Caminheiro-zumbidor – (Anthus chii)

Caminheiro-zumbidor – (Anthus chii)

O caminheiro-zumbidor Anthus chii é uma ave da família Motacillidae, é conhecido também como: corredeira, sombrio, codorninha-do-campo, foguetinho, peruinho-do-campo, peruzinho e martelinha. Ocorre no Panamá e em quase todos os demais países da América do Sul, com exceção do Equador

Foto – Edgard Thomas
  • Nome popular: Caminheiro-zumbidor
  • Nome inglês: Yellowish Pipit
  • Nome científico: Anthus chii
  • Família: Motacillidae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil nas regiões campestres quentes, estando ausente de áreas densamente florestadas, como alguns locais da Amazônia. Encontrado também no Panamá e em quase todos os demais países da América do Sul, com exceção do Equador.
  • Alimentação: Alimenta-se de invertebrados caçados em características corridas entre o capim baixo e no solo. Quando escasseia o alimento de origem animal, no inverno por exemplo, ingere sementes.
  • Reprodução: Constrói um ninho de capins sobre o chão e embaixo de uma touceira. Ovos brancos com denso salpicado de marrom ou cinza.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Edgard Thomas

Características:

Tem uma mistura de rajados e bolas cinza escuras contra um fundo claro. Na barriga, um pouco mais amarelada, sem as cores escuras. A silhueta é de uma ave longilínea, acentuada pelo bico fino e a longa cauda. Tem pernas longas, finas e alaranjadas ou amareladas. Mede cerca de 13 cm.

Possui três subespécies:

  • Anthus lutescens lutescens (Pucheran, 1855) – ocorre na savana do leste da Colômbia até a Venezuela, nas Guianas, no Brasil e na Argentina;
  • Anthus lutescens parvus (Lawrence, 1865) – ocorre na savana do oeste do Panamá;
  • Anthus lutescens peruvianus (Nicholson, 1878) – ocorre na costa norte do Peru, na região de Lambayeque até o extremo norte do Chile, na região de Tacna.
Foto – Edgard Thomas

Comentários:

campos, beiras de lagos, rios e pântanos. É de difícil observação, tanto por suas cores, como pelo hábito de preferir afastar-se caminhando a voar. Também agacha-se no meio dos capins e camufla-se bem com o entorno. Anda e corre rente ao solo, empoleirando-se pouco e evitando voar. Quando perseguido agacha-se no solo, ocultando-se atrás de um monte de terra ou do capim. Expandiu-se com a ocupação agrícola e de pastoreio, tendo se adaptado a cidades com gramados extensos. Em algumas regiões de São Paulo é possível observá-la nas faixas de areia ocupadas por gramíneas de algumas praias. Migra após a época da reprodução e não canta durante a migração.

Foto – Edgard Thomas

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikipédia – disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Caminheiro-zumbidor Acesso em 28 Agosto de 2016.
  • Wikiaves – disponível em http://www.wikiaves.com.br/caminheiro-zumbidor Acesso em 28 Agosto de 2016.

Caminheiro-dourado – (Anthus nattereri)

O caminheiro-dourado Anthus nattereri é uma ave da família Motacillidae. Conhecido também como caminheiro-grande. Ocorre no Brasil,

Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Caminheiro-dourado
  • Nome inglês: Ochre-breasted Pipit
  • Nome científico: Anthus nattereri
  • Família: Motacillidae
  • Habitat: Ocorre de Minas Gerais a São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Raro e com distribuição pontual, A. nattereri é uma espécie seminômade muito pouco conhecida. Trata-se de uma espécie de difícil identificação e observação, contando com pouquíssimos registros atuais.
  • Alimentação: Alimentam-se basicamente de insetos.
  • Reprodução: Reproduzem-se construindo ninhos em formato de xícara e colocados no chão, sendo feitos com gramíneas secas, parecidos com ninhos de outras espécies de Anthus. Põe em média 3 ovos cobertos com manchas e pontos acastanhados em uma extensão variável e a cor de fundo variava de branco acinzentado a branco acastanhado. Em geral os ninhos são colocados em locais com cobertura de grama mais alta e densa. Mais Informações. Embora a espécie seja bastante comum na área de ocorrência a maior incidência de incêndios na estação reprodutiva, está impactando diretamente a população local por meio da queima de ninhos e da eliminação de locais adequados para nidificação. Por isso a população da espécie está em declínio acentuado.
  • Estado de conservação: Vulnerável.
Foto – Nina Wenoli

Características:

Tem dorso estriado de preto e amarelo e o ventre esbranquiçado. Destacam-se o bico, o tarso e os dedos bastante longos, além da unha hálux (dedo I), que chega a atingir 15 mm de comprimento (Sick, Ornitologia Brasileira, 1997) Como as demais espécies do gênero, emite cantos complexos enquanto realiza voos altos, subindo quase verticalmente a cerca de 25 m de altura do chão, e deixando-se cair rapidamente, emitindo uma série de notas nasais.

Foto – Silvia Linhares

Comentários:

Frequentam campos pedregosos (Sick 1997), campos secos e pastagens, tendo sido observado em pastagens próximas ao reservatório de Furnas (Alfenas) e em Monte Belo. Ocorre às vezes ao lado de outras espécies congêneres, como registrado em Poços de Caldas (Sick).

Foto – Guilherme Serpa

 

Áreas de ocorrência no Brasil.

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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