Sanhaço-cinzento – (Thraupis sayaca)

Sanhaço-cinzento – (Thraupis sayaca)

O Sanhaço-cinzento Thraupis sayaca é uma ave da família Thraupidae. Também conhecido como sanhaço-do-mamoeiro, sanhaço, sanhaço-comum, sanhaço-da-amoreira e sanhaço-azul. Ocorre Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai.

Sanhaço-cinzento Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Sanhaço-cinzento
  • Nome inglês: Sayaca Tanager
  • Nome científico: Thraupis sayaca
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Thraupinae
  • Habitat: Ocorrem na Argentina, Uruguai, Paraguai e no Brasil, do centro-sul da Bahia e do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de frutos mas também come: folhas, brotos, flores de eucaliptos e insetos, entre estes os alados de cupim capturados em voo. Vive normalmente na copa das árvores em busca dos frutos maduros, mas é intrépido o suficiente para apanhar também os caídos, preferindo até os que já estejam infestados de larvas Gosta bastante dos frutos do Tápia Alchornea glandulosa. Costuma frequentar comedouros com frutas, como a banana e laranja.
  • Reprodução: Constrói o ninho compacto, feito de pequenas raízes, musgos e pecíolos foliares, com cerca de 10 cm de diâmetro. Geralmente bem escondido na vegetação densa, numa forquilha de árvore, em alturas variáveis. A põe em média 3 ovos de cor branca, pintados de marrom, semelhantes ao dos sabiás, só que menores, a incubação dura de 12 a 14 dias. O casal alimenta os filhotes, que deixam o ninho após 20 dias de idade. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Sanhaço-cinzento Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede cerca de 18 cm de comprimento e pesa 43 g (macho). Possui corpo cheio e compacto, bico grosso, forte, ponta fina, pernas curtas e fortes com dedos portando unhas aguçadas, asas e cauda longas. A coloração geral da plumagem é azul-ardósia dorsalmente e azul-acinzentada na parte inferior, sendo mais clara na garganta. No encontro das asas, a coloração azul é mais forte.

Possui três subespécies:

  • Tangara sayaca sayaca (Linnaeus, 1766) – ocorre do Paraguai até o nordeste Brasil, sudoeste do Peru, Uruguai e nordeste da Argentina;
  • Tangara sayaca boliviana (Bond & Meyer de Schauensee, 1941) – ocorre no norte da Bolívia (Rio Beni até Río Mapiri);
  • Tangara sayaca obscura (Naumburg, 1924) – ocorre na região centro sul da Bolívia até o este da Argentina

(Clements checklist, 2014)

Sanhaço-cinzento Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Frequentam a copa das árvores mais altas onde descansam entre as ramagens. Vivem em sociedade, são gregários e o bando pode ser formado por vários indivíduos. É muito arisco, inteligente e gosta de locais iluminados. Pode visitar o solo às vezes, em busca de alimentos. Agridem seus predadores. Em época de reprodução ficam separados em casais.

Sanhaço-cinzento Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Rabo-branco-acanelado – (Phaethornis pretrei)

Rabo-branco-acanelado – (Phaethornis pretrei)

O Rabo-branco-acanelado Phaethornis pretrei é um beija-flor da família Trochilidae. Também conhecido como limpa-casa, beija-flor-de-rabo-branco e rabo-branco-de-sobre-amarelo. Ocorre no Brasil na Bolívia, Paraguai e norte da Argentina.

rabo-branco-acanelado Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Rabo-branco-acanelado
  • Nome inglês: Planalto Hermit
  • Nome científico: Phaethornis pretrei
  • Família: Trochilidae
  • Subfamília: Phaethornithinae
  • Habitat: Ocorre do Maranhão ao Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso. Também na Bolívia, Paraguai e norte da Argentina.
  • Alimentação: Sua alimentação consiste principalmente de carboidratos, conseguido através do néctar das flores, mas come também pequenos artrópodes e insetos
  • Reprodução: Constrói o ninho suspenso à face interior das folhas de palmeiras, samambaias, helicônia e em raízes finas pendentes sob barrancos sombreados. tem forma cônica alongada, terminando em um apêndice caudal mais ou menos longo, servindo de contrapeso. É feito de material macio como paina e detritos vegetais que são acumulados em espessa camada de material, fixado com teias de aranha e saliva. Com o peso do ninho dobra-se o folíolo ou a ponta da folha, ficando o restante da mesma protegendo o ninho. É comum ser afixado também sob construções humanas, com beirais de telhados, lustres no interior de residências, estruturas de cobertura de poços d’água, sobre pontes etc. Põe dois ovos alongado, com um período de incubação que varia entre 12 a 15 dias. Os filhotes deixam o ninho após três semanas.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
rabo-branco-acanelado Foto Afonso de Bragança

Características:

Mede cerca de 15 cm. Um dos beija-flores maiores com ocorrência no Brasil. Destaca-se pela cauda longa e com a ponta branca, contrastando com o centro negro e com retrizes centrais prolongadas. O bico é comprido e ligeiramente curvado para baixo, com a base da mandíbula vermelha. Tem a faixa superciliar e infraocular pardacentas delimitando uma faixa malar negra. Garganta, partes inferiores e coberteiras superiores da cauda cor de canela uniforme. O dorso é esverdeado.

rabo-branco-acanelado Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

É muito comum no Brasil centro-ocidental. Vive em áreas semi-abertas, cerradão, bordas de florestas úmidas e semidecíduas, matas ciliares, parque e jardins, adentrando nas cidades. Atravessa a parte baixa das matas em voos muito rápidos, no meio da vegetação fechada, emitindo um chamado agudo e curto nesses deslocamentos. Visita as flores do sub bosque e da copa, sempre na área sombreada. Voa em locais abertos, mas pousa abrigado nas sombras. Inquisitivo e pouco temeroso, adentra em residências e aproxima-se a curtas distâncias, parando abrupta e repentinamente rente ao rosto do observador estupefato. Pousado, balança a cauda ritmicamente para cima e para baixo, cantando à sombra de seu poleiro preferido. Para apanhar as teias de aranha, percorre os lugares com maior possibilidade de encontro, inclusive beirais e interior de casas. Como outros beija-flores, costuma verificar teias de aranha para apanhar insetos presos nelas.

rabo-branco-acanelado Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências