Garça-vaqueira – (Bubulcus ibis)

Garça-vaqueira

A Garça-vaqueira Bubulcus ibis é uma ave da família Ardeidae. É uma espécie recém-chegada ao continente americano, vinda da África. No continente africano está sempre associada às manadas dos grandes herbívoros, apanhando gafanhotos e outros insetos espantados pelo deslocamento dos animais na savana.Também conhecida como garça-carrapateira, garça-boiadeira e garça-boieira.

Garça-vaqueira Foto – Afonso de Bragança
    • Nome popular: Garça-vaqueira
    • Nome inglês: Cattle Egret
    • Nome científico: Bubulcus ibis
    • Família: Ardeidae
    • Habitat: Ocorre em todo o Brasil. Atravessou o Atlântico há pelo menos 100 anos, com registros iniciais na região do Caribe. Espalhou-se rapidamente pelo continente e hoje ocupa todas as áreas abertas onde o gado esteja presente, ajudando a controlar gafanhotos e cigarrinhas nas pastagens. Em 1965 foi registrada pela primeira vez no Brasil, na Ilha de Marajó. É mais numerosa no Pantanal.
    • Alimentação: Caça seu alimento longe da água. É uma garça insetívora, principalmente dos insetos espantados pelos pastadores; essa garça tem também uma fonte de alimentação nas moscas do dorso destes animais.
    • Reprodução: Nidifica em colônias mais ou menos numerosas (de dezenas a milhares de indivíduos), em árvores ou arbustos, próximo de lagos e rios. A construção do ninho é feita por ambos os progenitores, embora com tarefas distintas. A fêmea encarrega-se da construção propriamente dita, enquanto o macho recolhe o material para a construção. A fêmea deposita 4 ou 5 ovos, que são alternadamente incubados por ambos, num período de 22 a 26 dias. As crias abandonam o ninho ao fim de 30 dias.
    • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Garça-vaqueira Foto – Foto – Edgard Thomas

Características:

Apresenta um comprimento de 48 a 53 centímetros. Sua envergadura vai de 90 a 96 centímetros, tendo um peso de 300 a 400 gramas. Alcança uma longevidade de 15 anos. O adulto apresenta dois tipos de plumagem. Na plumagem reprodutiva, podem ser facilmente identificados pela sua coroa, peito e costas de coloração laranja pálido. Quando em plena condição de reprodução, o bico curto torna-se laranja-avermelhado com a ponta amarela, o olho muda de amarelo para avermelhado e as pernas apresentam coloração rosada (embora inicialmente elas possam ser amarelas). Na plumagem não reprodutiva sua plumagem é completamente branca, seu bico curto é amarelo e suas pernas apresentam coloração esverdeada escura.

Possui três subespécies:

  • Bubulcus ibis ibis (Linnaeus, 1758) ocorre América do Norte, em geral, não no oeste ou norte; na Eurásia, embora geralmente não no leste; na África, Austrália e em partes da América do Sul. É nativa da África e do sul da Espanha. (Hancock e Elliott, 1978); foi introduzida no Havaí;
  • Bubulcus ibis seychellarum (Salomonsen, 1934) ocorre nas Ilhas Seychelles.
  • Bulbucus íbis coromandus (Boddaert, 1783) – ocorre no sul e leste da Ásia, do Paquistão até o Japão; tem expandido sua presença para a Austrália e Nova Zelândia.
Garça-vaqueira Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Procura alimento, de um modo geral, em espaços secos, campos de cultivo, podendo, no entanto, ser encontrada nas margens de lagos e pântanos. É capaz de subsistir em zonas secas, sem nenhuma água, durante um espaço de tempo relativamente longo. Frequentemente avistada entre o gado que pasta ou atrás das máquinas agrícolas que lavram a terra. Seu voo é com batimento lento, poderoso e regular das asas, com o pescoço retraído e as patas projetadas. Ativa e de grande mobilidade. Voa em bandos pouco ordenados.

Garça-vaqueira Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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