Categoria: Família Picidae

A Família Picidae é composta por pica-paus, picapauzinhos, e beneditos, são aves relativamente fáceis de identificar na natureza pelo observador de aves, pois possuem uma característica muito especial: são hábeis “cavadores de buracos em troncos”, o que fazem com o forte bico, a procura de alimentos. Sua língua é vermiforme e muito longa, sendo um eficiente instrumento para a coleta de insetos que ficam no interior dos furos que faz na madeira. Normalmente os machos distinguem-se das fêmeas por possuírem “bigode” (estria malar) normalmente vermelho ou mancha desta cor na nuca. A cauda é utilizada como órgão de apoio para que fique verticalmente nos galhos. São aves que nidificam em ocos de árvores, os quais cavam com seus fortes bicos. Vocalizam de forma estridente, sendo por isto conhecidos por “gritadores”, utilizando o “tamborilar” como meio de comunicação. O “tamborilar” é quando a ave bate em um troco de arvore oco produzindo um som parecido com uma batida que chega a alcançar grandes distâncias na floresta. Parece que serve também para delimitar território.
Ocorrem no Brasil 57 espécies.
A família Picidae é composta por 2 subfamília.

Subfamília Picumninae Gray, 1840 –
Subfamília Picinae Leach, 1820 –

Pica-pau-de-barriga-preta – (Campephilus leucopogon)

Pica-pau-de-barriga-preta – (Campephilus leucopogon)

O pica-pau-de-barriga-preta Campephilus leucopogon é uma ave da família Picidae. Ocorre no Brasil na Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

Pica-pau-de-barriga-preta Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Pica-pau-de-barriga-preta
  • Nome inglês:Cream-backed Woodpecker
  • Nome científico: Campephilus leucopogon
  • Família: Picidae
  • Subfamília: Picinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil no Rio Grande do Sul e no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Encontrado na Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e suas larvas
  • Reprodução: Reproduz-se escavando o ninho em árvores mortas ou em palmeiras a uma altura de 6 a 8 metros do solo, onde põe seus ovos brancos e brilhantes.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante iucn lc
Pica-pau-de-barriga-preta Foto – Nina Wenoli

Características:

Mede em média entre 28 e 32 cm de comprimento e pesa entre 203 e 281 gramas. Tem o dorso negro, com exceção do manto na cor creme. A região caudal superior e asas são negros. A porção inferior das rêmiges primárias e as partes escondidas são canelas. A cauda é curta e preta. Todas as partes inferiores são pretas. O macho tem uma cabeça vermelha brilhante encimada por uma grande crista. O macho apresenta uma pequena mancha oval na parte atrás das auriculares de coloração preto e branco. O bico é longo, robusto e tem coloração marfim. Os olhos são de cor branco amarelada, cercado por um anel periocular preto que é desprovido de penas. Os tarsos e pés são cinza. A fêmea difere do macho pela sua cabeça preta e vermelha e uma crista mais longa do que a crista do macho. A metade da frente da coroa e crista apresenta coloração preta. A área ao redor dos olhos, queixo e parte de trás do pescoço são negros. Ela tem uma tira de cor creme margeada com penas pretas na região malar. Os indivíduos juvenis são semelhantes aos indivíduos adultos com plumagem do corpo menos reluzente e cabeça na cor vermelho-alaranjado.

Pica-pau-de-barriga-preta Foto – Nina Wenoli

Comentários:

Frequentam vegetação de cerrados, bacurizais e vegetação xerofítica. Vive aos casais ou solitários. Acompanha bandos mistos, mas tem hábitos reclusos, sendo pouco conhecidos.

Pica-pau-de-barriga-preta Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências