Pica-pau-do-campo – (Colaptes campestris)

Pica-pau-do-campo – (Colaptes campestris)

O pica-pau-do-campo Colaptes campestris é uma ave da família Picidae. Ocorre desde o nordeste do Brasil ao Uruguai, podendo ser avistado também no Paraguai, na Bolívia, na Argentina .

Pica-pau-do-campo Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Pica-pau-do-campo
  • Nome inglês: Campo Flicker
  • Nome científico: Colaptes campestris
  • Família: Picidae
  • Subfamília: Picinae
  • Habitat: Ocorre desde o nordeste do Brasil ao Uruguai, podendo ser avistado também no Paraguai, na Bolívia, na Argentina e no baixo Amazonas, inclusive no Suriname. Invade a Amazônia vindo do sul, estendendo seu domínio no Brasil oriental, em função dos desmatamentos.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, principalmente formigas e cupins. A secreção de sua glândula mandibular é como uma cola que faz com que a língua funcione como uma vara de fisgo para capturar os insetos.
  • Reprodução: Os ninhos são bastante elaborados, e em muitos casos, construídos a cada período reprodutivo. Preferem cavar a face do barranco que se inclina para o solo, o que facilita a proteção quanto à chuva e a defesa de entrada. Geralmente fazem mais de uma cavidade, sendo que a entrada corresponde ao tamanho do corpo desta espécie, não permitindo que outras aves e/ou predadores tenham acesso (SICK, 1997). Põe de 4 a 5 ovos brancos, límpidos e brilhantes. Macho e fêmea fazem a incubação. Os filhotes nascem nus e cegos e são alimentados com bolas de insetos conglomerados e larvas de cupim, regurgitadas pelos pais.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Pica-pau-do-campo Foto – Afonso de Bragança

Características:

Possuindo 32 centímetros, essa espécie é facilmente identificável por conta da sua coloração; tem os lados da cabeça e do pescoço amarelos, assim como o peito, o alto da cabeça e a nuca são negros, da mesma forma que o bico e os tarsos, manto e barriga barrados e o baixo dorso é visivelmente branco ao voo. Existem duas subespécies que se distinguem pela cor da garganta. C. campestris campestroides de cor branca e C. campestris campestris de cor negra, cuja ocorrência é do estado de São Paulo ao norte de Santa Catarina, onde ocorrem ambas as subespécies. Da região central de SC ao Rio Grande do Sul ocorre somente C. campestris campestroides (de garganta branca). Vivem aos pares ou em pequenos bandos, sendo que o macho apresenta em ambos os lados da cabeça duas faixas avermelhadas.

Possui duas subespécies reconhecidas que se distinguem pela cor da garganta.

  • Colaptes campestris campestris (Vieillot, 1818) – ocorre do Sul do Suriname até o Leste do Brasil, na Bolívia, na região central do Paraguai e em Missiones na Argentina; Esta subespécie possui a garganta na cor negra.
  • Colaptes campestris campestroides (Malherbe, 1849) – ocorre do Sul do Paraguai até o Sudeste do Brasil, no Uruguai e no Centro da Argentina. Esta subespécie possui a garganta na cor branca.

Aves Brasil CBRO – 2015 (Piacentini et al. 2015); (Clements checklist, 2014).

Pica-pau-do-campo Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita campos e cerrados, vive em casais e, às vezes em pequenos grupos. Terrícola, costuma capturar insetos no solo, mas ao se sentir ameaçado procura árvores ou grandes pedras para se proteger. Vivem aos pares ou em pequenos bandos (DEVELEY & ENDRIGO, 2004).

Pica-pau-do-campo Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências