Gaúcha-de-barriga-alaranjada – (Muscisaxicola capistratus)

Gaúcha-de-barriga-alaranjada – (Muscisaxicola capistratus)

A gaúcha-de-barriga-alaranjada Muscisaxicola capistratus é uma ave da família Tyrannidae. Espécie migrante. Ocorre no Brasil como vagante apena no Rio Grande do Sul.

Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Gaúcha-de-barriga-alaranjada
  • Nome inglês: Cinnamon-bellied Ground-Tyrant
  • Nome científico: Muscisaxicola capistratus
  • Família: Tyrannidae
  • Sub-família: Fluvicolinae
  • Habitat: Ocorre naturalmente na Argentina, Bolívia, Chile e Peru, e no Brasil, de forma sazonal, como vagante.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de insetos e outros pequenos artrópodes.
  • Reprodução: Reproduz-se no sul da Patagônia e migra para regiões andinas e adjacentes do sul e oeste da América do Sul no inverno do sul.
  • Estado de conservação:

    Pouco preocupante

Foto – Nina Wenoli

Características:

Tem coloração predominante amarronzada, a barriga alaranjada, e uma coroa laranja de cor mais acentuada.

Foto – Carmen Lúcia Bays

Comentários:

Frequentam colinas com arbustos e pastagens dispersas, muitas vezes adjacentes a afloramentos rochosos e encostas, ravinas rochosas com manchas de gramíneas e pastagens; Prefere gramíneas planas, curtas e úmidas. Também em zonas húmidas com plantas almofadadas e margens de lagos na época não reprodutiva.

Foto – Silvia Linhares

 

Áreas de ocorrência no Brasil.

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • Schulenberg, T. S., Stotz, D.F., Lane, D.F., O’Neill, J.P. & T. A. Parker III. (2010). Birds of Peru: Revised and Updated Edition. Princeton University Press, Princeton and Oxford. U.S.A. pp 1-656.
  • Schulenberg, T. S., D. F. Stotz, and L. Rico. (2006). Distribution maps of the birds of Peru, version 1.0. Environment, Culture & Conservation (ECCo), The Field Museum.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • Ridgely, R. S.; Tudor, G. 1989. The birds of South America. University of Texas Press, Austin, Texas.

Referências

Filipe – (Myiophobus fasciatus)

Filipe é uma ave da família Tyrannidae. Também conhecido como filipe-de-peito-riscado, é comum em todo o Brasil, em bordas das matas, áreas de cerrado, caatingas, carrascais ou campos com arbustos adensados.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Filipe
  • Nome inglês: Bran-colored Flycatcher
  • Nome científico: Myiophobus fasciatus
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Fluvicolinae
  • Habitat: Podemos encontrá-los em todo o Brasil, sendo mais observado na região Sul e Sudeste.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, para capturá-los em vôo, o pássaro parte de um ponto, perto da vegetação, voa rapidamente para cima e retorna ao poleiro ou, então, voa e permanece frações de segundo batendo as asas enquanto colhe o alimento.
  • Reprodução: Constrói o ninho, com fibras vegetais, em a forma de taça, entre os galhos de arbustos a m mais ou menos 2 m de altura geralmente põe 2 ovos, tento em média 2 ninhadas por temporada.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Afonso de Bragança

Características:

Ocorrem duas fases distintas da plumagem: uma marrom outra ruiva, além de outras intermediarias. Comum na maior parte do Brasil, apresenta duas plumagens distintas, sendo a pantaneira dominada por marrom. Em outros locais, o cinza substitui o marrom. Aspecto semelhante ao enferrujado e guaracavuçu , tendo como característica mais importante o peito fortemente estriado, marca ausente nas outras espécies. A leve listra superciliar é menos nítida do que no guaracavuçu, enquanto o bico é escuro com uma leve borda clara. Possui também um topete amarelo no píleo ou alto da cabeça, de difícil visualização.

Possui sete subespécies e duas delas ocorrem no Brasil:

  • Myiophobus fasciatus fasciatus (Statius Muller, 1776) – ocorre na Colômbia até o Norte da Venezuela, nas Guianas e no extremo Norte do Brasil e na ilha de Trinidad.
  • Myiophobus fasciatus flammiceps (Temminck, 1822) – ocorre na porção Leste do Brasil até o Uruguai, no Leste do Paraguai e Nordeste da Argentina.
  • Myiophobus fasciatus furfurosus (Thayer & Bangs, 1905) – ocorre no Sudoeste da Costa Rica e no Oeste do Panamá e também nas Ilhas Pérola no golfo do Panamá.
  • Myiophobus fasciatus crypterythrus (P. L. Sclater, 1861) – ocorre no Sudoeste da Colômbia até o Oeste do Equador e no extremo Noroeste do Peru.
  • Myiophobus fasciatus saturatus (Berlepsch & Stolzmann, 1906) – ocorre no Leste do Peru (San Martín até Cuzco).
  • Myiophobus fasciatus auriceps (Gould, 1839) – ocorre no Sudeste do Peru (Cuzco) até o Norte da Bolívia, no Norte da Argentina e Oeste do Paraguai.
  • Myiophobus fasciatus rufescens (Salvadori, 1864) – ocorre na porção árida do Oeste do Peru na região de La Libertad até o Norte do Chile na região de Tarapacá.
Foto – Edgard Tomas

Comentários:

Frequenta bordas de florestas, áreas de cerrado, caatingas, carrascais ou campos com arbustos adensados. Comum em áreas alteradas, especialmente nos primeiros estágios de recuperação, quando a capoeira está instalando-se. De difícil observação, por seu hábito de pousar na parte interna dos arbustos e vegetação de borda. Como outras aves habitando esse ambiente, voa rápido entre arbustos e mergulha na folhagem, desaparecendo da visão. Entretanto, possui um canto rápido e alto, parecendo o risadinha, mais grave e separado do que nessa espécie (esse canto é a origem do nome Filipe). Imitado ou com reprodução da gravação do canto, interessa-se e pode surgir em poleiros mais expostos. Nessas ocasiões, sob boa iluminação, é possível ver um pouco do amarelo da base das penas do alto da cabeça.

Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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