Maria-corruíra – (Euscarthmus rufomarginatus)

Maria-corruíra – (Euscarthmus rufomarginatus)

A maria-corruíra Euscarthmus rufomarginatus é uma ave da família Tyrannidae. Espécie endêmica do Brasil. Ocorre nos planaltos do Brasil Central e do Sudeste.

Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Maria-corruíra
  • Nome inglês: Rufous-sided Pygmy-Tyrant
  • Nome científico: Euscarthmus rufomarginatus
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Elaeniinae
  • Habitat: Endêmico dos planaltos do Brasil Central e do Sudeste.
  • Alimentação: Alimenta de insetos e outros pequenos artrópodes, também come frutos e sementes.
  • Reprodução: Reproduz-se…
  • Estado de conservação: Quase Ameaçada
Foto – Guilherme Serpa

Características:

Mede em média 11 centímetros de comprimento e pesa 6 gramas. Bastante parecido com o BarulhentoEuscarthmus meloryphus, porém com a cauda longa e estreita, tarso alto e parte inferior do corpo ferrugínea viva nos lados e amarela no meio (Sick 1997). Apresenta uma sobrancelha branca fina e curta. A garganta também é branca. O crisso é castanho, da mesma cor dos flancos da ave. A coroa, nuca, manto e asas são de coloração marrom acinzentado, sendo que as rêmiges primárias e as retrizes são pretas com as bordas castanhas e as coberteiras apresentam as bordas claras. Os olhos são escuros. O bico apresenta a maxila cinza e a mandíbula rosada. As pernas são finas e de coloração cinza.

Foto – Guilherme Serpa

Comentários:

Frequentam os campos limpos, campos sujos, campos cerrados e cerrados. Vive a pouca altura ou pulando no solo, no cerrado aberto, com pouca vegetação e muitos cupinzeiros (Sick 1997).

Foto – Ricardo Gentil

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Risadinha – (Camptostoma obsoletum)

O Risadinha Camptostoma obsoletum é uma ave da família Tyrannidae. Ocorre desde a floresta amazônica até áreas de campos com arbustos de todo o país, adaptando-se a ambientes urbanos com alguma arborização.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Risadinha
  • Nome inglês: Southern Beardless-Tyrannulet
  • Nome científico: Camptostoma obsoletum
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Elaeniinae
  • Habitat: Ocorre da Costa Rica à Bolívia e Argentina, todo o Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de invertebrados e frutos.
  • Reprodução: Reproduz-se de julho a dezembro. O ninho esférico, construído com matéria vegetal, possui uma entrada lateral e prende-se firmemente à ramagem. Crozariol & Pascoal (2016) descreveram a espécie utilizando um ninho abandonado do gênero Tolmomyias no estado de Tocantins. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Edgard Thomas

Características:

Mede cerca de 9,5 centímetros. Observando a ave, é possível notar que a cabeça é um pouco mais acinzentada do que as costas, levemente esverdeadas (isso na pena nova, depois da muda feita entre janeiro e março; posteriormente, acinzentada). Também com as penas novas, destaca-se a listra branca superciliar. Atrás do olho, linha escura, fina, ressalta a sobrancelha longa. Bico escuro na ponta e base alaranjada, nítida na maior parte das observações. Costuma eriçar as penas do alto da cabeça, formando um semitopete, com aspecto de despenteado.

Possui 13 subespécies reconhecidas:

  • Camptostoma obsoletum obsoletum (Temminck, 1824) – ocorre do Sudeste do Brasil até o Uruguai, Paraguai e norte da Argentina;
  • Camptostoma obsoletum bolivianum (Zimmer, 1941) – ocorre do centro da Bolívia até o noroeste da Argentina, na região de Tucumán;
  • Camptostoma obsoletum cinerascens (Wied-Neuwied, 1831) – ocorre no leste do Brasil, nos estados do Maranhão até o estado do Ceará e no estado do Mato Grosso e no oeste da Bolívia;
  • Camptostoma obsoletum maranonicum (Carriker, 1933) – ocorre no norte do Peru, no médio vale do Rio Marañón;
  • Camptostoma obsoletum sclateri (Berlepsch & Taczanowski, 1884) – ocorre na região tropical do oeste do Equador e extremo noroeste do Peru, nas regiões de Tumbes e no norte de Piura;
  • Camptostoma obsoletum griseum (Carriker, 1933) – ocorre no litoral árido do oeste do Peru, da região de Lambayeque até Lima;
  • Camptostoma obsoletum pusillum (Cabanis & Heine, 1859) – ocorre na costa caribenha do norte da Colômbia e norte da Venezuela; também ocorre na Ilha de Trinidad;
  • Camptostoma obsoletum caucae (Chapman, 1914) – ocorre na Colômbia, a oeste da Cordilheira dos Andes, na região de Cauca e no vale de Magdalena;
  • Camptostoma obsoletum napaeum (Ridgway, 1888) – ocorre da região central e sul da Venezuela até as Guianas e no norte do Brasil;
  • Camptostoma obsoletum flaviventre (P. L. Sclater & Salvin, 1865) – ocorre na costa do Oceano Pacífico do sudoeste da Costa Rica e Panamá;
  • Camptostoma obsoletum orphnum (Wetmore, 1957) – ocorre nas Ilhas de Coiba e Cébaco no Oceano Pacífico no golfo de Montijo no litoral do Panamá;
  • Camptostoma obsoletum majus (Griscom, 1932) – ocorre no Arquipélago das Ilhas Pérola no Oceano Pacífico no litoral do Panamá;
  • Camptostoma obsoletum olivaceum (Berlepsch, 1889) – ocorre do sudeste da Colômbia até o leste do Equador, nordeste do Peru e no oeste do Brasil, no oeste do estado do Amazonas.
Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Movimenta-se bastante, desde a copa das árvores mais destacadas até próximo ao chão. Aprender a identificá-lo bem auxilia no encontro das outras espécies de tiranídeos pequenos, parecidas no formato, cores ou que possuem cantos próximos. Além do tamanho e comportamento, característica marcante é o canto. A forma mais chamativa é uma seqüência de notas agudas, altas, descendentes e que parecem uma risada (origem do nome comum). Há alguma variação no tempo de emissão, provavelmente característica individual. Canta desde o amanhecer até o escurecer. Possui outros chamados. Respondem um ao outro, bem como a cantos gravados.

Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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