Maçarico-rasteirinho – (Calidris pusilla)

Maçarico-rasteirinho – (Calidris pusilla)

O maçarico-rasteirinho Calidris pusilla é uma ave da família Scolopacidae. Ocorre no Brasil, em uma faixa costeira do Amapá até ao Rio Grande do Sul. Espécie migrante.

Foto – Guilherme Serpa
  • Nome popular: Maçarico-rasteirinho
  • Nome inglês: Semipalmated Sandpiper
  • Nome científico: Calidris pusilla
  • Família: Scolopacidae
  • Subfamília: Arenariinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil,  ao longo da costa Atlântica. Nas regiões Norte e Nordeste, as principais concentrações populacionais dessa ave são registradas nas Reentrâncias Paraenses e Maranhenses e nos estados do Amapá e Pernambuco. Enquanto que, nas regiões Sudeste e Sul, sua concentração é menor.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos aquáticos e crustáceos. É uma ave limícola, forrageia no lodaçal em busca de alimento.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo o ninho no chão. O macho faz várias escavações superficiais, a fêmea escolhe uma e adiciona outros materiais como capim para forrar o ninho. Põe em média 4 ovos por ninhada, o macho ajuda na incubação. Depois de alguns dias, a fêmea deixa os jovens com o macho, na alimentação dos próprios jovens. Seu habitat de reprodução é a tundra no sul do Canadá e do Alaska, perto da água.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Guilherme Serpa

Características:

Mede em média entre 13 e 15 cm de comprimento e pesa entre 20 e 41 gramas. Tem envergadura entre 34 e 37 cm. Apresenta os pés e bico pretos. Tem o corpo cinza amarronzado escuro na sua porção superior e branco na porção inferior. A cabeça e o pescoço são tingidos de cinza claro. Quando em voo, visto de cima, mostra uma distinta e estreita barra alar branca e laterais também brancas. A região do uropígio com sua porção central escura. Os pés não atingem a ponta da cauda. A plumagem varia com a idade e época do ano. Apresenta membrana parcial entre os três dedos do pé.

Foto – Guilherme Serpa

Comentários:

Frequenta alagados, praias, lamaçais, e outros ambientes aquáticos. Ave migratória visitante do hemisfério norte.

Foto – Guilherme Serpa

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Narcejão – (Gallinago undulata)

O narcejão Gallinago undulata é uma ave da família Scolopacidae. Ocorre no Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia, Colômbia e Guiana Francesa.

Foto – Guilherme Serpa
  • Nome popular: Narcejão
  • Nome inglês: Giant Snipe
  • Nome científico: Gallinago undulata
  • Família: Scolopacidae
  • Subfamília: Scolopacinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Encontrado também na Argentina, Paraguai, Bolívia, Colômbia e Guiana Francesa.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e minhocas, mas também come material vegetal.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho simples, direto no solo, feito dom palha seca de gramíneas. Põe em média 2 ovos por ninhada.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Guilherme Serpa

Características:

Mede em média 45 cm de comprimento. Tem o bico muito grosso na base, cabeça amarela com duas estrias negras, dorso escuro com manchas e faixas transversais castanho amareladas.

Tem duas subespécies reconhecidas:

  • Gallinago undulata undulata (Boddaert, 1783) – ocorre em duas áreas distintas, uma na Colômbia, e outro da Venezuela através da Guiana, Suriname e Guiana Francesa ao extremo norte do Brasil.
  • Gallinago undulata gigantea (Temminck, 1826) – ocorre no leste da Bolívia, leste do Paraguai e leste-sul do Brasil, e provavelmente também no Uruguai e Argentina norte-oriental.
Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Frequentam vegetação alta em pântanos e campos inundados, e ocasionalmente no cerrado seco. Desde as planícies até 2.200 m de altitude. É uma ave de hábitos noturnos. Voa à noite, girando no ar em espiral enquanto emite sons agudos e estridentes. Parece que chega em algumas áreas após as chuvas, mas os seus movimentos sazonais são muito pouco compreendidos. A espécie sofre com a descaracterização do seu habitat devido à expansão de plantações, além da caça, destruição dos alagados e queimadas.

Foto – Aisse Gaertner

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Sair da versão mobile