Sabiá-castanho – (Cichlopsis leucogenys)

O Sabiá-castanho Cichlopsis leucogenys é uma ave da família Turdidae. Ocorre no Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela.

Foto – Silvia Linhares
  • Nome popular: Sabiá-castanho
  • Nome inglês: Rufous-brown Solitaire
  • Nome científico: Cichlopsis leucogenys
  • Família: Turdidae
  • Habitat: Ocorre na América do Sul, com populações apresentando uma grave fragmentação com presença nas regiões norte, oeste e leste da América do Sul. Nativo na Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Brasil, onde ocupa uma estreita faixa da região costeira dos estados da Bahia e do Espírito Santo.
  • Alimentação: Alimentam-se principalmente de frutos diversos. Eventualmente também come alguns invertebrados. Alterna períodos empoleirado e tranquilo com outros de grande atividade de forrageio em árvores e arbustos frutíferos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho preso em galhos ou forquilhas, feito com musgos. Tem em média 3 ninhadas por estação com 3 ovos cada uma.
  • Estado de conservação: Em Perigo.
Foto – Carmen Lucia Bays

Características:

Mede em média 21 cm de comprimento e pesa entre 45 e 61 gramas. Tem a cauda longa, com corpo franzino e pés pequenos. Apresenta a coloração da plumagem uniformemente marrom acastanhada na parte superior. A garganta e peito também são castanhos, sendo que a garganta apresenta uma coloração ocrácea que inicia em uma área malar mais escura. A porção inferior do peito e o ventre são pardo acinzentados. O crisso é ocráceo. A maxila é negra, mandíbula tem a coloração amarelo alaranjada. Macho e fêmea semelhantes. (De acordo com Sick, 2001). ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL

Possui quatro subespécies:

  • Cichlopsis leucogenys leucogenys (Cabanis, 1850) – ocorre na região costeira do leste do Brasil, do sul do estado da Bahia e no estado do Espírito Santo;
  • Cichlopsis leucogenys chubbi (Chapman, 1924) – ocorre nas encostas do lado oeste da cordilheira dos Andes do sudoeste da Colômbia e no noroeste do Equador. Esta subespécie apresenta a garganta e a região supraloral com forte coloração castanha avermelhada e apresenta um fino anel periocular amarelo (Ridgely, 1989).
  • Cichlopsis leucogenys peruviana (Hellmayr, 1930) – ocorre nas encostas do lado leste da cordilheira dos Andes da região central do Peru, nos departamentos de Junín e Huánuco. Esta subespécie apresenta a região supraloral e a garganta com coloração ocrácea, o ventre inferior pardo e não tão cinza quanto na subespécie nominal. Seu crisso é alaranjado (Ridgely, 1989).
  • Cichlopsis leucogenys gularis (Salvin & Godman, 1882) – ocorre na região dos Tepuis do sudeste da Venezuela, no estado de Bolívar e na região adjacente da Guiana.

(Clements checklist, 2014).

Foto – Nina Wenoli

Comentários:

Frequentam as florestas primárias ou em avançado estado de regeneração, especialmente nas montanhas (acima de 700 m de altitude). Como é uma ave discreta, pode passar despercebida dos observadores menos experientes, que podem até confundi-la com a fêmea do sabiá-unaTurdus flavipes. Na maioria das vezes, é encontrado sozinho ou em pares. Canta no alto das árvores, sempre no meio das folhagens.

Foto – Ricardo Gentil

 

Áreas de ocorrência no Brasil.

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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