Filipe – (Myiophobus fasciatus)

Filipe – (Myiophobus fasciatus)

Filipe é uma ave da família Tyrannidae. Também conhecido como filipe-de-peito-riscado, é comum em todo o Brasil, em bordas das matas, áreas de cerrado, caatingas, carrascais ou campos com arbustos adensados.

Filipe Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Filipe
  • Nome inglês: Bran-colored Flycatcher
  • Nome científico: Myiophobus fasciatus
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Fluvicolinae
  • Habitat: Podemos encontrá-los em todo o Brasil, sendo mais observado na região Sul e Sudeste.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, para capturá-los em vôo, o pássaro parte de um ponto, perto da vegetação, voa rapidamente para cima e retorna ao poleiro ou, então, voa e permanece frações de segundo batendo as asas enquanto colhe o alimento.
  • Reprodução: Constrói o ninho, com fibras vegetais, em a forma de taça, entre os galhos de arbustos a m mais ou menos 2 m de altura geralmente põe 2 ovos, tento em média 2 ninhadas por temporada.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Filipe Foto – Afonso de Bragança

Características:

Ocorrem duas fases distintas da plumagem: uma marrom outra ruiva, além de outras intermediarias. Comum na maior parte do Brasil, apresenta duas plumagens distintas, sendo a pantaneira dominada por marrom. Em outros locais, o cinza substitui o marrom. Aspecto semelhante ao enferrujado e guaracavuçu , tendo como característica mais importante o peito fortemente estriado, marca ausente nas outras espécies. A leve listra superciliar é menos nítida do que no guaracavuçu, enquanto o bico é escuro com uma leve borda clara. Possui também um topete amarelo no píleo ou alto da cabeça, de difícil visualização.

Possui sete subespécies e duas delas ocorrem no Brasil:

  • Myiophobus fasciatus fasciatus (Statius Muller, 1776) – ocorre na Colômbia até o Norte da Venezuela, nas Guianas e no extremo Norte do Brasil e na ilha de Trinidad.
  • Myiophobus fasciatus flammiceps (Temminck, 1822) – ocorre na porção Leste do Brasil até o Uruguai, no Leste do Paraguai e Nordeste da Argentina.
  • Myiophobus fasciatus furfurosus (Thayer & Bangs, 1905) – ocorre no Sudoeste da Costa Rica e no Oeste do Panamá e também nas Ilhas Pérola no golfo do Panamá.
  • Myiophobus fasciatus crypterythrus (P. L. Sclater, 1861) – ocorre no Sudoeste da Colômbia até o Oeste do Equador e no extremo Noroeste do Peru.
  • Myiophobus fasciatus saturatus (Berlepsch & Stolzmann, 1906) – ocorre no Leste do Peru (San Martín até Cuzco).
  • Myiophobus fasciatus auriceps (Gould, 1839) – ocorre no Sudeste do Peru (Cuzco) até o Norte da Bolívia, no Norte da Argentina e Oeste do Paraguai.
  • Myiophobus fasciatus rufescens (Salvadori, 1864) – ocorre na porção árida do Oeste do Peru na região de La Libertad até o Norte do Chile na região de Tarapacá.
Filipe Foto – Edgard Tomas

Comentários:

Frequenta bordas de florestas, áreas de cerrado, caatingas, carrascais ou campos com arbustos adensados. Comum em áreas alteradas, especialmente nos primeiros estágios de recuperação, quando a capoeira está instalando-se. De difícil observação, por seu hábito de pousar na parte interna dos arbustos e vegetação de borda. Como outras aves habitando esse ambiente, voa rápido entre arbustos e mergulha na folhagem, desaparecendo da visão. Entretanto, possui um canto rápido e alto, parecendo o risadinha, mais grave e separado do que nessa espécie (esse canto é a origem do nome Filipe). Imitado ou com reprodução da gravação do canto, interessa-se e pode surgir em poleiros mais expostos. Nessas ocasiões, sob boa iluminação, é possível ver um pouco do amarelo da base das penas do alto da cabeça.

Filipe Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Maria-corruíra – (Euscarthmus rufomarginatus)

Maria-corruíra – (Euscarthmus rufomarginatus)

A maria-corruíra Euscarthmus rufomarginatus é uma ave da família Tyrannidae. Espécie endêmica do Brasil. Ocorre nos planaltos do Brasil Central e do Sudeste.

Maria-corruíra Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Maria-corruíra
  • Nome inglês: Rufous-sided Pygmy-Tyrant
  • Nome científico: Euscarthmus rufomarginatus
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Elaeniinae
  • Habitat: Endêmico dos planaltos do Brasil Central e do Sudeste.
  • Alimentação: Alimenta de insetos e outros pequenos artrópodes, também come frutos e sementes.
  • Reprodução: Reproduz-se…
  • Estado de conservação: Quase Ameaçada iucn nt
Maria-corruíra Foto – Guilherme Serpa

Características:

Mede em média 11 centímetros de comprimento e pesa 6 gramas. Bastante parecido com o BarulhentoEuscarthmus meloryphus, porém com a cauda longa e estreita, tarso alto e parte inferior do corpo ferrugínea viva nos lados e amarela no meio (Sick 1997). Apresenta uma sobrancelha branca fina e curta. A garganta também é branca. O crisso é castanho, da mesma cor dos flancos da ave. A coroa, nuca, manto e asas são de coloração marrom acinzentado, sendo que as rêmiges primárias e as retrizes são pretas com as bordas castanhas e as coberteiras apresentam as bordas claras. Os olhos são escuros. O bico apresenta a maxila cinza e a mandíbula rosada. As pernas são finas e de coloração cinza.

Maria-corruíra Foto – Guilherme Serpa

Comentários:

Frequentam os campos limpos, campos sujos, campos cerrados e cerrados. Vive a pouca altura ou pulando no solo, no cerrado aberto, com pouca vegetação e muitos cupinzeiros (Sick 1997).

Maria-corruíra Foto – Ricardo Gentil

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências