Risadinha – (Camptostoma obsoletum)

Risadinha – (Camptostoma obsoletum)

O Risadinha Camptostoma obsoletum é uma ave da família Tyrannidae. Ocorre desde a floresta amazônica até áreas de campos com arbustos de todo o país, adaptando-se a ambientes urbanos com alguma arborização.

Risadinha Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Risadinha
  • Nome inglês: Southern Beardless-Tyrannulet
  • Nome científico: Camptostoma obsoletum
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Elaeniinae
  • Habitat: Ocorre da Costa Rica à Bolívia e Argentina, todo o Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de invertebrados e frutos.
  • Reprodução: Reproduz-se de julho a dezembro. O ninho esférico, construído com matéria vegetal, possui uma entrada lateral e prende-se firmemente à ramagem. Crozariol & Pascoal (2016) descreveram a espécie utilizando um ninho abandonado do gênero Tolmomyias no estado de Tocantins. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Risadinha Foto – Edgard Thomas

Características:

Mede cerca de 9,5 centímetros. Observando a ave, é possível notar que a cabeça é um pouco mais acinzentada do que as costas, levemente esverdeadas (isso na pena nova, depois da muda feita entre janeiro e março; posteriormente, acinzentada). Também com as penas novas, destaca-se a listra branca superciliar. Atrás do olho, linha escura, fina, ressalta a sobrancelha longa. Bico escuro na ponta e base alaranjada, nítida na maior parte das observações. Costuma eriçar as penas do alto da cabeça, formando um semitopete, com aspecto de despenteado.

Possui 13 subespécies reconhecidas:

  • Camptostoma obsoletum obsoletum (Temminck, 1824) – ocorre do Sudeste do Brasil até o Uruguai, Paraguai e norte da Argentina;
  • Camptostoma obsoletum bolivianum (Zimmer, 1941) – ocorre do centro da Bolívia até o noroeste da Argentina, na região de Tucumán;
  • Camptostoma obsoletum cinerascens (Wied-Neuwied, 1831) – ocorre no leste do Brasil, nos estados do Maranhão até o estado do Ceará e no estado do Mato Grosso e no oeste da Bolívia;
  • Camptostoma obsoletum maranonicum (Carriker, 1933) – ocorre no norte do Peru, no médio vale do Rio Marañón;
  • Camptostoma obsoletum sclateri (Berlepsch & Taczanowski, 1884) – ocorre na região tropical do oeste do Equador e extremo noroeste do Peru, nas regiões de Tumbes e no norte de Piura;
  • Camptostoma obsoletum griseum (Carriker, 1933) – ocorre no litoral árido do oeste do Peru, da região de Lambayeque até Lima;
  • Camptostoma obsoletum pusillum (Cabanis & Heine, 1859) – ocorre na costa caribenha do norte da Colômbia e norte da Venezuela; também ocorre na Ilha de Trinidad;
  • Camptostoma obsoletum caucae (Chapman, 1914) – ocorre na Colômbia, a oeste da Cordilheira dos Andes, na região de Cauca e no vale de Magdalena;
  • Camptostoma obsoletum napaeum (Ridgway, 1888) – ocorre da região central e sul da Venezuela até as Guianas e no norte do Brasil;
  • Camptostoma obsoletum flaviventre (P. L. Sclater & Salvin, 1865) – ocorre na costa do Oceano Pacífico do sudoeste da Costa Rica e Panamá;
  • Camptostoma obsoletum orphnum (Wetmore, 1957) – ocorre nas Ilhas de Coiba e Cébaco no Oceano Pacífico no golfo de Montijo no litoral do Panamá;
  • Camptostoma obsoletum majus (Griscom, 1932) – ocorre no Arquipélago das Ilhas Pérola no Oceano Pacífico no litoral do Panamá;
  • Camptostoma obsoletum olivaceum (Berlepsch, 1889) – ocorre do sudeste da Colômbia até o leste do Equador, nordeste do Peru e no oeste do Brasil, no oeste do estado do Amazonas.
Risadinha Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Movimenta-se bastante, desde a copa das árvores mais destacadas até próximo ao chão. Aprender a identificá-lo bem auxilia no encontro das outras espécies de tiranídeos pequenos, parecidas no formato, cores ou que possuem cantos próximos. Além do tamanho e comportamento, característica marcante é o canto. A forma mais chamativa é uma seqüência de notas agudas, altas, descendentes e que parecem uma risada (origem do nome comum). Há alguma variação no tempo de emissão, provavelmente característica individual. Canta desde o amanhecer até o escurecer. Possui outros chamados. Respondem um ao outro, bem como a cantos gravados.

Risadinha Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Bico-virado-carijó – (Xenops rutilans)

Bico-virado-carijó – (Xenops rutilans)

O bico-virado-carijó é uma ave da família Xenopidae. Ocorre em praticamente todo o Brasil, pouco visto na Amazônia e Caatinga, observado com maior frequência na Mata Atlântica, nas regiões Sul e Sudeste.

Bico-virado-carijó Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Bico-virado-carijó
  • Nome inglês: Streaked Xenops
  • Nome científico: Xenops rutilans
  • Família: Xenopidae
  • Habitat: Espécie mais amplamente distribuída do gênero. Encontrado praticamente em todo o Brasil, pouco visto na Amazônia e Caatinga. A maior parte foi observada na Mata Atlântica, na região Sul e Sudeste.
  • Alimentação: Costuma “escalar” as árvores á procura de pequenos insetos, larvas
  • Reprodução: Fazem o ninho em buracos de árvores, geralmente abandonados por pica-paus
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Bico-virado-carijó Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede 12 centímetros. Apresenta um estriado das partes inferiores em contraste com as costas imaculadas.

Possui onze subespécies:

  • Xenops rutilans septentrionalis (J.T. Zimmer, 1929) – ocorre na Costa Rica e no Panamá, na região de Chiriquí;
  • Xenops rutilus incomptus (Wetmore, 1970) – ocorre no extremo leste do Panamá, na região de Cerro Pirre;
  • Xenops rutilans phelpsi (Meyer de Schauensee), 1959) – ocorre nas montanhas Santa Marta no norte da Colômbia;
  • Xenops rutilans perijanus (Phelps, Sr. & Phelps, Jr., 1954) – ocorre nos montes Perijá e no leste da cordilheira dos Andes da Venezuela, na região de Táchira e no nordeste da Colômbia, na região de Santander;
  • Xenops rutilans heterurus (Cabanis & Heine, 1859) – ocorre no norte da Venezuela, na ilha de Trinidad no Caribe e a leste da cordilheira dos Andes da Colômbia, e no nordeste do Equador;
  • Xenops rutilans guayae (Hellmayr, 1920) – ocorre nas planícies do oeste do Equador e noroeste do Peru, nas regiões de Tumbes e Piura;
  • Xenops rutilans peruvianus (J.T. Zimmer, 1935) – ocorre no sopé da cordilheira dos Andes do Equador e do Peru;
  • Xenops rutilans purusianus (Todd, 1925) – ocorre no extremo leste do Peru, na região central do Brasil, do rio Purus até o rio Tapajós e no nordeste da Bolívia, na região de Pando;
  • Xenops rutilans connectens (Chapman, 1919) – ocorre da Bolívia até o noroeste da Argentina;
  • Xenops rutilans chapadensis (J.T. Zimmer, 1935) – ocorre no leste da Bolívia, na região de Beni e no sudoeste do Brasil, nos estados de Rondônia e Mato Grosso e Goiás até os estados do Maranhão e Piauí;
  • Xenops rutilans rutilans (Temminck, 1821) – ocorre no sudeste do Brasil, desde o estado da Bahia até o centro-norte do Paraguai e nordeste da Argentina, nas províncias de Misiones e Corrientes.
Bico-virado-carijó Foto – Edgard Thomas
Comentários:

Ocorre em todas as matas úmidas, evitando adentrar em áreas excessivamente abertas. Apresenta hábitos semelhantes a outras espécies do gênero Xenops.

Bico-virado-carijó Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências