Jacamaraçu – (Jacamerops aureus)

Jacamaraçu – (Jacamerops aureus)

O jacamaraçu Jacamerops aureus é uma ave da família Galbulidae. Ocorre da Costa Rica a Bolívia, e em toda a Amazônia brasileira.

Jacamaraçu Foto – Ivan Cesar
  • Nome popular: Jacamaraçu
  • Nome inglês: Great Jacamar
  • Nome científico: Jacamerops aureus
  • Família: Galbulidae
  • Habitat: Ocorre em toda a Amazônia brasileira e também da Costa Rica à Bolívia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, larvas e besouros. Costuma passar longos períodos imóvel, até o momento em que resolve apanhar algum alimento junto à folhagem.
  • Reprodução: Reproduz-se em cupinzeiros arbóreos ou direto no tronco de árvores em decomposição a uma altura de 3 a 15 metros acima do solo. No Brasil estação chuvosa da região amazônica determina a reprodução que é, sem dúvida, influenciada pela maior ou menor quantidade de chuva durante a estação.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Jacamaraçu Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média entre 25 e 30 cm de comprimento e pesam entre 57 e 76 gramas. O macho tem a face e todas as partes superiores verdes com brilho azulado iridescente, tem na garganta uma conspícua mancha branca. As penas rêmiges primárias são enegrecidas. A cauda é bastante longa, larga e arredondada na ponta. O par central de penas retrizes da cauda apresenta reflexos metálicos de coloração cobre, azul e esverdeado. As partes inferiores são castanhas. A parte inferior da cauda mostra uma coloração preto azulada. Na fêmea a garganta é ferrugínea.

Possui quatro subespécies:

  • Jacamerops aureus aureus (Statius Muller, 1776) – ocorre do leste da Colômbia até a Venezuela e nas Guianas;
  • Jacamerops aureus penardi (Bangs & Barbour, 1922) – ocorre das encostas das montanhas caribenhas da Costa Rica até o oeste da Colômbia;
  • Jacamerops aureus ridgwayi (Todd, 1943) – ocorre na Amazônia brasileira na região que vai do Rio Negro até a margem leste do Rio Tapajós (AM, PA, RR, RO, MT);
  • Jacamerops aureus isidori (Deville, 1849) – ocorre do leste do Equador até o leste do Peru, no oeste do Brasil ao sul do rio Negro e oeste do rio Madeira (AM, AC), e no norte da Bolívia.

(Clements checklist, 2014).

Jacamaraçu Foto – Aisse Gaertner

Comentários:

Frequenta interior e as bordas sombreadas de florestas altas de terra firme, geralmente à beira de igarapés. Vive solitária ou aos pares, à altura do estrato médio, raramente juntando-se a bandos mistos.

Jacamaraçu Foto – Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Cuitelão – (Jacamaralcyon tridactyla)

Cuitelão – (Jacamaralcyon tridactyla)

O cuitelão Jacamaralcyon tridactyla é uma ave galbuliforme da família Galbulidae. Conhecido também como cavadeira, bicudo e violeiro.

Cuitelão Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Cuitelão
  • Nome inglês: Three-toed Jacamar
  • Nome científico: Jacamaralcyon tridactyla
  • Família: Galbulidae
  • Habitat: Endêmico do sudeste do Brasil, é encontrado em partes mais secas da Mata Atlântica. Atualmente está restrito aos estados do Rio de Janeiro (principalmente no vale do Paraíba do Sul) e leste de Minas Gerais, embora também existisse anteriormente nos estados do Espírito Santo, São Paulo e Paraná.
  • Alimentação: É um insetívoro. Alimenta-se preferencialmente de pequenas mariposas e borboletas de cores crípticas e de himenópteros, mas também consome moscas, libélulas, besouros, Hemiptera e cupins. Caça a partir de um poleiro aberto no sub-bosque da floresta ou ao longo da borda da floresta, saltando atrás de uma presa que frequentemente bate em um galho; isso serve para atordoar o inseto e remover qualquer ferrão ou veneno, assim como as asas.
  • Reprodução: Constrói os ninhos em barrancos argilosos ou arenosos, geralmente dentro da mata e ao lado de um caminho estreito ou de um córrego. Às vezes utiliza-se de troncos podres. Põe em média 3 ovos por ninhada. A espécie reproduz-se durante a estação chuvosa.
  • Estado de conservação: Vulnerável. iucn lc
Cuitelão Foto – Hilton Filho

Características:

Como todos os membros de sua família, possui pernas curtas e asas curtas. Empoleira-se ereto, com a cauda para baixo e o bico longo e pontiagudo voltado para cima. É uma ave de tamanho médio, medindo 18 cm de comprimento e pesando entre 17 e 19 g, as fêmeas são em média, mais pesadas que os machos. Os sexos têm plumagens semelhantes: preto em ardósia com um brilho verde-bronzeado acima e um pouco mais pálido abaixo. O ventre e o centro do peito são brancos. O adulto tem o gorro cinza-acastanhado e a garganta preta, e o gorro, o queixo e os lados da cabeça são finamente marcados com estrias fúlvas claras. Seu bico é preto e seus pés são cinza. Ao contrário de outros membros de sua família, possui três dedos em vez de quatro. Seus pequenos pés zigodáctilos estão sem um dedo do pé traseiro, e os dois dedos da frente estão fundidos na base.

Cuitelão Foto – Hilton Filho

Comentários:

Embora geralmente seja encontrado em florestas intactas, pode sobreviver em áreas mais degradadas, como plantações, desde que persista uma camada de sub-bosque nativa. Existem algumas evidências de que está associado a riachos, pois necessita de bancos de terra para se aninhar; também usa bancos criados por cortes de estradas. É amplamente sedentária, embora os jovens se dispersem após a emplumação e os adultos às vezes se movam por curtas distâncias.

Cuitelão Foto – Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Referências