A mariquita é uma ave passeriforme da família Parulidae. Conhecida também como figuinha-baiana e mariquita-do-sul. Ocorre do Sul dos Estados Unidos até á Argentina
- Nome popular: Mariquita
- Nome inglês: Tropical Parula
- Nome científico: Setophaga pitiayumi
- Família: Parulidae
- Habitat: Ocorre do Piauí, Maranhão, Goiás e Mato Grosso, em direção sul, até o Rio Grande do Sul e também em regiões periféricas da Amazônia, no estado de Roraima e em áreas montanhosas do Amapá. Encontrada também do sul dos Estados Unidos à Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
- Alimentação: Alimenta-se de insetos, pequenas aranhas e lagartas, obtidos em flores e, às vezes, diretamente em voo. A mariquita consegue também se aproveitar da excreção adocicada de pulgões, pairando no ar para lambê-la.
- Reprodução: Constrói o ninho em forma cestinha aberta, colocada no interior da vegetação densa, no alto das árvores, ou então, em tranças pendentes de barba-de-velho – Tillandsia usneoides. O período reprodutivo inicia-se em agosto e tem seu término em novembro.
- Estado de conservação: Pouco preocupante.
Características:
Mede uma média de 10 cm e um peso de 8 gramas. Tem um colorido contrastante entre o amarelo vivo da região ventral com o alaranjado no peito e o cinza-azulado das costas. A área ao redor dos olhos é negra e chama a atenção, bem como as duas faixas brancas nas asas e o branco nas penas externas da cauda. Também possui o crisso branco e mandíbula de coloração clara. No meio das costas apresenta uma área triangular esverdeada, visível sob boa luz e quando a ave apresenta esse local em suas cambalhotas na busca de alimentação.
Possui quatorze subespécies:
- Setophaga pitiayumi pitiayumi (Vieillot, 1817) – ocorre no leste da Bolívia até o Paraguai, no Brasil, no Uruguai e no norte da Argentina;
- Setophaga pitiayumi insularis (Lawrence, 1871) – ocorre na ilha de Três Marías (no oeste do México) e na região adjacente de Nayarit;
- Setophaga pitiayumi pulchra (Brewster, 1889) – ocorre na Serra Madre Ocidental, no noroeste do México (do estado de Sonora até Jalisco);
- Setophaga pitiayumi nigrilora (Coues, 1878) ocorre nos Estados Unidos da América, do vale do baixo rio Grande no Texas até Coahuila e o norte de Veracruz no México;
- Setophaga pitiayumi inornata (S. F. Baird, 1864) ocorre do sul do México (sul do estado de Veracruz) até a Guatemala e norte de Honduras;
- Setophaga pitiayumi speciosa (Ridgway, 1902) – ocorre na região tropical do sul de Honduras até a Nicarágua, Costa Rica e o oeste do Panamá;
- Setophaga pitiayumi cirrha (Wetmore, 1957) – ocorre na ilha de Coiba no Panamá;
- Setophaga pitiayumi nana (Griscom, 1927) – ocorre no leste do Panamá, da região de Darién até o noroeste da Colômbia, na região de Córdoba;
- Setophaga pitiayumi elegans (Todd, 1912) – ocorre na região tropical do norte da Colômbia, no norte da Venezuela e no norte do Brasil; também ocorre nas ilhas de Trinidad e Tobago;
- Setophaga pitiayumi pacifica (von Berlepsch & Taczanowski, 1884) – ocorre na região tropical do sudoeste da Colômbia, desde a região de Nariño até o oeste do Equador e noroeste do Peru;
- Setophaga pitiayumi roraimae (Chapman, 1929) – ocorre nos Tepuis do sul da Venezuela e na região adjacente do extremo norte do Brasil;
- Setophaga pitiayumi alarum (Chapman, 1924) – ocorre na região subtropical leste do Equador e no norte do Peru a leste da Cordilheira dos Andes até a região de Huánuco;
- Setophaga pitiayumi melanogenys (Todd, 1924) – ocorre do sul do Peru, na região de Junín, até o oeste da Bolívia na região de La Paz e Cochabamba;
- Setophaga pitiayumi graysoni (Ridgway, 1887) – ocorre nas ilhas de Socorro, Revillagigedo ao sul do estado da Baja California.
Comentários:
Frequenta a copa das árvores mais altas da mata seca e cerradões e ocasionalmente desce a estratos mais baixos nas regiões de borda e clareiras. Evita planícies úmidas, sendo que em regiões de maior umidade é encontrada principalmente em áreas montanhosas. Vive em casais ou solitária, acompanhando bandos mistos na copa ou caçando por conta própria. É de comportamento bastante inquieto e canta incansavelmente, inclusive nas horas mais quentes do dia.
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
- SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
- Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
- ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
- CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.
Referências
- Wikiaves – disponível em http://www.wikiaves.com.br/mariquita Acesso em 28 Agosto de 2010.
- HBW Alive – disponível em https://www.hbw.com/species/tropical-parula-setophaga-pitiayumi Acesso em 28 Agosto de 2010.