Saí-andorinha – (Tersina viridis)

Saí-andorinha – (Tersina viridis)

A saí-andorinha é uma ave da famíliaThraupidae. Um dos pássaros mais bonitos do Brasil, o saí-andorinha tem formato do corpo e cabeça peculiares. Bico curto, terminando em uma pequena ponta, com uma boca grande e larga. Também é conhecido como sairão, sanhaço-do-barranco e azulão.

Saí-andorinha Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Saí-andorinha
  • Nome inglês: Swallow Tanager
  • Nome científico: Tersina viridis
  • Família:Thraupidae
  • Subfamília:Dacninae
  • Habitat: Surge e desaparece sem que ainda tenha tido o comportamento migratório bem determinado. Parece frequentar certas regiões somente nas épocas do amadurecimento de frutos dos quais se alimenta.
  • Alimentação: Alimenta-se de frutos e insetos, apanhando esses últimos em vôos a partir de galhos expostos. Somente aproxima-se do chão para alimentar-se de frutos maduros caídos, apanhar insetos em vôo ou para nidificar. Devido ao formato do bico e cabeça, é capaz de apanhar vários frutos, carregando-os para um poleiro mais escondido. Os frutos com caroço muito grande para ser engolido tem a polpa retirada no esôfago e são cuspidos. É um excelente dispersor de sementes.
  • Reprodução: Escava barrancos e faz o ninho no final do túnel. As fêmeas fazem o ninho, chocam e cuidam dos filhotes praticamente sozinhas. Os machos ficam de sentinela a maior parte do tempo, sem envolver-se muito na criação dos filhotes. Após a reprodução retornam aos bandos, os quais podem chegar a algumas dezenas ao redor de árvores frutificando.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Saí-andorinha Foto – Afonso de Bragança

Características:

O macho desta espécie é azul-brilhante com a cara e a garganta negra. A fêmea e o macho juvenil são esverdeados, em tom brilhante nas costas e amarelado nas partes inferiores. Nos dois sexos, há uma série de riscas escuras na plumagem ventral, branca no centro da barriga do macho e amarelada na fêmea. Possui um forte chamado metálico de contato, sendo muitas vezes escutada antes da primeira visualização.

Saí-andorinha Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Tem como hábito característico o gregarismo na maior parte do ano. Voa em bandos a procura de alimentos, pousando geralmente nos galhos mais expostos de árvores e arbustos de frutas da época. No meio do bando costumam ser vistas outras espécies de saís como o saí-azul – Dacnis cayana.

Saí-andorinha Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Filipe – (Myiophobus fasciatus)

Filipe – (Myiophobus fasciatus)

Filipe é uma ave da família Tyrannidae. Também conhecido como filipe-de-peito-riscado, é comum em todo o Brasil, em bordas das matas, áreas de cerrado, caatingas, carrascais ou campos com arbustos adensados.

Filipe Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Filipe
  • Nome inglês: Bran-colored Flycatcher
  • Nome científico: Myiophobus fasciatus
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Fluvicolinae
  • Habitat: Podemos encontrá-los em todo o Brasil, sendo mais observado na região Sul e Sudeste.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, para capturá-los em vôo, o pássaro parte de um ponto, perto da vegetação, voa rapidamente para cima e retorna ao poleiro ou, então, voa e permanece frações de segundo batendo as asas enquanto colhe o alimento.
  • Reprodução: Constrói o ninho, com fibras vegetais, em a forma de taça, entre os galhos de arbustos a m mais ou menos 2 m de altura geralmente põe 2 ovos, tento em média 2 ninhadas por temporada.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Filipe Foto – Afonso de Bragança

Características:

Ocorrem duas fases distintas da plumagem: uma marrom outra ruiva, além de outras intermediarias. Comum na maior parte do Brasil, apresenta duas plumagens distintas, sendo a pantaneira dominada por marrom. Em outros locais, o cinza substitui o marrom. Aspecto semelhante ao enferrujado e guaracavuçu , tendo como característica mais importante o peito fortemente estriado, marca ausente nas outras espécies. A leve listra superciliar é menos nítida do que no guaracavuçu, enquanto o bico é escuro com uma leve borda clara. Possui também um topete amarelo no píleo ou alto da cabeça, de difícil visualização.

Possui sete subespécies e duas delas ocorrem no Brasil:

  • Myiophobus fasciatus fasciatus (Statius Muller, 1776) – ocorre na Colômbia até o Norte da Venezuela, nas Guianas e no extremo Norte do Brasil e na ilha de Trinidad.
  • Myiophobus fasciatus flammiceps (Temminck, 1822) – ocorre na porção Leste do Brasil até o Uruguai, no Leste do Paraguai e Nordeste da Argentina.
  • Myiophobus fasciatus furfurosus (Thayer & Bangs, 1905) – ocorre no Sudoeste da Costa Rica e no Oeste do Panamá e também nas Ilhas Pérola no golfo do Panamá.
  • Myiophobus fasciatus crypterythrus (P. L. Sclater, 1861) – ocorre no Sudoeste da Colômbia até o Oeste do Equador e no extremo Noroeste do Peru.
  • Myiophobus fasciatus saturatus (Berlepsch & Stolzmann, 1906) – ocorre no Leste do Peru (San Martín até Cuzco).
  • Myiophobus fasciatus auriceps (Gould, 1839) – ocorre no Sudeste do Peru (Cuzco) até o Norte da Bolívia, no Norte da Argentina e Oeste do Paraguai.
  • Myiophobus fasciatus rufescens (Salvadori, 1864) – ocorre na porção árida do Oeste do Peru na região de La Libertad até o Norte do Chile na região de Tarapacá.
Filipe Foto – Edgard Tomas

Comentários:

Frequenta bordas de florestas, áreas de cerrado, caatingas, carrascais ou campos com arbustos adensados. Comum em áreas alteradas, especialmente nos primeiros estágios de recuperação, quando a capoeira está instalando-se. De difícil observação, por seu hábito de pousar na parte interna dos arbustos e vegetação de borda. Como outras aves habitando esse ambiente, voa rápido entre arbustos e mergulha na folhagem, desaparecendo da visão. Entretanto, possui um canto rápido e alto, parecendo o risadinha, mais grave e separado do que nessa espécie (esse canto é a origem do nome Filipe). Imitado ou com reprodução da gravação do canto, interessa-se e pode surgir em poleiros mais expostos. Nessas ocasiões, sob boa iluminação, é possível ver um pouco do amarelo da base das penas do alto da cabeça.

Filipe Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências