Corujinha-do-mato – (Megascops choliba)

A corujinha-do-mato Megascops choliba é uma ave da família Strigidae.Também conhecida como coruja-do-mato ou caboré-de-orelha. Ocorre desde a Costa Rica, leste do Equador, Colômbia, Peru e Bolívia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana francesa, Paraguai, Uruguai, norte da Argentina e em todo o Brasil

Corujinha-do-mato Foto – Edgard Thomas
  • Nome popular: Corujinha-do-mato
  • Nome inglês: Tropical Screech-owl
  • Nome científico: Megascops choliba
  • Família: Strigidae
  • Habitat: É encontrada desde o leste dos Andes, Costa Rica, leste do Equador, Colômbia, Peru e Bolívia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana francesa, Paraguai, Uruguai, norte da Argentina e em todo o Brasil (Sick, 1997).
  • Alimentação: Caça principalmente insetos como gafanhotos e mariposas. Em ambientes urbanos fica próxima à postes de iluminação para capturar insetos atraídos pela luz. Pequenos vertebrados como camundongos e rãs são menos frequentes em sua dieta, há registros oportunos de caça a cuícas (Gracilinanus sp.), cobras e anuros (Sick, 1997; Holt et al. 1999; Motta-Junior, 2002).
  • Reprodução: Reproduz-se em ninhos abandonados, cavidades e ocos de árvores. No norte do Brasil se reproduz nos períodos de janeiro a julho, já no sul e sudeste seu período de reprodução é nos meses de setembro a outubro (Sick, 1997; Holt et al. 1999). Coloca de 3 a 7 ovos que são incubados pela fêmea durante 26 dias, neste período o macho é responsável pela alimentação da fêmea e posteriormente de toda a família. No período reprodutivo, ambos os sexos vocalizam ativamente.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Corujinha-do-mato Foto – Edgard Thomas

Características:

Coruja pequena, possui 20-24 cm de comprimento e peso de 96-160 g. Nesta espécie destacam-se os dois tufos de penas no alto da cabeça, íris amarela, face cinza contornada com preto; peito cinza estriado e finas listras transversais; dorso cinza amarronzado com machas escuras. Há também indivíduos com plumagem marrom avermelhada ao invés de cinza (Sick, 1997; Holt et al. 1999; Antas, 2005). O juvenil é mais claro e não apresenta os tufos de penas no alto da cabeça. Ocorre ao lado de suas congêneres, podendo ser facilmente confundida com elas, sendo a vocalização a forma mais segura de identificar a M. choliba (Menq & Anjos 2015).

Possui nove subespécies:

  • Megascops choliba choliba (Vieillot, 1817) – ocorre no Sul do Brasil, do Sul do estado de Mato Grosso e São Paulo até o Leste do Paraguai;
  • Megascops choliba luctisonus (Bangs & T. E. Penard, 1921) – ocorre da Costa Rica até o Noroeste da Colômbia; também ocorre nas Ilhas Pérolas do litoral do Panamá;
  • Megascops choliba margaritae (Cory, 1915) – ocorre na Ilha Margarita, do litoral da Venezuela;
  • Megascops choliba duidae (Chapman, 1929) – ocorre no Monte Duida no Sul da Venezuela;
  • Megascops choliba cruciger (Spix, 1824) – ocorre do Leste da Colômbia até a Venezuela, nas Guianas, no Leste do Peru e no Nordeste do Brasil;
  • Megascops choliba surutus (L. Kelso, 1941) – ocorre na Bolívia;
  • Megascops choliba decussatus (Lichtenstein, 1823) – ocorre na região Central, Leste e Sul do Brasil;
  • Megascops choliba wetmorei (Brodkorb, 1937) – ocorre no Oeste do Paraguai e no Norte da Argentina;
  • Megascops choliba uruguaii (Hekstra, 1982) – ocorre do Sudeste do Brasil até o Uruguai e o Nordeste da Argentina.
Corujinha-do-mato Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Frequenta savanas, matas de galeria, clareiras e bordas de matas, áreas semiabertas com árvores esparsas, parques urbanos e áreas residenciais com boa arborização (Sick 1997; Menq & Anjos 2015). Normalmente estão ativas nos primeiros minutos da noite, são bem detectáveis. É uma das corujinhas mais comuns nas florestas, borda de matas, bosques e áreas arborizadas do Brasil. Durante o período reprodutivo vocaliza com frequência, seu canto lembra um sapo-cururu.

Corujinha-do-mato Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências