Zabelê – (Crypturellus zabele)

O zabelê Crypturellus zabele é uma ave da família Tinamidae. Espécie endêmica do Brasil. Ocorre na Mata Atlântica e na Caatinga do Nordeste.

Zabelê Foto – Kátia C. Oliveira
  • Nome popular: Zabelê
  • Nome inglês: Zabele Tinamou
  • Nome científico: Crypturellus zabele
  • Família: Tinamidae
  • Habitat: Espécie endêmica do Brasil, ocorre desde o Piauí até o norte de Minas Gerais. Possui populações disjuntas por sua distribuição, possuindo registros confirmados para os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Sergipe.
  • Alimentação: Alimentam-se principalmente de sementes, pequenos frutos de palmeiras, como Euterpe oleracea, e também os das plantas: tapiá, oiticica, curubixá, cupá; bem como insetos, vermes, aranhas, moluscos e ainda vegetais de folhas tenras, como algumas gramíneas.
  • Reprodução: Reproduzem-se construindo um ninho é simples, apenas um ajuntamento de folhas secas sobre um leve rebaixo do solo. É geralmente feito aos pés ou entre as raízes tabulares de árvores como as sapopembas, guapuruvus ou moitas como as de gravatás, como exemplos. Sua postura é de 4 a 6 ovos de coloração verde ou azul clara, incubados por 18 dias em média. Por vezes, várias fêmeas fazem suas posturas num mesmo ninho. A incubação é feita pelo macho, que cobre os ovos com folhas secas ao sair do ninho, ocultando-os. Também é o macho que cria e protege os filhotes.
  • Estado de conservação: Quase Ameaçada. iucn nt
Zabelê Foto – Kátia C. Oliveira

Características:

Mede em média entre 30 a 37 centímetros. É uma espécie que foi recentemente separada de seu congênere jaó-do-sul, que é muito parecido com o zabelê. Porém, o zabelê é mais claro no pescoço, sobrancelha muito bem definida, garganta mais pálida, o peito com um tom castanho mais escuro e possui pernas amarelas ao invés de esverdeados.

Zabelê Foto – Kátia C. Oliveira

Comentários:

Frequentam as proximidades de leitos secos de lagoas, recobertos por vegetação rasteira entremeada por gramíneas. Na Mata Atlântica e na Caatinga do Nordeste, pode ser encontrado até 700m de altitude.

Zabelê Foto – Kátia C. Oliveira

 

Áreas de ocorrência no Brasil.

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências