Jaçanã – (Jacana jacana)

Jaçanã – (Jacana jacana)

A jaçanã Jacana jacana, é uma ave da família dos Jacanidae. Conhecida também como cafezinho. Ocorre no Brasil, Colômbia, Guianas, Uruguai, Argentina, Equador o Peru.

Jaçanã Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Jaçanã
  • Nome inglês: Wattled Jacana
  • Nome científico: Jacana jacana
  • Família: Jacanidae
  • Habitat: Ocorre em uma vasta distribuição nas Américas, podemos encontrá-las a partir das Guianas até a Venezuela, Colômbia, Brasil, Bolívia, Argentina, Equador, Peru e Chile
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e outros invertebrados, caçados nas plantas, ou logo abaixo delas. Eventualmente também come grãos.
  • Reprodução: Os ninhos são estruturas formadas por talos de plantas aquáticas, flutuantes. Os avos (geralmente 4)são chocados durante 28 dias, sendo papel do macho todo o trabalho de criação. Vive aos casais ou em pequenos grupos, sendo a fêmea maior do que o macho. Em alguns locais, as fêmeas montam pequenos haréns de machos, os quais tomam conta dos ninhos. Os filhotes recém-nascidos andam sobre a vegetação no primeiro dia após nascerem e logo perdem a penugem branca da barriga e castanha das costas.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Jaçanã Foto – Afonso de Bragança

Características:

É uma ave muito comum nos brejos e margens de rios, possui os pés enormes para seu tamanho. Além de ter os dedos longos e finos, também as unhas são muito compridas. No dedo que fica para trás, a unha é mais longa do que o próprio dedo. Esse arranjo possibilita suas caminhadas sobre as plantas aquáticas, dividindo o peso do corpo em uma larga base. Anda e corre pelas folhas das plantas boiando como se estivesse em chão seco. Medem em torno de 23 cm de comprimento,tem plumagem negra com manto castanho, o bico é amarelo com escudo frontal vermelho, rêmiges verde-amareladas, encontro com um afiado esporão vermelho.

Possui seis subespécies:

  • Jacana jacana jacana (Linnaeus, 1766) – ocorre no Sudeste da Colômbia até as Guianas, Brasil, Uruguai e Norte da Argentina;
  • Jacana jacana hypomelaena (G. R. Gray, 1846) – Ocorre no Centro e Oeste do Panamá até o Norte da Colômbia;
  • Jacana jacana melanopygia (P. L. Sclater, 1857) – ocorre no Oeste da Colômbia até o Oeste da Venezuela;
  • Jacana jacana intermedia (P. L. Sclater, 1857) – ocorre n Venezuela;
  • Jacana jacana scapularis (Chapman, 1922) – ocorre nas terra baixas do Oeste do Equador e no Noroeste do Peru;
  • Jacana jacana peruviana (Zimmer, 1930) – ocorre no Nordeste do Peru, no baixo Rio Ucayalí e na região adjacente no Noroeste do Brasil.
Jaçanã Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

São bastante sociáveis em alguns locais ou épocas do ano, defendem seus territórios contra outros da mesma espécie. As fêmeas são particularmente agressivas. Nessas ocasiões voam diretamente para o intruso, emitindo seu peculiar chamado, como uma risada fina e longa. Ao pousarem, para intimidar o invasor, mantêm as asas abertas e esticadas para o alto, destacando as penas longas, amarelas, das asas. Nessa postura, aparece o esporão amarelo do encontro das asas. Através dessas atitudes, intimidam a ave invasora.

Jaçanã Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Pintassilgo – (Spinus magellanicus)

Pintassilgo – (Spinus magellanicus)

O pintassilgo é uma ave da família Fringillidae. É conhecido também como pintassilgo-mineiro, pintassilgo-de-cabeça-preta e pintassilva.

Pintassilgo Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular:
  • Nome inglês: Hooded Siskin
  • Nome científico: Spinus magellanicus
  • Família: Fringillidae
  • Subfamília: Carduelinae
  • Habitat: Ocorre em praticamente em todo o Brasil, com exceção da Região Amazônica e Nordeste.
  • Alimentação: Alimenta-se de sementes e pequenos frutos secos, de revestimento duro.
  • Reprodução: A fêmea constrói o ninho em forma de pequena tigela, com raízes finas, sem revestimento ou forrado de penas e crinas, na forquilha das copas das araucárias mais altas ou em cafeeiros, árvores e de arbustos, a pouca altura do solo (3 a 4 metros). Os ovos são brancos, com pouco azul-celeste, às vezes com algumas pintas pardas. A incubação também é tarefa da fêmea, podendo o macho alimentá-la durante este período. Cada ninhada geralmente tem entre 3 e 5 ovos, tendo de 2 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Pintassilgo Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede em média 11 cm de comprimento. É uma ave bastante conhecida, já que se trata de uma espécie de relativamente fácil identificação. A sua máscara preta, presente apenas nos machos, bem como as manchas amarelas nas asas, fazem do pintassilgo uma ave bastante colorida e com um padrão facilmente reconhecível, mesmo em voo. As fêmeas têm a cabeça e lado inferior oliváceos. Os jovens machos com poucos meses já apresentam pintas pretas na cabeça. Durante a primavera, pode ser observado cantando no alto de árvores, antenas, postes e telhados. No inverno agrega-se frequentemente em bandos de dimensões consideráveis, que podem juntar centenas de aves. Além de seu canto característico, pousado ou em voo, imita o canto de outras aves.

Tem 12 subespécies  reconhecidas

  • Spinus magellanica alleni: Conhecido como pintassilgo-goianinho em São Paulo. Mede 10 centímetros de comprimento e apresenta a cor amarela do peito mais forte; habita no sul do Piauí, Tocantins, Goiás, norte do Mato Grosso e oeste da Bahia, além de partes da Bolívia e Paraguai.
  • Spinus magellanica icterica: Também conhecido como pintassilgo-comum, pintassilgo-catingueiro, pintassilgo-mateiro, pintassilgo-pinheirinho. Mede mais ou me­nos 11,8 centímetros de comprimento, apresentando a cabeça e até a metade do pescoço totalmente preto, tendo como cor predomi­nante em seu corpo o amarelo-esverdeado; habita desde o sul da Bahia, todo o sudeste do Brasil, incluindo Minas Gerais, ao sul até o Rio Grande do Sul.
  • Spinus magellanica magellanica: No Uruguai e Argentina, até a Patagônia. Parecido com o icterica, mas é bem mais esverdeado e maior. Cloaca inteiramente branca.
  • Spinus magellanica longirostris: Roraima, Venezuela e Guianas. Parecido em tamanho com o alleni, sendo que o bico é bem mais alongado e fino e o amarelo não é tão forte.
  • Spinus magellanica capitalis: Habita o Peru, Colômbia e Equador. O macho dessa subespécie possui o terço superior do peito e costas escurecidos, “manchados” de negro;
  • Spinus magellanica urubambensis: Habita Chile e Peru, mais comum no Chile. O S. magellanica urubambensis é a subespécie mais verde e com as partes negras mais escuras. Nas partes brancas das outras subespécies, possui uma cor acinzentada.
  • Spinus magellanica boliviana: Centro-sul da Bolívia. Destaca-se pelo fato de o macho possuir uma máscara negra que se estende até o peito e começo do abdômen e ser de grande tamanho.
  • Spinus magellanica paula : Costa do Pacífico do Equador e Peru. Parecido com peruana, mas menor e de bico mais fino.
  • Spinus magellanica peruana : Centro do Peru. Parecido com paula, mas é maior, mais verde nas partes superiores e amarelo mais pálido na garupa.
  • Spinus magellanica sanctaecrucis : Bolívia central e oriental. Similar ao boliviana, mas um pouco menor e com as penas do queixo e dorso enegrecidas no centro com as margens verde-oliva claro. Assim como o boliviana, o negro do capuz é bastante extenso e pode ir até quase o final do abdômen.
  • Spinus magellanica tucumana : Argentina de Jujui a Mendoza e na Serra de Córdoba. Semelhante a boliviana, mas um pouco menor, o negro do capuz se estende apenas até o queixo e pescoço, partes superiores uniformemente verdes com poucas listras escuras. Partes inferiores pálidas e flancos embranquecidos.
  • Spinus magellanica hoyi : Andes centrais na Argentina (província de Jujui). Semelhante ao boliviana, mas menos amarelo na cauda e sem branco nos flancos e o capuz negro dos machos é bem separado do peito.
Pintassilgo Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Frequenta a mata secundária aberta, árvores em plantações e quintais, pinhais e cerrados. Essa ave canora tornou-se um pássaro raro, devido principalmente à intensa perseguição do comércio clandestino de aves silvestres.

Pintassilgo Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências