Arapaçu-bico-de-cunha – (Glyphorynchus spirurus)

O arapaçu-bico-de-cunha Glyphorynchus spirurus é uma ave da família Dendrocolaptidae. Ocorre no México, Panamá, Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.

Arapaçu-bico-de-cunha Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Arapaçu-bico-de-cunha
  • Nome inglês: Wedge-billed Woodcreeper
  • Nome científico: Glyphorynchus spirurus
  • Família: Dendrocolaptidae
  • Subfamília: Dendrocolaptinae
  • Habitat: Ocorre em toda a Amazônia brasileira e numa região limitada da Mata Atlântica, a qual se estende do sudeste da Bahia ao norte do Espírito Santo. Encontrado também no México, Panamá, Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e larvas. Caçados principalmente nos troncos das árvores, os quais escala com habilidade, raramente buscando-os em ramos laterais.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo o ninho em cavidades de árvores ou tocos a pouca altura. Põe em média 2 ovos por ninhada.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Arapaçu-bico-de-cunha Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 15cm de comprimento. A característica que o destaca é o bico curto e recurvado para cima. As pontas das penas da cauda são proporcionalmente mais longas que a de outros arapaçus.

Possui treze subespécies reconhecidas:

  • Glyphorynchus spirurus spirurus ((Vieillot, 1819) – ocorre no nordeste da Venezuela, nas Guianas e na região adjacente do norte do Brasil;
  • Glyphorynchus spirurus pectoralis (P. L. Sclater & Salvin, 1860) – ocorre no sul do México, do estado de Vera Cruz até a Costa Rica e oeste do Panamá;
  • Glyphorynchus spirurus pallidulus (Wetmore, 1970) – ocorre no leste do Panamá e na região adjacente do noroeste da Colômbia;
  • Glyphorynchus spirurus subrufescens (Todd, 1948) – ocorre na costa do Oceano Pacifico do sudeste do Panamá até o oeste da Colômbia e no oeste do Equador;
  • Glyphorynchus spirurus integratus (Zimmer, 1946) – ocorre no norte da Colômbia e oeste da Venezuela;
  • Glyphorynchus spirurus rufigularis (Zimmer, 1934) – ocorre da região tropical leste da Colômbia até o sul da Venezuela, nordeste do Equador e noroeste do Brasil;
  • Glyphorynchus spirurus amacurensis (Phelps & W. H. Phelps Jr, 1952) – ocorre no nordeste da Venezuela, na região do delta do rio Amacuro;
  • Glyphorynchus spirurus coronobscurus (Phelps & W. H. Phelps Jr, 1955) – ocorre no sul da Venezuela, na região do Monte da Neblina na fronteira com o norte do Brasil, no estado de Roraima;
  • Glyphorynchus spirurus castelnaudii (Des Murs, 1856) – ocorre na região tropical do leste do Peru e oeste da Amazônia brasileira;
  • Glyphorynchus spirurus albigularis (Chapman, 1923) – ocorre no sudeste do Peru, na região de Puno até o norte da Bolívia, nas regiões de La Paz e Cochabamba;
  • Glyphorynchus spirurus inornatus (Zimmer, 1934) – ocorre no sul da Amazônia brasileira, da região do rio Madeira até o rio Tapajós e sul do estado de Mato Grosso;
  • Glyphorynchus spirurus cuneatus (Lichtenstein, 1820) – ocorre na região costeira leste do Brasil nos estados da Bahia e do Espírito Santo;
  • Glyphorynchus spirurus paraensis (Pinto, 1974) – ocorre no sudeste da Amazônia brasileira, ao sul do rio Amazonas, do rio Tapajós até o norte do estado do Maranhão.
Arapaçu-bico-de-cunha Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Frequenta o sub-bosque de florestas úmidas de terra firme e de várzea, capoeiras, clareiras e campos com árvores adjacentes. Embora seja pouco observado, é uma das espécies mais frequentes em muitas regiões florestais da Amazônia. Vive solitário, podendo entretanto ser encontrado com frequência em bandos mistos. É bastante agitado, não tendo o hábito de permanecer parado em um mesmo local por períodos muito longos. Apesar de pequeno, costuma procurar comida em troncos grossos, desde os níveis mais baixos até a meia copa das árvores.

Arapaçu-bico-de-cunha Foto – Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências