América do Sul.
  • Alimentação: Alimenta-se de peixes, anfíbios, cobras-aquáticas e outros organismos aquáticos em mergulhos longos. Captura sua presa dardejando-a com seu afiado bico semiaberto, à semelhança de uma “fisga”, mas não a retém entre a maxila e a mandíbula serrilhada. A anatomia singular de seu pescoço permite-lhe dar botes rápidos e vigorosos como de uma cobra, espetando lateralmente os peixes com segura punhalada. Mais do que para a pesca, as serrilhas do bico se prestam para lidar com suas presas escorregadias após sua captura.
  • Reprodução: A fêmea constrói o ninho tecendo gravetos trazidos pelo macho, preenchendo com galhos vivos e folhas verdes. O ninho é geralmente construído em um ramo pendendo sobre a água ou em áreas abertas nas copas das árvores. São monogâmicos e o mesmo ninho pode ser aproveitado pelo casal nos anos posteriores. Faz o ninho sobre árvores em pequenas colônias, às vezes dentre colônias de garças e biguás. O ninho é confeccionado pela fêmea, mas é o macho quem escolhe e trás o material.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Biguatinga Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede cerca de 90 cm de comprimento, pesa em média 1,30 kg, sua envergadura atinge cerca de 120 centímetros. Ave aquática, apresenta asas esbranquiçadas tem o pescoço fino e muito longo, tipicamente angulado medialmente. Bico longo, muito pontiagudo, em forma de punhal e serrilhado, próprio para fisgar peixes. Cauda longa, de forma espatulada e com estrutura peculiar, pois as retrizes são rígidas e onduladas transversalmente lembrando uma chapa, que é útil para reforçar as penas que servem de leme quando nadam abaixo d’água. Pés com membranas natatórias. Não possui glândula uropigiana, sendo assim, suas penas não são impermeáveis como as dos patos e não segregam óleo que mantenha a água à distância. Em consequência, as penas podem armazenar quantidades de água que provocam a má flutuação do animal. Esta característica é, no entanto uma vantagem, visto que permite um mergulho mais eficiente debaixo de água.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Anhinga anhinga anhinga;(Linnaeus, 1766) – ocorre na ilha de Trinidad e Tobago; e do Norte da América do Sul até o Norte da Argentina;
  • Anhinga anhinga leucogaster;(Vieillot, 1816) – ocorre do Sudeste dos Estados Unidos da América até o Panamá, em Cuba e na Ilha dos Pinus.
Biguatinga Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Frequenta beira de rios e lagos orlados de matas. Prefere águas interiores com farta vegetação marginal e árvores com troncos secos, sendo mais raro na orla marítima. Quando não pescam, nadam devagar, deixando emerso apenas um pouco do pescoço e a cabeça, ou somente a cabeça, que é tão estreita que parece continuação do pescoço, dando a impressão de ser uma cobra d’água; quando nadam nessa posição mantém o bico levantado quase na vertical. Foge do perigo mergulhando. Empoleirado permanece frequentemente de asas abertas, impressionando então o tamanho e a forma côncava das mesmas.

Biguatinga Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências