Tesoura-cinzenta – (Muscipipra vetula)

A tesoura-cinzenta Muscipipra vetula é uma ave da família Tyrannidae. Ocorre no Brasil, no leste do Paraguai e nordeste da Argentina.

Tesoura-cinzenta Foto – Silvia Linhares
  • Nome popular: Tesoura-cinzenta
  • Nome inglês: Shear-tailed Gray Tyrant
  • Nome científico: Muscipipra vetula
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Fluvicolinae
  • Habitat: Ocorre na região suseste e sul do Brasil. Encontrado também na Argentina e Paraguai.
  • Alimentação: Alimentam-se principalmente de insetos, capturados geralmente em voos acrobáticos
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em formato de taça aberta, similar aos dos sabiás, com exceção de que a tesoura-cinzenta não usa lama. O exterior é composto principalmente de gramíneas, musgo e alguns gravetos, enquanto a câmara de incubação é trançada com gramíneas finas. Põe em média três ovos de cor creme claro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Tesoura-cinzenta Foto – Silvia Linhares

Características:

Mede 22 centímetros de comprimento, como seu nome comum indica, é quase inteiramente cinza opaco, com exceção das asas e da cauda que são de coloração cinza escuro. Sua cauda é longa, distinta e bifurcada.

Tesoura-cinzenta Foto – Silvia Linhares

Comentários:

Frequentam ambientes montanos, geralmente entre 900 e 1500 metros de altitude, habitando bordas de florestas úmidas, matas de araucária e campos com presença de arbustos como vassouras Baccharis sp.. Comumente é vista pousada em galhos expostos ou secos, onde realiza voos para capturar insetos e retorna ao mesmo galho. Especula-se que a espécie possa ser uma migrante altitudinal, uma vez que em certas épocas do ano atinge altitudes mais baixas (e.g. Siderópolis/SC, 300 metros de altitude, 5 de abril de 2015; Sinimbu/RS, 400 metros de altitude, 20 de setembro de 2014). No Parque Nacional do Itatiaia pode ser encontrada de 1100 a 2250 metros de altitude.

Tesoura-cinzenta Foto – Afonso de Bragança

 

Áreas de ocorrência no Brasil.

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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