Pardal – (Passer domesticus)

Pardal – (Passer domesticus)

O Pardal Passer domesticus é uma ave da família Passeridae. Aves nativas da Europa foram introduzidas por todo o mundo.

Pardal Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Pardal
  • Nome inglês: House Sparrow
  • Nome científico: Passer domesticus
  • Família: Passeridae
  • Habitat: Ocorre em todo território brasileiro, e boa parte do planeta, seja por ocorrência natural ou por introdução do homem
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de sementes, flores, insetos, brotos de árvores e restos de alimentos deixados pelos seres humanos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho. Alimenta-se também de frutos como banana, maçã e mamão.
  • Reprodução: Constrói o ninho em formato esférico com entrada lateral, feito de capins, penas, papel, algodões e outras fibras, excepcionalmente feito pelo macho. Geralmente ocupa cavidades e fendas afastadas do solo, em árvores, telhados, postes de iluminação pública e semáforos. Ninhos de outras aves também podem ser utilizados. Os 4 ovos cinzentos manchados são incubados pelo casal durante 12 dias. Os filhotes são alimentados com pequenos artrópodes e abandonam o ninho com cerca de 10 dias de idade, quando passam por uma dieta vegetariana. Com frequência os filhotes retornam ao ninho para nele dormir, durante algum tempo.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Pardal Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre 14 e 16 centímetros de comprimento, sendo que sua envergadura está entre 19 a 25 centímetros. Esta espécie apresenta dimorfismo sexual. Os machos apresentam duas plumagens: (1) durante a primavera, apresentam cor acinzentada na região do píleo e na fronte; cor preta no loro e na garganta; cor marrom com riscos pretos nas asas e região dorsal; cor cinza-claro ou branca no rosto, peito e abdômen. As penas coberteiras e as rêmiges apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados. O bico é preto e os pés são cinza-rosados. (2) Durante o outono apresentam cor preta no loro; garganta com coloração apagada ou quase inexistente. A plumagem no outono é menos evidente; a maxila é preta e a mandíbula é preta-amarelada. As fêmeas, chamadas de pardocas ou pardalocas, apresentam cor acinzentada no píleo; marrom nos loros, fronte e bochechas; e uma lista supraciliar clara. As rêmiges e a região dorsal são similares às dos machos.

Possui doze subespécies reconhecidas:

  • Passer domesticus bactrianus (Zarudny & Kudashev, 1916) – ocorre no Cazaquistão, Afeganistão e no noroeste do Pakistão.
  • Passer domesticus balearoibericus (Von Jordans, 1923) – ocorre na região mediterrânea da Espanha, Ilhas Baleares, França, nos Balcans até a Ásia Menor.
  • Passer domesticus biblicus (Hartert, 1904) – ocorre na ilha de Chipre e Turquia, norte da Arábia Saudita, Iraque e no oeste do Irã.
  • Passer domesticus domesticus (Linnaeus, 1758) – ocorre na Europa até a Mongólia, e no norte da Manchuria.
  • Passer domesticus hufufae (Ticehurst & Cheesman, 1924) – ocorre do nordeste da península Arábica até o norte de Omã.
  • Passer domesticus hyrcanus (Zarudny & Kudashev, 1916) ocorre do norte do Irã e na região adjacente do Turcomenistão.
  • Passer domesticus indicus (Jardine & Selby, 1831) – ocorre do sul de Israel até o norte da Arábia Saudita, no sul do Irã, Índia, Sri Lanka e Myanmar.
  • Passer domesticus niloticus (Nicoll & Bonhote, 1909) – ocorre no nordeste da África (Canal de Suez até o Norte do Sudão).
  • Passer domesticus parkini (Whistler, 1920) – ocorre nos Himalaias (Paquistão até o sudoeste do Tibete e Nepal).
  • Passer domesticus persicus (Zarudny & Kudashev, 1916) – ocorre na região central do Irã até o sudoeste do Afeganistão e no extremo Oeste do Paquistão.
  • Passer domesticus rufidorsalis (C. L. Brehm, 1855) – ocorre no vale do rio Nilo no Sudão.
  • Passer domesticus tingitanus (Loche, 1867) – ocorre no noroeste da África, do Marrocos até a Tunísia, Argélia e nordeste da Líbia).
Pardal Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Frequenta zonas humanizadas, tanto em grandes cidades como em lugarejos habitados. Ocorre durante todo o ano, podendo formar bandos de grandes dimensões, especialmente em zonas agricultadas ou em dormitórios de parques urbanos.

Pardal Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências