Pato-de-crista – (Sarkidiornis sylvicola)

Pato-de-crista – (Sarkidiornis sylvicola)

O pato-de-crista Sarkidiornis sylvicola é uma ave da família Anatidae. Conhecido também como pato-cachamorro, pato-do-mato e putrião.

Pato-de-crista Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Pato-de-crista
  • Nome inglês: Comb Duck
  • Nome científico: Sarkidiornis sylvicola
  • Família: Anatidae
  • Sub-família: Anatinae
  • Habitat: Ocorre da da América Central à Argentina. Encontrado também em todo o Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de vegetação aquática, Mas para completar a dieta também come pequenos artrópodes aquáticos e moluscos.
  • Reprodução: A época de reprodução varia de acordo com a distribuição geográfica, mas tende a coincidir com a época das chuvas. Os ninhos são construídos em cavidades de árvores localizadas perto da água e forrados com penugem. Cada postura contém em média 6 a 8 ovos. Em anos de abundância foram registradas posturas excepcionais de 20 ovos. A incubação e cuidados parentais são da responsabilidade exclusiva da fêmea. A incubação leva entre 28 a 30 dias. Os juvenis permanecem no ninho por 9 a 10 semanas, após o que saltam do ninho diretamente para a água.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Pato-de-crista Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média entre 70–80 cm de comprimento, sendo as fêmeas pelo menos 10 cm menores que os machos. A espécie tem dimorfismo sexual significativo. O macho tem plumagem branca na barriga, peito e pescoço, com o dorso e asas pretos com reflexos iridiscentes de cor roxa; na época de reprodução, a cabeça e a zona inferior da cauda (normalmente brancos) adquirem tom amarelo. A característica mais distintiva dos machos é a presença de uma crista achatada lateralmente na zona superior do bico, que dá o nome à espécie. A fêmea não tem esta crista e apresenta plumagem menos colorida, sem as iridescências roxas nas asas.

Pato-de-crista Foto – Jarbas Mattos

Comentários:

É uma espécie de hábitos gregários, que pode ser encontrada em grandes bandos, por vezes separados entre sexos. Durante a época de reprodução, os patos-de-crista juntam-se em grupos menores de 3 a 4 casais. Embora sejam essencialmente monogâmicos, por vezes há formação de pequenos haréns, com 2 a 3 fêmeas por macho.

Pato-de-crista Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
  • Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.5.

Referências

Marreca-de-coleira – (Callonetta leucophrys)

Marreca-de-coleira – (Callonetta leucophrys)

A marreca-de-coleira Callonetta leucophrys é uma ave da família Anatidae. Ocorre na Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil e Bolívia.

Marreca-de-coleira Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Marreca-de-coleira
  • Nome inglês: Ringed Teal
  • Nome científico: Callonetta leucophrys
  • Família: Anatidae
  • Subfamília: Anatinae
  • Habitat: Ocorre no Rio Grande do Sul durante o verão, migrando no inverno para São Paulo, Minas Gerais, no sul do Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Encontrado também na Argentina, Uruguai, Paraguai, e Bolívia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de larvas, crustáceos, gramíneas e plantas herbáceo-aquáticas e também grãos de arroz que ficam na resteva da plantação.
  • Reprodução: Constrói o ninho em ocos de árvores que ficam perto de lagos e açudes onde coloca os ovos. Os patinhos ao nascerem pulam um a um do alto do ninho. Os filhotes são cuidados pelos pais que permanecem em áreas com abundância de água, onde usam sua habilidade de se alimentar filtrando a água com seu bico de bordas serrilhadas.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Marreca-de-coleira Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 36 cm de comprimento. Tem o bico cinza-azulado escuro, as pernas róseas. O macho tem a face e a garganta pardas, orladas por uma faixa escura da coroa à nuca; dorso castanho ferrugíneo, peito rosado com pintas pretas, flancos com fina vermiculação cinza e branca, crisso com laterais brancas. Fêmea com complexo padrão marrom e branco na face; marrom por cima, peito e flancos com barrado irregular marrom e pardo. Em voo, ambos os sexos tem asa escura, com espelho verde irisdecente e uma mancha oval branca no centro da asa.

Marreca-de-coleira Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequenta banhados, matas alagadas e lagos. Anda geralmenta aos pares, no máximo em grupos de 6 a 8 aves. Às vezes empoleira em árvores.

Marreca-de-coleira Foto – Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências