O pintassilgo é uma ave da família Fringillidae. É conhecido também como pintassilgo-mineiro, pintassilgo-de-cabeça-preta e pintassilva.
- Nome popular:
- Nome inglês: Hooded Siskin
- Nome científico: Spinus magellanicus
- Família: Fringillidae
- Subfamília: Carduelinae
- Habitat: Ocorre em praticamente em todo o Brasil, com exceção da Região Amazônica e Nordeste.
- Alimentação: Alimenta-se de sementes e pequenos frutos secos, de revestimento duro.
- Reprodução: A fêmea constrói o ninho em forma de pequena tigela, com raízes finas, sem revestimento ou forrado de penas e crinas, na forquilha das copas das araucárias mais altas ou em cafeeiros, árvores e de arbustos, a pouca altura do solo (3 a 4 metros). Os ovos são brancos, com pouco azul-celeste, às vezes com algumas pintas pardas. A incubação também é tarefa da fêmea, podendo o macho alimentá-la durante este período. Cada ninhada geralmente tem entre 3 e 5 ovos, tendo de 2 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias.
- Estado de conservação: Pouco preocupante.
Características:
Mede em média 11 cm de comprimento. É uma ave bastante conhecida, já que se trata de uma espécie de relativamente fácil identificação. A sua máscara preta, presente apenas nos machos, bem como as manchas amarelas nas asas, fazem do pintassilgo uma ave bastante colorida e com um padrão facilmente reconhecível, mesmo em voo. As fêmeas têm a cabeça e lado inferior oliváceos. Os jovens machos com poucos meses já apresentam pintas pretas na cabeça. Durante a primavera, pode ser observado cantando no alto de árvores, antenas, postes e telhados. No inverno agrega-se frequentemente em bandos de dimensões consideráveis, que podem juntar centenas de aves. Além de seu canto característico, pousado ou em voo, imita o canto de outras aves.
Tem 12 subespécies reconhecidas
- Spinus magellanica alleni: Conhecido como pintassilgo-goianinho em São Paulo. Mede 10 centímetros de comprimento e apresenta a cor amarela do peito mais forte; habita no sul do Piauí, Tocantins, Goiás, norte do Mato Grosso e oeste da Bahia, além de partes da Bolívia e Paraguai.
- Spinus magellanica icterica: Também conhecido como pintassilgo-comum, pintassilgo-catingueiro, pintassilgo-mateiro, pintassilgo-pinheirinho. Mede mais ou menos 11,8 centímetros de comprimento, apresentando a cabeça e até a metade do pescoço totalmente preto, tendo como cor predominante em seu corpo o amarelo-esverdeado; habita desde o sul da Bahia, todo o sudeste do Brasil, incluindo Minas Gerais, ao sul até o Rio Grande do Sul.
- Spinus magellanica magellanica: No Uruguai e Argentina, até a Patagônia. Parecido com o icterica, mas é bem mais esverdeado e maior. Cloaca inteiramente branca.
- Spinus magellanica longirostris: Roraima, Venezuela e Guianas. Parecido em tamanho com o alleni, sendo que o bico é bem mais alongado e fino e o amarelo não é tão forte.
- Spinus magellanica capitalis: Habita o Peru, Colômbia e Equador. O macho dessa subespécie possui o terço superior do peito e costas escurecidos, “manchados” de negro;
- Spinus magellanica urubambensis: Habita Chile e Peru, mais comum no Chile. O S. magellanica urubambensis é a subespécie mais verde e com as partes negras mais escuras. Nas partes brancas das outras subespécies, possui uma cor acinzentada.
- Spinus magellanica boliviana: Centro-sul da Bolívia. Destaca-se pelo fato de o macho possuir uma máscara negra que se estende até o peito e começo do abdômen e ser de grande tamanho.
- Spinus magellanica paula : Costa do Pacífico do Equador e Peru. Parecido com peruana, mas menor e de bico mais fino.
- Spinus magellanica peruana : Centro do Peru. Parecido com paula, mas é maior, mais verde nas partes superiores e amarelo mais pálido na garupa.
- Spinus magellanica sanctaecrucis : Bolívia central e oriental. Similar ao boliviana, mas um pouco menor e com as penas do queixo e dorso enegrecidas no centro com as margens verde-oliva claro. Assim como o boliviana, o negro do capuz é bastante extenso e pode ir até quase o final do abdômen.
- Spinus magellanica tucumana : Argentina de Jujui a Mendoza e na Serra de Córdoba. Semelhante a boliviana, mas um pouco menor, o negro do capuz se estende apenas até o queixo e pescoço, partes superiores uniformemente verdes com poucas listras escuras. Partes inferiores pálidas e flancos embranquecidos.
- Spinus magellanica hoyi : Andes centrais na Argentina (província de Jujui). Semelhante ao boliviana, mas menos amarelo na cauda e sem branco nos flancos e o capuz negro dos machos é bem separado do peito.
Comentários:
Frequenta a mata secundária aberta, árvores em plantações e quintais, pinhais e cerrados. Essa ave canora tornou-se um pássaro raro, devido principalmente à intensa perseguição do comércio clandestino de aves silvestres.
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
- SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
- Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
- ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
- CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.
Referências
- Wikiaves – disponível em https://www.wikiaves.com.br/pintassilgo Acesso em 28 Agosto de 2011.
- Wikipédia – disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Pintassilgo-de-cabeça-preta Acesso em 28 Agosto de 2011.